domingo, 26 de agosto de 2012

Sergio Marshall




Entrevistado: Sergio Marshall

                 Sergio Marshall e Luiza Bandeira - Teatro Bolshoi Brasil

LB: Bom, quem é Sergio Marshall, 1º Bailarino do TMRJ, Coordenador Artístico do Ballet A Criação do TMRJ, professor, ensaiador... Com que idade começou a dançar e onde?

SM: Bom dia Luiza. Vale fazer algumas retificações. Embora tenha atuado em quase todos os papeis principais do repertório do TM, não tinha o cargo, pois esta promoção ficou “congelada” durante muitos anos e atualmente já não atuo mais no TM, apesar de ter passado por todos os cargos da hierarquia, desde corpo de baile até Diretor Artístico.
Comecei a dançar em Porto Alegre aos 18 anos com a professora russa Marina Fedossejeva. O interessante na minha formação é que ela foi aluna direta de Agrippina Vaganova, que foi quem desenvolveu a Metodologia Vaganova do ensino do ballet clássico, até hoje uma das metodologias mais respeitadas e eficientes. Além dela, ainda em Porto Alegre, foi muito importante na minha formação a atuação do mestre Walter Arias, bailarino uruguaio, de muita personalidade e ensino técnico impecável, qualidades que agreguei à minha carreira e prezo muito num bailarino.



LB: No Caminho para sua formação profissional, quais Ballets de repertório você dançou e quem  interpretava?

SM: Acho que já dancei todos, rs, e fiz desde vendedor de lenços, meu primeiro papel no corpo de baile do TMRJ, na versão de Don Quixote de Dalal Aschar, até os papéis principais em O Quebra Nozes, Floresta Amazônica, Coppélia, La Sylphide, Grand Pas Classique, Giselle, La Fille Mal Gardée, onde interpretei tanto o papel de Colas quanto o de Alain, pelo qual fui indicado para o prêmio Mambembe, Don Quixote, O Corsário, inclusive com este papel ganhei diversos prêmios na Primeira Edição do Concurso do CBDD, há muitos anos, que foi na verdade o primeiro concurso de dança realizado no Brasil. Vale ressaltar que ao longo da minha carreira dancei em muitas companhias que não eram de repertório clássico, como o Ballet Stagium, Cisne Negro, Balé da Cidade de São Paulo, Ballet do Teatro Castro Alves, onde pude explorar inúmeras possibilidades técnicas e artísticas além das proporcionadas pelo repertório clássico do TM. Com estas companhias tive a oportunidade da dançar por todo o mundo, da América do Sul à Europa, o que me enriqueceu ainda mais enquanto artista.

LB: Fale das dificuldades que teve como bailarino, seus obstáculos e como superou todos eles.

SM: As dificuldades foram muitas, desde a minha origem humilde, a difícil aceitação pela família, e as dificuldades inerentes à formação de um bailarino, como as limitações físicas, a busca de uma formação mais aprimorada pelo fato do meu inicio tardio, pois naquela época eram poucos os bailarinos homens que tinham a oportunidade de se iniciar cedo nos estudos do ballet. E acho que superei isso tudo porque sou extremamente teimoso e insistente, o que não deixa de ser bom para um bailarino, pois sabemos que os obstáculos são muitos e não podemos desistir no primeiro.

LB: Como se tornou 1° bailarino do TMRJ e quais foram os cargos assumidos e dirigidos por você na história do ballet do TMRJ?

SM: Como já disse anteriormente, já passei por todos os cargos do TM. Comecei como corpo de baile, passando por corifeu, solista e primeiro solista, onde atuei como primeiro bailarino em quase todas as produções da companhia, e passei de vendedor de lenços a príncipe em menos de um ano, dividindo o palco com estrelas do ballet como Ana Botafogo, Cecília Kerche, Julio Bocca, Fernando Bujones, Jean Yves Lormeau, Marcia Haydée, Richard Cargun, Elizabeth Platel entre outros. Num segundo momento também exerci os cargos de professor, ensaiador, assistente de direção e finalmente diretor artístico, e foi nesta ocasião que trouxemos pela primeira vez para uma companhia de fora da Europa o ballet A Criação, do coreógrafo Uwe Scholz, que no ano seguinte foi também apresentado em Joinville com enorme sucesso e grande comoção do público.

     Teatro Bolshoi Brasil, Sergio ministrando aulas de ballet clássico e ao fundo o ilustre Pianista Eduardo Boechat.

LB: Quais foram os professores mais importantes, os que mais influenciaram no seu desenvolvimento profissional?

SM: Meus professores em Porto Alegre foram fundamentais, é claro, mas já fora do RS e já atuando como profissional, uma vez que entre meu início como aluno e a conquista de meu primeiro contrato profissional, no Teatro Guaíra, foram apenas 3 anos, tive a oportunidade de trabalhar com grandes mestres como Carlos Trincheiras, Jair Moraes, Hugo De La Valle, Aldo Lotufo, Tatiana Leskova, Eugenia Feodorova, Jane Blauth, Jorge Siqueira, Ismael Guiser, entre tantos outros aqui no Brasil e na Europa, como no Mudra, em Bruxelas/Bélgica, que na época era a escola do Ballet Béjart, que se chamava Ballet du XXIéme Siécle, na École de Danse do Ballet de Zurich/Suiça, e além disso nos EUA, com aulas em NY no Joffrey Ballet School.



LB: O que  acha da dança no Brasil, das escolas, espetáculos, festivais, acha que estamos caminhados para um futuro promissor ou o Brasil ainda está muito atrasado em relação a outros países?

SM: A dança no Brasil evoluiu muito desde que eu comecei. Os bailarinos hoje estão em pé de igualdade com as grandes estrelas mundiais. Os festivais são um meio muito importante de fomento à dança, com a troca de experiências e conhecimento, apenas com um senão: a ênfase demasiada a altura das pernas e o número de piruetas, em detrimento ao verdadeiro sentido da dança, que é a arte, uma vez que a técnica é tão somente um meio para se chegar a um fim mais profundo, a arte.

LB: Cite o nome de alguns bailarinos que você acha que mereciam destaque na dança no Brasil, mas infelizmente ainda ficam escondidos por causa da falta de oportunidade?

SM: Eu acho que os bailarinos que já atingiram um nível artístico mais consistente já estão conseguindo este reconhecimento, apenas aos que são muito jovens e ainda não muito lapidados falta esta visibilidade, que virá, se não aqui no Brasil, onde o mercado é pequeno, nos palcos do mundo inteiro. Lembrando que uma medalha num concurso não é uma garantia, mas apenas um passo para este aprimoramento artístico.

LB: Atualmente  está ministrando cursos, dando aulas, fale um pouco sobre os novos projetos?

SM: Atualmente, junto com a minha esposa, eu abri meu próprio estúdio de dança, na cidade de Teresópolis/RJ e além disso tenho dado aulas como professor convidado em academias e companhias profissionais, como mais recentemente o Ballet de Niterói, a São Paulo Companhia de Dança, a Cia Jovem do Ballet Bolshoi no Brasil, e amanhã mesmo estarei embarcando para minha segunda temporada como professor de Ballet Clássico no Festival de Dança de Joinville.

LB: Deixe uma mensagem especial para nossos leitores

SM: Presumindo que a maioria dos leitores seja de bailarinos e/ou estudantes de dança, o que eu posso aconselhar é que façam muitas, muitas, muitas aulas, enfatizando sempre a limpeza e a correção dos movimentos de base, e que, além disso, também leiam muito, assistam bons filmes, boa música, adquiram cultura geral, que dará maior consistência e peso artístico à sua dança, afinal, as partes mais importantes do corpo de um bailarino ainda são o cérebro e o coração.

 LB: Querido Sergio, meu mt obrigada por esse momento delicioso, c/ essa conversa maravilhosa sempre enriquecendo nosso trabalho e  trazendo novidades para nossos leitores. Fica ai mil beijos e mt luz no teu caminho, ainda temos mt trabalho juntos esse ano se Deus quiser bjs lu 




domingo, 10 de junho de 2012

OS SAPATINHOS VERMELHOS




VERSÃO CRIADA PARA O BALLET




Numa bela tarde de sol, uma mocinha passeava com o namorado numa praça onde se realizava uma feira, quando viu na vitrine de uma loja do outro lado da rua um lindo par de sapatilhas vermelhas. Ela que sempre teve uma vontade enorme de dançar, mas sem ter tido numa oportunidade de aprender, fica encantada com as sapatilhas que estão à venda.
O rapaz, porém, pressentiu alguma coisa estranha que não lhe parecia boa, uma força quase mágica que vinha do tal sapato que exigia a aproximação e atenção do casal. Com tal pressentimento, o jovem tenta fazer com que a namorada se desinteresse das sapatilhas, sem ter, porém um motivo concreto para dissuadi-la da compra, a não ser o alto preço que era pedido.O vendedor da loja, que observava toda a conversa do casal, se aproximava de uma forma um tanto estranha, pois não era amigo ou mesmo conhecido de nenhum dos dois, e oferece de presente à moça o par de sapatilhas vermelhas.Entusiasmada, ela se desfaz dos sapatos velhos, calça os novos e sai dançando lindamente pela feira, em meio às barracas e as pessoas que paravam para admirá-la. Dança com vários rapazes, feliz em perceber a grande dançarina que era. Nenhum dos seus pares conseguia acompanhá-la por muito tempo e ela dançava sem parar, fascinada pelo brilho dos seus sapatos vermelhos. Não tinha percebido que seu namorado há muito havia se perdido dela na confusão da feira e que o vendedor de sapatos, ao contrário, estava sempre por perto, em todos os lugares onde ela exibia a sua dança.Horas depois, exausta, a moça volta ao centro da praça, querendo sentar, descansar um pouco, mas as sapatilhas obrigavam-na a dançar mais e mais como se mandassem no seu corpo. Quando já não agüentava mais, reconheceu na pessoa que sempre estivera ao seu lado, o vendedor que lhe havia dado o presente e sentiu como se ele a acusasse de ser uma ambiciosa, dona de um desejo incontrolável de se tornar bailarina a qualquer preço. Sentia como se ele a culpasse por alguma coisa muito séria que ela mal podia entender, e que a estava castigando, ou melhor, ela mesma estava se castigando por não ter controlado a tentação de ter os sapatos e ser notada por sua dança.Confundindo aquela fantasia, aquele pensamento, com a vida real, a moça desesperada tenta voltar para casa. No meio do caminho encontra um velho que a conduz para uma igreja onde ela descansa e pensa sobre a vida, e se vale a pena trocar sua tranqüilidade por um desejo tão facilmente realizado através da magia, longe da realidade.Ainda confusa entre a verdade e a fantasia, a moça desmaia de cansaço e morre em seguida.Nesse mesmo instante, aquele estranho vendedor recoloca na vitrine o mesmo par de sapatilhas vermelhas à espera de uma próxima vítima.


O BALLET CÔMICO DA RAINHA







O Ballet cômico da Rainha foi um grande espetáculo da corte francesa, considerado ponto de partida como arte de contar uma história através da dança. A apresentação foi encomendada pela rainha Catarina de Medicis, mãe de Henrique III, para festa de casamento, ao músico Beaujoyeux, conhecido como grande organizador da festas com música, dança e teatro.
A festa se realizou em 15 de outubro do ano de 1581 na Salle du Petit Bourbon e teve uma representação dramática, musical e cenográfica em um prólogo, dois atos e grande final, com a presença dos intérpretes  Mlle. de Saint Mesme ( Circe); TM. de la Roche ( Nobre); M.de Beaulieu ( Clauco); Mlle.Beaulieu ( Tetis); Mlles. de Vitri, de Sugeres, de Lavernay, d' Estavay ( Ninfas); M de Jutigny (Pan); M. du Pont ( Mercúrio); a Rainha da França (participação especial) a Princesa de Lorena ( Participação especial); os membros da corte de Henrique II (Participação especial); Coreografia de Balthazar Beaulieu, Salmon e Beaujoyeux. Cenário e figurinos de Jacques Patin.
No libreto deste ballet criado em 1582, Beaujoyeux escreveu sobre a sua criação falando da originalidade e forma de espetáculo em que a dança tem um tratamento especial em relação à música, poesia, canto, artes presentes na apresentação, porém a serviço da dança.


A história se passa no jardim do palácio da deusa Circe e conta que um nobre prisioneiro dessa deusa foge do seu cárcere e chega aos domínios do rei para pedir que o ajude a conseguir sua liberdade. Tentando cativar a simpatia e a proteção real, o homem conta a sua história fazendo uma cena exagerada e engraçada com gestos enormes e palavras rimadas como se declamasse uma poesia. O Rei fica interessado e encantado com o feito do nobre, começa a imaginar toda aquela fantasia que ele declamava a respeito do reino da deusa e do seu aprisionamento. Imaginava tudo como se fosse uma realidade. Em seu favor, chegam também até o Rei três sereias e um tritão - deus do mar, meio homem, meio peixe -, que entram cantando e dançando, e não só confirmam as notícias do nobre, mas também prometem a presença de mais moradores do reino de Circe que logo estarão ali para contar suas vidas fantasiosas. Surge então uma grande fonte puxada por três cavalos marinhos, cheia de náiades - deusas das fontes e dos rios - que se dirigem ao Rei e dão seu depoimento cantando uma linda canção, acompanhada por doze pares de ninfas e pajens dançarinos. No momento em que todos estão pedindo ao Rei a liberdade do prisioneiro, surge a deusa Circe, que ao perceber que alguma coisa contra ela está sendo tramada, imobiliza a todos com sua varinha mágica. Até o deus Mercúrio que estava entrando pessoalmente, para combater a poderosa Circe, é vítima da sua força e também fica paralisado. Sob o poder da magia da deusa, todas essas pessoas encantadas vão se transformando em animais e seguem com ela para viver no interior de um bosque, onde é a soberana. Novamente sozinho, o Rei, vendo o salão sozinho, entristece e quase se perde, mas a chegada de um grupo de dríades-ninfas dos bosques - que cantam e dançam acompanhadas por três cômicos flautistas - o alegra novamente. No meio das danças, as ninfas descobrem a caverna do deus Pan a quem vão pedir para livrar o bosque do do encantamento de Circe e libertar seus amigos. Ouvindo o apelo das ninfas a Pan, a deusa Minerva se une a eles e canta para o Rei toda a sua sabedoria. No seu canto, chama o deus Júpiter para que os acompanhe também, na tentativa de salvar o bosque do poder de Circe e os apóie com sua força de divindade.Todo o grupo, liderado por Pan e seus oito pajens, se dirige para o castelo de Circe, disposto a acabar com o encantamento feito por ela. Sabendo da caravana que se aproximava dos seus domínios e ouvindo gritos estranhos dos animais encantados, a deusa corre para o bosque a fim de combater os intrusos mas é impedida de chegar até lá por um raio de Júpiter.Vencedores, deusas, deuses, cômicos e ninfas voltam ao castelo do Rei para uma grande homenagem ao soberano e para entregar a ele a deusa Circe como prisioneira. As dríades entram dançando uma linda melodia cantada por Júpiter e as náiades se dirigem ao centro do salão, iniciando um grande baile para o qual todos, imortais, deuses e reis, humanos e não-humanos, são convidados a participar e a se divertir.

AULA DE CHÃO P/ INICIANTES


AULA DE CHÃO
Para iniciantes 
            
OBS: Sempre que possível dar aula de chão de preferência como nas aulas de ponta ter um horário só para aula de chão. Se não for possível tente encaixá-la nas outras aulas.



CHÃO

1. SENTADAS
Pernas esticadas, 1/2 ponta, flex, 1/2 ponta, estica (8x) pés paralelos.

2. SENTADAS
Pernas esticadas, flex, ponta (8x) pés paralelos.

3. SENTADAS
Pernas esticadas, toda sequência da 1 e 2 começando en dehors e depois en dedans.

4. DEITADAS (COSTAS NO CHÃO)
Flex., ponta (8x)

5. DEITADAS
flex, ponta en dehors e en dedans

6. DEITADAS
Flex. abre ponta fecha (8x)
Levanta a perna flex estica e desce (8x)

7. DEITADAS (BARRIGA NO CHÃO)
Pernas esticadas, relaxa tudo e estica pernas, joelhos e glúteos e pontas. (8x)

8. DEITADAS
Braços esticados
Levanta só a perna direita
Levanta só a perna esquerda
Levanta só o braço direito
Levanta só o braço esquerdo
Perna direita c/ braço esquerdo
Perna esquerda c/ braço direito
Perna direita c/ braço direito
Perna esquerda c/ braço esquerdo

Os 4 juntos sem tirar a testa do chão (4x a sequência)


9. DEITADAS
Joelhos dobrados pés nos glúteos esticam as costas e alonga os joelhos p/ trás - fica 4 ts (4x)

10. DEITADAS ( TESTA NO CHÃO)
Braços na linha do peito,estica cotovelos. Sobe as costas pernas esticadas. Sem abrir os pés.

11. DEITADAS
Alternando a mão dir. esq. dir. esq.
Segura a coxa direita por dentro
Segura coxa esquerda por dentro
Fica 4 ts e deita

12. SENTADAS
Segura os dois pés c/ joelhos dobrados,anda, anda e ficam segurando c/ as costas retas (4x) e faz 4x c/ a testa grudada na canela. Estica e volta

13. SENTADAS
Pernas esticadas, b: 3ª pos.
Deita em cima dos joelhos, segura e volta.

14. SENTADAS
Posição de borboleta c/ as mãos apoiadas nos joelhos (relaxa e estica as pontas, subindo os calcanhares e soltando-os)

15. BORBOLETA
16 ts, cabeça: virando até o ombro.
Dir. esq. dir. esq.
Dir. esq.dir.esq.

16. BALANÇO
Balanço e virando de costas (barquinho)

17. MERGULHO
4x indo
4x voltando
Queixo, umbigo, calcanhar alonga e volta.
Nariz alonga encolhe e chega

18. PORT DE BRAS
(borboleta)
1ª pos- 2ª pos sobe braços p/ 3ª pos, alonga na frente e volta alongando braço dir. no tornozelo, braço esq. no tornozelo.

19. RETIRÉ
Deitadas pernas esticadas, puxa retiré en dedans, c/ a ponta pelo lado da perna,
vira en dehors, vira en dedans e estica
4x de e esq.

20. RETIRÉ
As duas pernas juntas c/ o mesmo procedimento do exercício anterior.

21. SENTADAS
2ª pos grand. mãos entre as pernas, flex e ponta, 4x relaxa e estica os joelhos 4x

22. SENTADAS
Pernas esticadas, souplesse en avant, nariz colado nas pernas, vira en dehors fica 4 ts, vira en dedans fica 4 ts e sobe. (4x na sequência)

23. DEITADAS
Jogam as pernas p/ o alto volta em 2ª pos, passa e fecha.

24. ABDOMINAL
Elava e desce as pernas juntas e esticadas s/ tocar o chão (8x)
(cuidar p/ não forçar a coluna a elevação das pernas parte da força abdominal, manter costas coladas no chão)
25. PONTE
Ponte de pernas dobradas
Ponte de pernas esticadas

26. GRAND BATTEMENT
Deitadas barriga p/ cima
4 c/ a direita
4 c/ a esquerda
(repete à sequência c/ a barriga no chão)
  
27. DEITADAS
Barriga p/ cima, eleva as pernas devant, abre 2ª pos e fecha por fora.
Repete toda a sequência 4x
4x inverso, abre 2ª pos., fecha devant e desce lentamente de frente e de costas

28. DEITADAS
Développé devant e à la seconde 4x cada de costas e de frente
  
29. GATO
Posição do gato
Joelhos juntos cabeça linha das costas, leva o joelho no nariz passa p/ attitude en dedans estica arabesque e recolhe (4x cada lado)

29. DE PÉ
16 sautes pés paralelos e en dehors
Polichinelo em 1ª pos p/ 2ª pos. (4x)

 29. RELAXAMENTO




terça-feira, 21 de junho de 2011

New York City Ballet


New York City Ballet surgiu a idéia de Lincoln Kirstein . Ele imaginou um ballet americano, onde jovens dançarinos nativos podem ser treinados e educados sob a orientação dos maiores do mundo mestres de ballet para executar um repertório novo e moderno, em vez de depender de grupos em turnê de artistas importados desempenho para o público americano.

Iniciar
Quando se encontrou com George Balanchine , em Londres, em 1933, Kirstein sabia que ele tinha encontrado a pessoa certa para o seu sonho. Treinamento Balanchine jazia na tradição do balé russo grande, ele ingressou na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo em 10 anos de idade e formou-se em 17. Também um estudante no Conservatório de Música de Petrogrado durante este tempo, estudou piano e composição. Com seus estudos por trás dele e apenas 20 anos, Balanchine deixou a União Soviética recém-criado para o Ocidente. Pouco tempo depois, Sergei Diaghilev convidou o coreógrafo jovens para participar de sua Monte Carlo Russes baseado Ballets. O ano era 1924. Em 1933, aceitou o convite de Balanchine Kirstein está por vir para a América para começar a escola que era para servir de incubadora de sua ballet americano.

Luta
Anos seguintes, porém, não foram sem incidentes e frustrações. Primeira apresentação da escola foi adiada devido à chuva, e da turnê inicial do recém-formado American Ballet encontrou um fim prematuro, com o colapso simultânea de ambos gerente e seu tesouro. Um período de três anos no Metropolitan Opera como a sua companhia de balé oficial terminou em desavenças. Várias companhias de balé foram criados e dissolvidos. Esforços cessaram temporariamente durante a Segunda Guerra Mundial - Kirstein serviu no Exército, enquanto Balanchine foi para o Ballet Russe de Monte Carlo como coreógrafo. Durante este período, apenas a existência da Escola deu qualquer indicação de que o sonho do ballet Kirstein americano ainda estava vivo. Foi a devoção incansável desses dois homens em face de probabilidades esmagadoras de que, aparentemente, foi finalmente capaz de chamar a New York City Ballet fora do fogo.

Um Sonho Realizado
Depois da guerra, Kirstein e Balanchine formado Ballet Society e apresentou sua nova empresa no Centro de Nova York City de Música e Drama. Morton Baum, então presidente de Finanças City Center do Comitê, ficou impressionado com a qualidade do que ele tinha visto em uma das performances e se aproximou Kirstein com a sugestão de que ele transformar o conjunto em um New York City Ballet. Kirstein, com o seu sonho em vista, fez uma promessa Baum - que, em troca de sua fé, ele daria New York City a melhor companhia de balé nos Estados Unidos dentro de três anos.

Sucesso
E, como eles dizem, o resto é história. Em 1948, Balanchine convidou o 30-year-old Jerome Robbins para se juntar à empresa nascente como diretor artístico adjunto. Depois de realizar no Centro da Cidade de Música e Drama, a Companhia realiza agora por 23 semanas do ano na magnífica $ 30 milhões, Philip Johnson-concebida New York State Theater (agora o David H. Koch Theater), construído pela Prefeitura e Estado de Nova York. New York City Ballet abriu o teatro em 24 de abril de 1964, e desde então tem sido a sua companhia de ballet residente. O Saratoga Performing Arts Center tem sido o lar New York City Ballet de verão permanente anual desde 1966.

Entre mais de dois compromissos pontuação internacional, o New York City Ballet tem feito inúmeras aparições nas capitais da Europa. A Companhia também apareceu na Austrália, Brasil, Japão, Sicília, Coréia do Sul e Taiwan e fez três viagens históricas para a Rússia, bem como visitas a muitas das principais cidades dos Estados Unidos e Canadá.

Hoje
Atualmente, a Companhia tem cerca de 90 dançarinos, tornando-o o maior organização de dança nos Estados Unidos. Tem um repertório ativo de mais de 150 obras, principalmente coreografia de Balanchine, Robbins e Martins Pedro . A School of American Ballet, a escola oficial do New York City Ballet, está prosperando em sua espaçosa casa em B. O Samuel & David Rose Building at Lincoln Center, com uma matrícula de mais de 350 dançarinos ambiciosos de quase todos os estados da nação e em torno de o mundo. Após a morte de Balanchine em 1983, Robbins e Martins dividiu o título de Master Chief Ballet em supervisionar o bom funcionamento do New York City Ballet. Desde 1990, Martins teve responsabilidade exclusiva para as operações da Companhia.

George Balanchine e Lincoln Kirstein moldaram a história da dança do século 20. Sob a direção de Peter Martins, New York City Ballet permanece dedicada à preservação dos ideais de Balanchine.

American Ballet Theatre


American Ballet Theatre é reconhecido como um dos grandes companhias de dança do mundo. Poucas companhias de balé igual ABT pela sua combinação de tamanho, alcance e extensão. Reconhecida como um tesouro vivo nacional desde a sua fundação em 1940, ABT anualmente turnês nos Estados Unidos, realizando mais de 600.000 pessoas, e é a única grande instituição cultural a fazê-lo. Ele também fez mais de 15 turnês internacionais e 42 países como, talvez, a companhia de ballet mais representativas americano e foi patrocinado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em muitos desses compromissos.

Quando American Ballet Theatre foi lançado em 1939, o objetivo era desenvolver um repertório dos melhores balés do passado e para incentivar a criação de novas obras de talentosos jovens coreógrafos, onde quer que pode ser encontrado. Sob a direção de Lucia Chase e Oliver Smith 1940-1980, a Companhia mais do que cumpriu esse objectivo. O repertório, talvez sem paralelo na história do ballet, inclui todos os grandes ballets de longa-metragem do século XIX, como O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e Giselle, os melhores trabalhos do início deste século, tais como Apollo , Les Sylphides, Jardin aux Lilas e Rodeo, e aclamado obras contemporâneas, tais como Ares, Push Comes to Shove e Duets. Na aquisição de tais repertório extraordinário, ABT encomendou obras de todos os grandes gênios coreográfica do século 20: George Balanchine, Antony Tudor, Jerome Robbins, Agnes de Mille e Twyla Tharp, entre outros.

Em 1980, Mikhail Baryshnikov se tornou diretor artístico do American Ballet Theatre, sucedendo Lucia Chase e Oliver Smith. Sob sua liderança, numerosos ballets clássicos foram encenados, remontou e remodelado, ea Companhia experimentou um fortalecimento e refinamento da tradição clássica. Em 1990, Jane Hermann e Oliver Smith conseguiu o Sr. Baryshnikov e imediatamente estabeleceu uma agenda que foi dedicada a manter as grandes tradições do passado, enquanto agressivamente um futuro vital e inovadora.

De acordo com o compromisso da Companhia de longa data para trazer o melhor da dança para o maior público internacional, ABT tem apreciado recentemente sucessos triunfante com compromissos em Tóquio, Londres, Paris, Madrid, Buenos Aires, Cidade do México, Palermo, Itália, e em Atenas e Salónica, Grécia.

No Outono de 2000, American Ballet Theatre fez a sua primeira visita à China, aparecendo em Xangai e Hong Kong. A Companhia também apareceu em Taipei e Cingapura, pela primeira vez. Ao longo dos seus 60 anos de história, a Companhia já apareceu em um total de 126 cidades em 42 países. ABT também tem aparecido em todos os 50 estados dos Estados Unidos.

Em Outubro de 1992, o ex-American Ballet Theatre Principal Dancer Kevin McKenzie foi nomeado Director Artístico. Mr. McKenzie, firme em sua visão da ABT como "americano", está comprometida em manter vasto repertório da Companhia, e para trazer a magia da dança-teatro para as grandes etapas do mundo.

Ballet Bolshoi



O Ballet Bolshoi é a Companhia do Grande Teatro Acadêmico para Ópera e Ballet de Moscou. Sua origem se deu em 1773 quando um grupo de bailarinos, meninos e meninas carentes, e outros cidadãos servos, foi formado através de aulas realizadas em um orfanato de Moscou, porém a capital da URSS ainda era Leningrado. A partir de 1776 esse grupo passou a integrar a companhia do Teatro Petrovski, um local construído para abriga-los. Porém a construção da época era muito frágil e não resistente a incêndios, motivo pelo qual em 1805 o prédio foi destruído e de 1805 a 1825 o Teatro Arbat, o novo Teatro Imperial, foi local de apresentações desta companhia, até que em 1824 foi construído um novo prédio, no mesmo local do antigo teatro incendiado, e onde fica a sede atual do Teatro Bolshoi, tombada pela Organização das Nações Unidas, como Patrimônio Arquitetônico e Cultural da Humanidade. Em 18 de janeiro de 1825, com sua arquitetura Clássica e suntuosa foi inaugurado com o nome de “Grande Teatro Petrovski”. Com o movimento nacionalista do balé russo abandona-se a herança do balé francês com sua mitologias e começa a se valorizar a literatura e os costumes russos na criação de novas composições coreográficas. Este movimento não pôde impedir a influências de coreógrafos como Petipa.


Até a Revolução Russa de 1917, a companhia de dança do Teatro Marriinski, que após esta revolução passou a se denominar Ballet Kirov, era a mais importante no cenário da dança russa acadêmica, porém o Ballet Bolshoi habitualmente recebia as grandes estrelas da dança, reproduzindo ainda os balés do consagrado Petipa, desta forma ganhando maior notoriedade pública.

No início do século XX, dirigido por A. Gorski (1878 a 1924), o Bolshoi buscava se libertar da constante presença de Petipa em seus repertórios, desejava uma nova identidade. Com a capital do país saindo de Leningrado e vindo para Moscou a companhia começa a receber maior incentivo do governo, podendo investir em seus talentos e pagar por aqueles formados pela Escola do Ballet Kirov, que neste século passa ter o mérito de formadora técnica e estilo impecável, enquanto que o Bolshoi fica famoso pela projeção de grandes estrelas, dando vitalidade ao balé russo. Naturalmente esta diferença de trabalho gerou uma rivalidade entre as duas companhias, porém ambas possuem seus méritos. Muitos dos artistas do Bolshoi são formados na escola do Kirov.

Hoje o Bolshoi possui um grande naipe de profissionais, como: bailarinos, mímicos, cantores e músicos adultos e infantis. E anualmente produz em média de quatro espetáculos por mês, entre balés e óperas.

No Brasil foi aberta uma Escola do Teatro Bolshoi em Joinville, Santa Catarina, com a proposta de formar artistas cidadãos, promovendo e difundindo a arte-educação. Esta escola pretende trabalhar nos mesmo ideais sociais que deu origem a Escola Coreográfica de Moscou, em 1773, proporcionando o desenvolvimento cultural às crianças da camada mais carente da nossa sociedade. A escola conta com a colaboração dos Amigos do Bolshoi permitindo que muitos alunos recebam bolsa de estudo, desta forma saindo do estado de opressão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARO, Antônio José, SAMPAIO, Luiz Paulo. Dicionário de Ballet e Dança. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.
PORTINARI, Maribel. História da dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

http://www.escolabolshoi.com.br/