domingo, 27 de setembro de 2009

Isadora Duncan


(1877-1927)
Isadora Duncan, uma das mais fascinantes personalidades da dança,
nasceu em 26 de maio de 1877,em San Francisco, Califórnia.

A princípio estudou ballet clássico, mas seu inconformismo com as limitações acadêmicas deu os primeiros contornos à revolução que seria desencadeada durante sua vida. Ensinou danças de salão aos 15 anos.

Leu muito, era cultíssima. Sobre Ballet, chegou a escrever mais tarde: "eu sou inimiga do Ballet,
o qual considero arte falsa e absurda, que de fato está fora de todo o âmbito da arte".

Isto por não ser de maneira alguma natural, Exigindo um "esqueleto deformado" e "movimentos estéreis,
cujo propósito é causar a ilusão de que a lei da gravidade não existe para eles". Desbancando grilhões
do academicismo, procurou renovar a arte do movimento com estilo próprio.

Através de mensagens extremamente pessoais, conseguiu criar não só um novo tipo de dança,
mas uma nova concepção a respeito da arte.

Com pouquíssimo treino acadêmico, viajou para a Europa, onde ingressou em pequenos
grupos de vanguarda em Londres, Paris e Alemanha. Porém sua grande oportunidade viria
com as apresentações de solo, quando as casas européias ficaram estarrecidas com suas performances.

Numa época em que era pecado dizer a palavra "perna", Isadora dançava ornada de tules.
Amparada por composições de Chopin, Brahams, Beethoven, Bach,
no período considerado adequado apenas para Concertos.

Foram três as fontes de sua busca pela origem da dança: a Natureza,
a Grécia Antiga e dentro de si mesma. Acabou encontrando o plexo solar, fonte e origem de todo o
movimento, algo muito diferente do que ensinavam as academias de Ballet.Em 1903 apresentou-se no
Teatro Sarah Benhardt,em Paris, e foi aplaudida de pé por todo avant-garde,
que imediatamente adotou-a como uma espécie de musa de uma nova dança.

No ano seguinte, excursionou pela Rússia, influenciando coreógrafos emergentes como Fokine e Diaghilev.
Representou uma verdadeira revolução não só da dança, mas também dos costumes: as mulheres da época eram literalmente amarradas em diversas camadas de roupas.

Libertou-se radicalmente das sapatilhas, foi a primeira bailarina ocidental a dançar descalça
e aparecer no palco sem malhas.

Isadora era, para sua sociedade, a própria imagem da liberdade. Mas não era tida como libertina:
suas danças exalavam um puritanismo pagão. No entanto, por ironia, as origens de sua dança,
renascentistas e gregas, remetem a cultos dionisíacos e transes extáticos.

Sua obsessão pela Grécia e fascínio pela renascença eram muito coerentes.
Um dos traços principais do renascimento era o retorno dos clássicos e da era dourada: a antiguidade.
Platão, por exemplo, foi redescoberto neste período. A Idade Média só tinha Aristóteles.

Duncan dedicou ao ensino juntamente com sua irmã Elizabeth, fundou em Berlim
a primeira escola para ensinar seus princípios.Empolgada pelos ideais da revolução Soviética,
abriu também uma escola em Moscou (1921).

Percorreu em excursões todo o território americano, incluindo o Brasil (1915).

Morreu estrangulada em 1927, pela própria estola que se prendeu na roda traseira de seu carro em movimento.
Isadora não foi uma grande dançarina, nem uma grande coreógrafa; sua importância se prende ao fato de ter mostrado ao mundo a imensa riqueza de possibilidades que havia fora do senso comum, além de ter possibilitado que uma falange de gênios coreográficos como Fokine, Balanchini, Ashton, Graham pudessem desenvolver seus bailados e idéias.

A vida de Isadora Duncan é sua própria mensagem, provando que a genialidade
às vezes reside onde menos se espera.

Um comentário:

  1. Qual a importância dela para a dança???!!!30 de setembro de 2011 às 13:40

    Qual foi a importância dela para a dança???????????????????????????????????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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