sábado, 26 de setembro de 2009

Dança Moderna


Baseado em registros feitos pelo homem através de desenhos de figuras humanas encontrados nas paredes e tetos das cavernas no período Paleolítico, podemos perceber que o homem já dançava. O homem pré-histórico dançava pela caça, colheita, casamento, cura, etc. Dançava em forma de ritual para tudo que tinha um significado.


Por isso podemos dizer que a Dança é1 a arte mais antiga que o homem experimentou e a primeira arte a vivenciar com o nascimento. Assim, o homem e a dança evoluíram juntos nos movimentos, nas emoções, nas formas de expressão e na arte de transformar os seres desse mundo.

Evoluíram também em conceitos, nos acontecimentos culturais e sociais que a dança, juntamente com o homem, mostravam através da intenção dos anseios e necessidades da humanidade. Dessa forma, caminhavam juntos revelando através da história a relação do homem com o mundo e seus diferentes modos de vida.

Seja na expressão de magia, ritual, cerimonial, expressão popular ou no prazer de se divertir, a dança sempre esteve envolvida com a forma de manifestação das vivências do homem no mundo e as influências que o mundo lhe apresentava.

No evoluir da dança, ela foi se misturando no cenário das antigas civilizações e se diversificando nas várias formas de interpretação e expressão. E essas danças foram deixando através dos tempos suas raízes com a possibilidade de outras nações posteriores estudá-las e apreciá-las.

A partir daí a dança inicia sua fase de corte em que se dançava com o intuito de satisfazer os nobres e agradá-los. Foi chamado de ballet de corte e é dessa dança que se origina o que hoje conhecemos como ballet clássico.

O ballet sofre mudanças, começa a ser apresentado nos palcos, a figura feminina começa ascender e os bailarinos se tornam profissionais. Logo surge o ballet romântico em que definitivamente o homem perde importância e começa a servir somente como apoio à bailarina. A característica principal do Romantismo no ballet é o uso das sapatilhas de ponta pelas bailarinas, onde a procura pelo chão foi trocada pela tentativa de “quebra” da gravidade por meio de saltos.

Quando, no século XIX alguns apreciadores da dança resolveram romper com a leveza e a estética do ballet clássico, surge a Dança Moderna, retornando aos movimentos ligados a terra. Dança Moderna é o termo surgido nos Estados Unidos para designar o contrário da dança acadêmica. Na verdade, engloba uma variedade de estilos que basicamente tem em comum não utilizar sapatilhas de ponta ou o vocabulário de dança clássica, buscando também temas mais identificados com sua época. Uma reação aos rigores do classicismo, procura maior identidade entre o palco e platéia, além de constante pesquisa de novos caminhos para a expressão através do movimento.

DANÇA MODERNA: PRINCIPAIS TEÓRICOS E ESCOLAS Escola Americana: A prática “real”, criação e evolução da dança começa entre o final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos.

François Delsarte (1811-1871): Foi o primeiro teórico da dança. Trabalhou a relação entre voz, gesto e emoção interior. Está aí a chave da dança moderna: A intensidade do sentimento comanda a intensidade do gesto. Fez com que a dança parecesse ter um só guia: a própria alma humana.

Ideais do Delsartismo:
Todo corpo é movimentado pela expressão que é a fonte e o motor do gesto, principalmente no torso (tronco).
Pela contração e pelo relaxamento dos músculos se obtém a expressão.
“Os três princípios de nosso ser: vida, mente e alma; formam uma trindade”- Tinha o objetivo de obter a partir de exercícios uma perfeita harmonia e por isso conduzir o homem a um alinhamento entre a expressão e o sentido.
Sua análise sobre anatomia e expressão humana, fundamenta-se em dois princípios: O Princípio da Correspondência (tendo sido criado à imagem divina, o homem manifestava-se em seu ser uma tripla causalidade) e o princípio da Trindade, superava a dualidade corpo-alma através da criação e do espírito, que entendia como sendo de uma mesma e única realidade .
Estrutura Típica - o corpo humano é composto de três zonas principais: a cabeça (intelecto); o tronco (emoções) e os membros (o que é propriamente físico ou animal)
Oposições, paralelismo e sucessões : as três grandes ordens do movimento.
Cada movimento corporal tem um sentido próprio que também corresponde a uma emoção específica.
Universalização do treinamento artístico através da elaboração de métodos que podem ser utilizados por qualquer pessoa independente de suas limitações físicas.
Todo homem é artista a partir do momento em que é humano.
A arte da dança é universal, criada pelo ser humano a partir das condições de sua própria existência.
Não há arte para o homem que não seja naturalmente humana.
Loie Fuller (1862–1928): Apesar de não ter deixado inspiração, escola, técnica ou teoria, teve uma pequena importância para os palcos: o efeito dos projetores de luz sobre os tecidos. Por toda sua vida estudou esses efeitos. De acordo com a sua forma, ela “esculpia a luz”.

Isadora Duncan (1877-1927): É a dançarina pioneira. Apesar de não ter deixado escola, Isadora ficou como inspiração para que outras personalidades fizessem da dança moderna um estilo de dança tão explorado e procurado atualmente. A técnica lhe parece sem interesse: fazer gestos naturais, andar, correr, saltar, mover seus braços, reencontrar o ritmo dos movimentos inatos no homem, perdidos há anos, escutar as pulsações da terra, obedecer às leis da gravitação, feitas atrações e repulsas, de atrações e resistências, conseqüentemente, encontrar uma ligação lógica, onde o movimento não pára, mas se transforma em outro, respirar naturalmente, eis o seu método. Costumava dançar de cabelos soltos, túnicas esvoaçantes e pés descalços, figurino este que horrorizava o público da época que era acostumado com sapatilhas, penteados e vestidos enormes. Para Isadora, o sentimento deveria ser expresso pelo corpo e pelo espírito.

Ruth Saint Denis (1878-1968): Ruth Saint Denis, denominada “The first lady of american dance” (A primeira dama da dança americana), faz chegar definitivamente o nascimento da dança moderna. Queria reencontrar o espírito de países e de técnicas de dança que quase nada conhecia. Apenas via vestígios das culturas pelas quais se interessava e a partir delas imaginava uma nova técnica na qual podia se dizer nova, pois cada movimento encontrava seu ponto motor no tronco. Ruth aprofundou-se na idéia de que dançar é exprimir a vida interior.

Ted Shawn (1891-1972): Marido de Saint Denis, de 1916 em diante, introduziu técnicas masculinas vigorosas para realçar a dança como uma carreira para homens. Isso rompia com a tendência admitida na época, destruindo o tabu da discriminação (inconsciente) sexual da dança.

Denishawnschool: Foi formada pelo casal Ruth Saint Denis e Ted Shawn em Los Angeles em 1914. Ted Shawn dedicou grande parte de seu tempo a Denishawnschool. Ali se tornou teórico de toda dança moderna, mostrando as relações entre pensamento, gesto e dança. Em primeiro lugar, a escola utiliza a ruptura completa com a dança acadêmica, utilizando as danças orientais, isso mesmo sem conhecer as técnicas e estilos em sua totalidade; apenas usando a essência e a sua imaginação. Por isso uma exigência de uma concentração total. A escola tinha o objetivo de dar uma formação que ultrapassasse o quadro da preparação corporal para atingir o conjunto da personalidade, inclusive a inteligência e a sensibilidade. Nos métodos, utiliza o treinamento da dança acadêmica descalço sem o uso da sapatilha de ponta (fazendo assim a formação rigorosa do corpo) e desde cedo apresentando-se em espetáculos nos palcos. Na técnica, utiliza o tronco como ponto inicial para qualquer movimento; busca reforçar a impulsão nervosa situada no plexo solar, fazendo com que todos os músculos estejam disponíveis para traduzir os impulsos interiores. Dentre as disciplinas que ensinava, estão: anatomia, música, cultura geral e treinamento corporal. Da Denishawnschool saíram Martha Graham e Doris Humprey, grandes nomes da dança moderna.

Doris Humprey (1895-1958): Consegue difundir as disciplinas coreográficas nas universidades americanas.

Martha Graham (1894-1991): Para Martha, o ser humano é a finalidade da ação coreográfica, confrontando com os problemas atuais do mundo. Buscou o movimento do espírito nas profundezas da alma, para mergulhar no desconhecido do ser. Queria, em seus espetáculos, que o espectador não somente acompanhasse a ação, mas penetrasse no mito e extraísse dele os elementos que lhe concernem pessoalmente, que o identificasse aos heróis.

Técnicas e movimento:
Seu gesto fundamental está no tronco e as duas palavras chave de sua técnica são: “Tension-release” (tensão e relaxamento), contrair os músculos e soltar a energia muscular.
O tronco é o centro do movimento que se expande para fora e para os outros músculos, até os membros.
A força do gesto acontece em torno da força da emoção.
O bailarino se transcende, a partir do movimento tem perspectivas espiritualistas e treinamento nervoso e corporal bem definido.
Ciência da respiração baseada em três pontos essenciais: inspiração-expiração; memória motora e movimento percurtante (poderoso movimento interrompido no auge para que provoque a imaginação do espectador quanto a sua total conclusão).
Merce Cunninghan (1914):Deu a origem ao Pós Moderno, que baseava-se em movimentos primitivos, sem intelectualidade e em que se voltassem para o ritual.

Escola Germânica:A história da dança moderna na Alemanha conta com a segunda geração expressionista que foi marcado pela primeira Guerra Mundial. Suas características são: O grotesco; A careta; Humor negro; Rejeição a qualquer espécie de folclore (germânico ou não).

Rudolf Von Laban (1879-1958):Escreveu muitos livros dando grande contribuição para a dança moderna. Acreditava no movimento como denominador comum de todas as ações humanas e na música como evitável na concepção da coreografia. Criou o movimento dentro da noção de espaço de um icosaedro (poliedro de 20 lados). Criou também a relação entre espaço (parceiro móvel do dançarino), movimento e peso (dinâmica do movimento sem “quebra da gravidade” com equilíbrios e desequilíbrios). E entre suas maiores criações estão a “Eukinetiks” (Eukinética= Belos movimentos) e a Labanotation2, sistema de notação coreográfica em gráficos.

Emiles Jacques Dalcroze (1865 – 1950): Criou a Eurritmia, (ginástica rítmica). Esse método foi criado para a aprendizagem da música. Consistia na expressão corporal como representante de ritmos musicais. Não havia sentimento, cada nota musical representava um movimento, é a tradução mecânica da música através do corpo.

HISTÓRIA DA DANÇA MODERNA NO BRASIL

A dança moderna no Brasil chega em 1932, com Ruth Rachou, que especializou-se na técnica de Martha Graham e também na ginástica de Pilates. Para ela, o pensamento tem que ser um exercício diário para o bailarino. Seu maior objetivo era difundir a técnica de Martha Graham no Brasil.

Porém o palco não aprecia esse novo modo de dançar, já que estavam muito fixados no ballet clássico.

Foi em meados de 1970 é que esse estilo se incorpora em alguns grupos de dança, com um restrito número de pessoas. Em meados da década de 80, não havia quase inovações na dança. Somente dança como relaxamento corporal, conhecimento do corpo como um todo. Já nos temas das coreografias, uma mistura de personagens e fatos brasileiros.

Mas foi na década de 90 que, com a pós-modernidade, a dança moderna se incorporou de vez, e com várias companhias muito importantes e nomes consagrados da dança moderna.

A dança no Brasil se tornou uma mistura entre dança moderna e contemporânea. Isso nos faz incluir algumas companhias de dança, que se encaixam nessa miscigenação. Ruth Rachou é uma das pioneiras da dança moderna no Brasil.

Grupos e personalidades em destaque

 
Grupo Corpo;
Cia Stagium;
Cia Déborah Colker;  
Grupo Raça;
Quasar Cia de Dança ;
Distrito Cia de Dança;
staccato Cia Dança 
Ismael Guiser


CARACTERÍSTICAS DA DANÇA MODERNA:


A intensidade do sentimento comanda a intensidade do gesto;
Reunião de todos os estilos de formas, movimentos e técnicas;
Fluxo de movimento que se estende por todas as articulações do corpo;
Linguagem do corpo inteiro;
Movimento predominantemente nas extremidades;
Pés nus (descalços);
Pés en dehors e en dedans (para dentro);
Pés têm pouca importância;
Ruptura da linha melódica;
Realismo psicológico;
Prende-se demais a moda, suas coreografias vivem apenas um ano;
Vive enquanto vive a angustia de nossa época. 
 
 
1DANÇA: Substantivo feminino- 1- Seqüência de movimentos corporais executados de maneira ritmada, em geral ao som de música. 2- A arte da dança. 3- Música que se destina a ser dançada. 2O ‘Labanotation’ (como é conhecido nos EUA) ou ‘Kinetography Laban’ (na Europa) é o sistema de notação mais difundido e o mais antigo. Foi criado em 1928 por Rudolf von Laban. O sistema de Laban parece mais difícil, por ser mais abstrato e menos pictórico. Ao invés de ‘desenhar’ os movimentos dos bailarinos o sistema cria uma espécie de alfabeto, em que uma série de indicações convencionais se cruzam com uma série de símbolos, representando os diferentes passos. Mas seus princípios são simples: uma linha vertical e central divide o corpo em lado esquerdo e direito. A localização do símbolo na coluna indica a que parte do corpo ele se refere. O tempo é determinado pelo tamanho dos símbolos dos movimentos: quanto maior o símbolo mais lento o movimento. A forma dos símbolos indicam as onze direções.E o hachuriado indica a posição do joelho: se em plié, esticado ou na ponta. Além disso, há indicações de intensidade do movimento. O método Laban é usado em várias companhias, principalmente inglesas.

domingo, 20 de setembro de 2009

Ekaterina Maximova




Ekaterina Sergeyevn Maximova nasceu a 1 de Fevereiro de 1939, em Moscovo e, aos 18 anos, após terminar os estudos na Escola Coreográfica da capital russa, foi aceite no elenco do Ballet Bolshoi, em cujo palco brilhou mais de três décadas 

Yekaterina "ballerina" 

O nome de Yekaterina Maximova é bem conhecido do público "balletómano" português. Em Outubro de 1999 deslocou-se a Lisboa tendo, então dado uma entrevista exclusiva à RD: 

Ela foi, sem quaisquer dúvidas, uma das grandes bailarinas deste século. Pertencente a uma geração a seguir a à de Galina Ulanova - que foi sua mestra - e de Maya Plisetskaya e ao lado de Natalia Bessmertnova, Irina Kolpakova e Natalia Makarova, esta grande artista casada com outro "monstro" da dança soviética, Vladimir Vassiliev, é uma lenda viva da dança russa.
Com pouco mais de 60 anos, Maximova, que mantém um físico invejável e uma beleza muito particular, dedica-se hoje a apurar a arte das jovens "ballerinas" do Ballet do Kremlin e a dirigir ensaios de uma peça que bem conhece: "A Gata Borralheira".
Deixou de actuar em palco há cerca de seis anos mas não abandonou a dança. E, se nunca veio a Portugal como intérprete, está hoje no nosso País com funções de "ballerina" retirada. Diz que gostou do sol e luminosidade de Lisboa, o que não admira, pois em Moscovo a temperatura já desceu aí a uns 12 graus negativos. 
A última vez que dançou foi há cerca de seis anos, em S. Petersburgo, numa gala especial - uma espécie de homenagem - mas que não foi uma verdadeira festa de despedida. Dançou um excerto do 2º acto de "Zolishka" ("A Gata Borralheira"), com muitos artistas no elenco, mas fala da ocasião sem memórias muito vivas.
Bailarina clássica por excelência afirma também ter dançado obras dos franceses Maurice Béjart e Roland Petit mas nunca se ter interessado por outro tipo de dança. Ter trabalhado com Kasyan Goleizovsky teria sido para ela "um presente dos deuses" mas, quando o conheceu, "lamentavelmente ele já estava velho. Era uma personagem singular e um coreógrafo extraordinário".
Dos grandes papéis clássicos - "Giselle", "Kitri" ou "Julieta" - não escolhe nenhum em especial que lhe tenha dado mais gozo dançar. Acrescenta que gostou de trabalhar numa peça de seu marido inspirada numa obra de Tchekov e que está no reportório do Bolshoi. Diz que "adora ver os bailados de George Balanchine" mas que "nunca teve vontade de dançar nenhum deles". Já de John Cranko refere com um sorriso rasgado e traços de orgulho que dançou Tatiana em "Eugen Onegin".
Sobre a coreografia contemporânea responde simplesmente "alguma gosto... outra não".
E sobre a dança no seu país começou por tornar claro que só falaria de "ballet". "Acho que não estamos em crise. Há muitos bailarinos novos com talento e de grande perspectiva, muitos teatros a funcionar regularmente e sempre cheios e um público caloroso. Criam-se novas companhias e vemos muitos coreógrafos e bailarinos jovens que se tentam realizar através da pesquisa e da busca de novos estilos. Não penso que o bailado está em crise ou que está a morrer, veja-se o trabalho de Boris Eifman, um dos melhores coreógrafos contemporâneos da Rússia". 



Morreu a bailarina russa Ekaterina Maximova, ex-estrela do Bolshoi. 28 de Abr de 2009

MOSCOU, Rússia — A bailarina russa e ex-estrela do Teatro Bolshoi de Moscou Ekaterina Maximova morreu nesta terça-feira aos 70 anos, informou a porta-voz Katerina Novikova.

"Ekaterina Maximova morreu repentinamente em sua casa. Seu marido Vladimir Vasiliev estava fora do país", afirmou Novikova, acrescentando que as causas da morte ainda não são conhecidas.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, apresentou condolências ao marido da bailarina. Os dois formaram um dos mais famosos casais de bailarinos da Rússia e do mundo, segundo o Kremlin.

Nascida em Moscou, em 1º de fevereiro de 1939, Ekaterina Maximova entrou em 1958 para o corpo de baile do Teatro Bolshoi, onde trabalhou durante 30 anos.

Ekaterina Maximova, aluna da legendária Galina Ulanova, dançou pela última vez no Bolshoi em 1999, por ocasião de seus 60 anos. Ela era professora no Bolshoi desde 1998.


Recentemente o Teatro Bolchoi celebrou, com a sala esgotada, o 70º aniversário de Maxímova tendo sido aplaudida efusivamente como recompensa de uma notável carreira e também dos 50 anos de trabalho conjunto com o seu marido e único parceiro no palco, Vladimir Vassiliev". Aliás, o par Vassiliev-Maxímova foi considerado pela crítica especializada "o par de ouro do bailado russo do séc. XX".  

saudades eternas

sábado, 19 de setembro de 2009

Anna Pavlova





Anna Matveievna Pavlova foi uma bailarina russa, nascida em São Petersburgo, a 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou a 12 de fevereiro (pelo calendário gregoriano) de 1881 e falecida na Haia, em 23 de janeiro de 1931. De talento e carisma excepcionais, fascinou o mundo da dança no fim do século XIX e na primeira metade do século XX. Seu extraordinário talento e suas interpretações extremamente pessoais deram um novo sentido ao balé clássico. Também era conhecida como Anna Pavlovna Pavlova.

Nascida de mãe solteira, no seio de uma família de camponeses pobres, não gostava de falar de seu pai, afirmando que ele morreu quando tinha dois anos de idade. Os historiadores afirmam que ele era um soldado judeu quando do seu nascimento e mais tarde um comerciante. Aos oito anos, como presente de aniversário, sua mãe a leva para assistir ao espetáculo de balé:"A Bela Adormecida" no teatro Mariinsky. Emocionou-se tanto, que decidiu a partir daquele dia se dedicar à dança.

Tentou então ingressar na Escola Imperial de Balé de São Petersburgo, mas foi rejeitada devido a sua tenra idade e baixa estatura. Em 1891, aos dez anos, conseguiu ingressar na academia. Desde cedo, revelou um grande talento para a dança clássica.

Anna Pavlova como Giselle, Ato I (ano 1900)

Em sua formação, teve aulas com os mais famosos professores da época: Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.

Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo. Era o começo de sua carreira de sucesso. Seu palco nesta época era o teatro Mariinsky.

Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, galgando rapidamente posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 era segunda solista; em 1905 "Première Danseuse" e finalmente em 1906 "Prima Ballerina".

No final do século XIX o ideal da bailarina era ter corpo compacto e musculoso, para poder atender aos requisitos de técnica e performance nas danças. Anna Pavlova mudou esta visão. Por sua figura feminina, graciosa e delicada e por seu modo personalíssimo de dançar (tinha um jeito especial de executar o "En Pointe", que na época causou polêmica, mas que com o passar do tempo tornou-se padrão), começou a ganhar destaque nos balés em que atuava e a arrebanhar fãs entusiastas. Para a legião de fãs ela era a Pavlovtzi.

Em 1908 estreou em Paris, no Théâtre du Châtelet, com o Ballets Russes de Serguei Diaghilev. De 1908 a 1911, apresentou-se com a companhia de Diaghilev, passando a dividir o seu tempo profissional entre as turnês e as apresentações no teatro Mariinsky.

Em 1913 larga o "Balé Imperial" e passa a se apresentar por sua própria conta, empresariada por Victor d'Andre.

Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, ela deixou a Rússia definitivamente e se mudou para Londres, fixando residência na casa que adquirira em 1912, denominada "Ivy House".

Durante a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul, tendo apresentado-se em 1918 no Teatro da Paz em Belém do Pará. Também esteve na Ásia, Oriente e África do Sul.

Dançou para reis, rainhas e imperadores de toda a europa. Sarah Bernhardt e Isadora Duncan eram suas admiradoras.

Na década de 20 apresenta-se no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1924, casa-se com Victor d'Andre, seu empresário.

No período de natal de 1930, Pavlova tira três semanas de descanso de uma turnê que realizava pela europa. Na volta ao trabalho, próximo de A Haia na Holanda, o trem em que estava foi obrigado a parar devido a um acidente ocorrido próximo à linha. Curiosa, desceu para ver o que havia acontecido vestindo roupas muito leves para o tempo que fazia (um fino casaco sobre uma camisola de seda) e caminhando pela neve. Dias mais tarde, é acometida de forte pneumonia. Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próximo de completar cinqüenta anos. Segundo testemunhas, suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de "A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem suave".

A Bailarina

Após ser admitida no corpo de balé do "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo, passa a galgar posições de destaque nos espetáculos do teatro Mariinsky muito rapidamente. Expressiva e carismática, conquistava grande legião de admiradores a cada espetáculo. Seu físico delicado e gracioso era bem apropriado para os papéis românticos dos balés, e isso foi percebido pelos coreógrafos. Seu primeiro sucesso e que passou a ser sua marca registrada, é o solo de "A Morte do Cisne", apresentada em 1905, no teatro Mariinsky, com música de Cammille Saint-Säens e coreografia de Mikhail Fokine . Também é sucesso em "Giselle" com música de Adolphe Adam e coreografia de Marius Petipa, apresentada em 1906 no mesmo teatro.

No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé A Bela Adormecida pela primeira vez.

No Ballets Russes apresentou-se no teatro Chatelet, em Paris, em julho de 1909, tendo por parceiro o grande bailarino Vaslav Nijinsky no balé Les Sylphides. Também nesta temporada dança no balé Cleópatra, tendo como parceiro Mikhail Fokine.

Em fevereiro de 1910, apresenta-se no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, no balé Coppelia, tendo como parceiro Mikhail Mordkin. Era a primeira vez que se apresentava nos EUA.

Em 1911, apresentou-se pela última vez no Ballets Russes, desta vez em uma temporada em Londres. Mais uma vez teve como parceiro Vaslav Nijinky. Após esta temporada ela nunca mais dançaria com ele.

No dia 24 de fevereiro de 1913, ela apresentou-se pela última vez no teatro Mariinsky, no balé La Bayadere. 

A partir de 1913, rompeu seu vínculo com o Imperial Ballet de São Petersburgo, e passou a excursionar pelo mundo com companhia própria até a sua morte em 1931.

Em suas vindas ao Brasil, ela apresentou-se nestes grandes teatros: Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro Municipal de São Paulo e Theatro da Paz (Belém, Pará).

O seu repertório era clássico, convencional, mas gostava de incluir números de danças étnicas. Os seus excertos e adaptações dos balés clássicos encantavam as platéias para quem se apresentava.

Anna Pavlova, por meio de suas turnês ao redor do mundo, e também por sua figura carismática e singular, tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas; moças que após a verem dançar se decidiam a também fazê-lo.

Durante sua carreira, Anna Pavlova viajou cerca de quinhentas mil milhas, dançando em 3.650 espetáculos e participando de mais de dois mil ensaios. 

Frases

"Deus dá o talento, mas é o trabalho que transforma o talento em gênio."


"Embora alguém possa falhar em encontrar a felicidade na vida teatral, ninguém desiste depois de já ter uma vez provado de seus frutos."


"O sucesso depende em grande parte de iniciativa pessoal e esforço, e não pode ser adquirido exceto à força de trabalho."


"Toque o último compasso bem suave." - (suas últimas palavras)

Rudolf Nureyev


Rudolf Nureyev nasceu na Rússia Soviética, se transformando num dos mais celebres bailarinos do século 20,o primeiro superstar homem do mundo da dança desde Vaslav Nijinsky.Nureyev espantava o público com giros e saltos espetáculares, mas seu temperamento apaixonado e sentimental que o fez um fenômeno. Nureyev, era descendente de Tatar, estudou a dança e sua técnica com o Ballet Ufa. Ele era um estudante incrível na Escola de Ballet de Leningrado de 1955 a 1958, mudando depois do corpo de baile e se formando diretamente com solos no Kirov Ballet. Três anos mais tarde, em 17 de Junho de 1961, quando estava em turnê com o Kirov em Paris, ele quebrou a barreira da segurança soviética e pediu asilo de oficiais no aeroporto de Le Bourget. Nos meses seguintes ele se apresentou em Paris, New York, Londres e Chicago, mas seu auge foi atingido em 1962 quando ele fez par com a aclamada bailarina Margot Fonteyn do British Royal Ballet. O magnífico virtuosismo de Nureyev se mostrou um contraponto à elegancia natural de Fonteyn, e logo sua parceria rejuvenesceu a carreira da moça e estabeleceu a dele. Fora sua ligação ao Royal Ballet como um permante artista convidado' por vinte anos, Nureyev não era afiliado com a compania de dança. Ele trabalhou como artista convidado por todo o mundo, tanto como bailarino e depois como coreógrafo. Nos anos 70 ele se envolveu com o drama. Apareceu na tevê e em filmes, ele também fez tour nos EUA como o Rei de Sião, numa relembrança do clássico musical da Broadway 'O Rei e Eu'. Mesmo se tornando um cidadão austríaco em 1982, ele passou grande parte de sua via em Paris, onde ele era o diretor e principal coreógrafo do Paris Opera Ballet. Em 1989 ele dançou na União Soviética pela primeira vez desde que a abandonara. Nureyev fez sua última aparição pública em outubro de 1992, como diretor na estréia parisiense de uma nova produção de La Bayadère.
Nureyev morreu em 1993, em Paris, França e foi considerado o melhor bailarino do mundo.

Sylvie Guillem




Sylvie Guillem nasceu em Paris no ano de 1965, França. Sua mãe era instrutora de ginástica rítmica, o que inspirou muito a filha a fazer dança. Em 1976, com 11 anos de idade,Sylvie deixou a ginástica para fazer ballet na Ópera de Paris. Depois de somente 5 anos de aulas, ela foi convidada a ingressar na companhia da Ópera de Paris. Com apenas 16 anos!!! No ano de 1989, Sylvie ingressou no Royal ballet e lá dançou muitos papéis principais de vários ballets. Também é muito dito que Sylvie é uma das bailarinas mais bem pagas do mundo.
Em 1984 rudolf Nureiev, na época diretor da Ópera, nomeou étoile(estrela).Guillem é uma bailarina músicalissima e dotada de uma espantosa facilidade técnica.Não se restringe ao balé clássico: vários coreógrafos contemporâneos criaram obras para ela.

O governo francês mandou fazer uma estátua de tamanho real da Sylvie para ser colocada em exposição na Ópera de Paris.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os movimentos e as direções do corpo





Direções a percorrer

As direções a percorrer são aquelas por onde nosso corpo pode se locomover de um lugar para o outro durante a aula ou na hora em que estamos executando uma coreografia.
São elas:

• En avant: para frente

• En arrière: para trás

• De côtè: de lado

• En diagonale: na diagonal



En face:
Quando o quadril e os ombros do bailarino
são colocados totalmente de frente para a
platéia ou para o espelho, independentemente
de que direção estejam as pernas, cabeça ou braços.


Épaulement:
Ombreamento,um termo usado para indicar um
movimento do dorso da cintura para cima, levando
um ombro para frente e o outro para trás com a
cabeça virada para olhar por cima do ombro da
frente.
Para evitar a monotonia e dar um toque artístico
Nos movimentos foram introduzidas as posições
em épaulement.


Croisé devant:
Cruzado na frente: um lado do corpo se
desvia da posição frontal, com a perna
mais próxima do público cruzada na frente
da outra. Podendo ser à terre ou en l’air.


Croisé derrière:
Cruzado atrás: acontece o mesmo em relação ao corpo
que o croisé devant só que com a perna em movimento
mais longe do público e aberta em 4ª posição atrás.
Também podendo ser à terre ou en l’air.


Effacé devant:
Apagado na frente: é o inverso do croisé com
a perna mais distante do público colocada na
frente da outra sem está cruzada.
Também podendo ser à terre ou en l’air.


Effacé derrière:
Apagado atrás: o mesmo que o effacé devant, só
que feito com a perna de trás mais próxima do
público. Também podendo ser à terre ou en l’air.


Écarté devant:
Separado: é quando o corpo está na posição
do épaulement e a direção da perna é a la seconde
e devant porque aponta para frente, nesse caso a
cabeça fica voltada para o braço lenvantado


Écarté derrière:
Separado: é quando o corpo está na posição
do épaulement e a direção da perna é a la seconde
e derrière porque aponta para trás, nesse caso a
cabeça fica voltada para o braço que se encontra
na 2ª posição.

Pés de bailarina





Para entendermos as posições básicas dos pés é preciso voltar no tempo e rever um dos períodos mais criativos da história da dança, quando foram feitas grandes modificações em sua estrutura técnica e artística.
No século XVII, o centro de expansão do ballet mudou-se da Itália para a França e foi no reinado de Luis XIV, que deve o seu epíteto Rei Sol ao “Ballet de la Nuit” no qual em 1653, com apenas 15 anos, interpretou o papel de Rei Sol, que grandes mudanças fizeram, impondo novas características técnicas.
Lulli, um dos bailarinos e músicos italianos trazidos para França quando Catarina de Médices deixou a Itália para desposar o Duque de Orleans, tornou-se diretor da Academia Real de Música e Dança, conseguindo em 1973 que os ballets fossem apresentados no Palais Royal. Sendo encenado em palco elevado, com os espectadores sentados todos do mesmo lado. Bem diferente dos espaços cênicos anteriores que tinham forma de arena, viu-se a necessidade dos bailarinos estarem de frente para o público, mesmo quando se deslocavam de um lado para o outro do palco, pois as rígidas regras de etiqueta da época impediam que eles dessem as costas ou mesmo ficassem de lado para nobre platéia.
E assim surgiu o en dehors, pois a solução foi à rotação externa dos quadris, com os joelhos e a ponta dos pés sempre virada fora, denominada en dehors em francês.
As posições dos pés


As cinco posições básicas dos pés:

• 1ª posição (premieré)

Os pés virados para fora e os calcanhares juntos. Sendo possível separá-los apenas por 2 ou 3 cm. caso as panturrilhas do bailarino o impeçam de fechar totalmente a 1º posição. Formando uma linha de 180° graus quando o bailarino já tiver total controle de seu em dehors.
Cuidar para não deixar que os pés caírem para frente.

• 2ª posição (seconde ou 2nd position)

A segunda posição tem o tamanho de um “dégagé a la seconde” não sendo necessário aumentar a distância para facilitar o encaixe do quadril.
O aumento da distância entre um pé e o outro na 2° posição, prejudica no trabalho muscular realizado durante o “plié”, no qual é feita uma contração excêntrica nos adutores e um alongamento no tendão calcâneo (tendão de Aquiles).

• 3ª posição (troísiéme ou 3nd position)

É a primeira posição cruzada dos pés. Um pé diante do outro, onde o calcanhar deve está colocado de encontro ao meio do outro pé.

• 4ª posição (quatriéme ou 4nd position)

Partindo da 1ª ou da 5ª posição levando a perna em um “dégagé devant ou derriére” descendo o calcanhar teremos a 4ª posição.
Partindo da 1ª denominamos uma 4ª aberta mais conhecida como “quatriéme ouvert” já da 5ª posição teremos uma 4ª cruzada, também chamada de “quatriéme crosé”.

• 5ª posição (cinquiéme ou 5nd position)

Um pé está totalmente colocado à frente do outro, sendo a posição mais fechada, mas não se deve deixar apoiar o calcanhar nos dedos do outro pé.

Como distribuir corretamente o peso do nosso corpo em nossos pés


Em todas as posições quando o pé de um bailarino toca o chão, deve-se suportar o peso do seu corpo na forma de um triângulo: um ponto no dedo grande, um ponto no dedo mínimo e o outro no calcanhar, mantendo os dedos sempre alongados mesmo quando estiverem em meia ponta.


Posição dos pés em apoio:

• Pied plat ou pied a terre: pés no chão
• Pied sur le demi pointe: pés na meia ponta
• Pied sur le pointe: pés na ponta


ps: existem outras posições que antecedem a passagem até o demi pointe e o sur le pointe, mas é comum citarmos em aula o termo direto ao movimento e explicar como ele deve ser feito durante o exercício.


Obs: As posições dos pés são as mesmas em todos os métodos de ballet existentes e foram criadas por Pierre Beauchamp, no final do século XVII.




O Quebra Nozes



Clássico Repertório


No começo de 1891, o lendário compositor Pyotir Ilyich Tchaikovsky recebeu a tarefa do Diretório Imperial de Teatro de São Petersburgo para compor uma ópera de um ato acoplado com um ballet para uma apresentação durante a temporada. Aceitando a opinião de Tchaikovsky que deixar de lado a ópera, o Diretório escolheu a adaptação do francês Alexandre Dumas para a história de E.T.A. Hoffman 'O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos' para adaptar ao ballet.

Tchaikovsky não ficou satisfeito com o tema proposto porque ele achou que o texto não daria para uma apresentação teatral e não o cenário da história não se encaixaria muito bem num ballet. Tanto a ópera quanto o ballet foram apresentados em 18 de Dezembro de 1892. O ballet, conduzido por RIccardo Drigo, não foi muito bem recebido. Historiadores da dança atribuíram isso à história do 'Quebra-Nozes' que era diferente das histórias românticas geralmente apresentadas.

A coreografia de 'O Quebra-Nozes' começou com o redundante Marius Petipa. O balanço do trabalho foi feito por seu assistente Leon Ivanov, quando Petipa ficou doente. De acordo com fatos históricos, quando o ballet foi finalmente produzido, Petipa recusou de ter seu nome ligado ao ballet, sentindo que sua participação na coreografia foi insuficiente para que seu nome fosse publicamente anunciado. Os historiadores, entretanto, reconheceram sua contribuição, e a coreografia original é geralmente creditada à ambos coreógrafos.

Foi primeiro apresentado pelo 'Western Europe' do Sadler's Wells Ballet no Sadler's Wells Theatre, em Londres, 30 de Janeiro de 34. A produção foi posta no palco por Nicholas Sergeyev depois da versão origina de Petipa e Ivanov. O primeiro 'Quebra-Nozes' completo americano foi feito pelo 'San Francisco Ballet 'em 1944 com a coreografia de William Christensen.

Mesmo em constante mudança depois de mais de 50 anos de história, um dos mais marcantes 'Quebra-Nozes' foi realizado em 1954 no New York City Ballet, com coreografia de George Balanchine.Este Ballet foi apresentado por Rudolf Nureyev, Royal Swedish Ballet (1967) e England's Royal Ballet (1968) e Mikhail Baryshnikov, American Ballet Theatre (1976). Com tantas produções deste ballet, ele se tornou um dos mais lembrados no repertório clássico de natal. no teatro, no balé ou no gelo.

A história se passa na Europa Oriental, durante o século XIX. Um médico e prefeito da cidade, Jans Stahlbaum se maravilha ao realizar um Natal para sua família e amigos. Seus dois filos, Clara e Fritz, esperam ansiosos por seus convidados. A neve traz uma atmosfera festiva enquanto os convidados chegam. Atrasado, como sempre, chega Herr Drosselmeyer, padrinho de Clara, que chega com grande festa. Ele enterte todos os espectadores com seus bonecos dançantes.

Todas as crianças recebem presentes. Com um pouco de inveja, Clara pergunta a Drosselmeyer por seu presente. Ele brinca com ela e depois a oferece um presente bem diferente, um quebra-nozes. Encantada, Clara logo se fascina pelo brinquedo. Seu irmão rouba seu presente e o quebra, deixando Clara desapontada. Drosselmeyer conserta o pobre quebra-nozes, mas Clara ainda está desapontada. Mas o padrinho promete que tudo ficará bem.

A noite chega e os convidados começam a deixar a casa. Clara vai para a cama, mas ela acorda de repente no meio da noite e vê que seu querido Quebra-Nozes tomar vida. Ó não! Surgem ratos malvados de todos os lados! Eles estão sendo comandados pelo Rei dos Ratos, que corajosamente é derrotado pelo querba-nozes. De lá eles são transportados para uma terra de magia, numa embarcação especial. Lá o Quebra-Nozes se transforma num encantador Príncipe.

Eles atravessam uma terra encantada onde encontram os dançantes flocos de neve. Avisada pelos anjinhos, a Fada Açucarada fica sabendo que o príncipe e sua acompanhante chegam, e assim convoca todo o povo de seu Reino dos Doces. Ao chegar, o príncipe conta suas aventuras como quebra-nozes, e em seguida os dois são deliciados com as mais gostosas guloseimas, com todos os personagens do reino dos doces dançando para eles.

Ao final, Clara acorda e percebe que tudo foi um sonho. E que sonho maravilhoso!!!! :-)

Gisele





Clássico Repertório


Ballet romântico em dois atos
Libreto: Vernoy de Saint-Georges,Théophile Gautier e jean Coralli
Coreografia: Jules Perrot e Jean Coralli
Cenário: Pierre Ciceri
Música: Adolphe Adam
Figurinos: Paul Lormier

Estréia mundial em 28 de julho de 1841 no Théâtre de L'Academie Royale de Musique, em Paris.
Carlota Grisi interpretou Gisele; Lucien Petipa, o Conde Albrecht; Adèle Dumilâtre, Myrtha a Rainha das Willis; Jean Corali, Hilarion.

Libreto:

Gisele é uma jovem camponesa que vive nos campos da alsácia, frança. a moça se apaixona pelo Conde Albrecht,acreditando ser ele um lenhador chamado Loys. Albrecht, por sua vez, também encanrado com a bela Gisele, mantém a farsa e esconde sua verdadeira identidade e seu noivado com a princesa Bathilde.
Hilarion, um amigo de infância pretendente ao amor de Gisele,tenta desmascara Albrecht, mas a moça prefere acreditar no amor e na sinceridade do falso Loys, sem se convencer das suspeitas de hilarion, nem escutar os apelos de sua mãe Bertha.
A chegada de uma grande comitiva de caçadores, chefiada pelo duque dde Courland e sua filha Bathilde, noiva de Albrecht, permite ao apaixonado Hilarion finalmente provar que estava certo. O camponês encontra, numa cabana abandonada, uma espada com o brasão de nobreza de Albrecht e a apresenta a Gisele. A jovem , que acaba de ser coroada a Rainha da Vindima de sua aldeia, ainda reluta em aceitar a realidade do fato, mas Bathilde dá o golpe misericordia, confirmando a Gisele seu noivado com Albrecht. O choque é tanto que Gisele vai a loucura e a morte.
No inicio do 2º ato, Hilarion está de vigilia na tumba de Gisele,quando soa a meia noite. Esta é a hora que as Willis se materializam. são allmas de jovens que foram enganadas por seus noivos, no amor, e morreram antes do casamento. Elas se vimgam fazendo dançar até a morte os homens que encontram na floresta. Myrtha a Rainha das willis, aparece e chama o seu séquito para iniciar Gisele em seus ritos. Hilarion é perseguido por seu exécito de almas brancas, até a morte. Quando Albrecht aparece, carregando lirios para o túmulo, Gisele surge para ele. As Willis a encontrando outro mortal , voltam-se para o Conde, Myrtha o condena a dançar até a morte. Gisele, no entanto consegue poupar a vida de seu amado com a proteção da cruz de seu túmulo, amparando-o na dança até a aurora, hora em que o poder de materialização das Willis desaparece.
By L.B

Variação Feminina: Aurora (2º do aniversário)

  • Ballet de Repertório: The Sleeping Beauty ( A Bela Adormecida )
  • Variação Feminina: Aurora (2º do aniversário)


VARIAÇÃO: AURORA (ANIVERSÁRIO)

Entrada: Andando como vendo os convidados, ir ao trono dos pais e cumprimentar, andando colocar-se e dar quatro passos para trás e pose.

Glissade pique arabesque, 4éme, glissade pique attitude croisé (b: 5ª),4éme – 4lados- no último fazer até o arabesque para diagonal, subindo piqué passe e correr para diagonal fazendo glissade sur les pointe.( b: em ofering e com sobre o peito e a outra na 2º baixa, dar segmento mantendo o braço; só mudar no 5º movimento para 3ª b trocando.

Sautés fazendo rond de jambe em dehors pique emboité atrás- 7x e na 8º vez fazer pique attitude atrás com mais 5 ronds e na 6º fazer pitinneé e pose effacé devant.

Emboités par terre devant 5 tempos, preparação para 4º pirouette e en dehors e pose – 2x e na 3º vez passe pose e fazer ao lado com pas de bourreé courru na preparação da pirouette desvirar.

Pas de bourreé courru em 6º developpé em avant sem descer da ponta, para attitude croisé atrás (b: 3ª ceccheti), volta em courru para esquerda, segue em frente e gira detounnée , volta para direita em courru bis esquerda bis do developpé caminha para direita pique attitude croisé e prepara em diagonale para grand jeté en tournant par terre em manegé (15), segue com 2 deboules tira passe 4éme. Pose.

terça-feira, 7 de julho de 2009

5ª Variação de Paquita (1ª bailarina)


• Ballet de Repertório: Paquita
• Variação Feminina: 5º variação

 Bailado pantomima em 2 atos e 3cenas. 
 Libreto de Paul foucher e Mazilier.
 Música: Deldevez
 Cenário: Philastre, Cambon, Diéterle, Sichan e Desplênchin.
 Coreografia: Mazilier (original)

  Estréia mundial no Theatre de L’academie Royale de Munique, em Paris, em 1º de abril de 1840.


 Versão p/ aula:
Música de Ludwig Minkus, coreografia de Natalia Makarova segundo Marius Petipa; bailarinos Cinthia Gregory e Fernando Bujones.



Variação de Paquita


Introdução: entrar andando no 1º arpejo, (b: 2ª) e no 2º arpejo fazer glissade na ponta e passe (b: cintura) e port de bras com o braço esquerdo subindo; tirar coupé atrpas e fazer developpé en avant no found e pique 1º arabesque. Correr para o centro fazendo port de bras com o braço direito e pose: degagé atrás effacé ( b:4ª de cecchetti) de costa. Sus- sous ( b:em v).
1- entrechat cinq ( b:em cima), pas-de-basque en avant ( b: 2ª port de bras de cecchetti en dedeans) terminando com piqué attitude atrás ( b: em v), pitinnée ( b: subindo em v ), degagé 2nd s/ descer da ponta, coupé atrás found ( perna direita) e um passe ( perna esquerda b: 4ª cecchetti com braço direito em cima) e com a perna direita fazer 4 ronds de jambe en dedans sautés ( b: direito na 1ª e esquerda atrás alongée ) glissade sur les pointe sem descer ( b:3ª de cecchetti alongée com b: direito e cima) e andadas em torno de si até centro e pose inicial. Bis com 5 ronds de jambe en dedans fondu frente relevé ecarté frente, foundu, três passos para frente e pose: ddegagé atrás efacée ( b: ao lado esquerdo da cintura).
2- Glissade piqué ao lado fazendo attitude atrás cróise ( b: direito na cintura e esquerdo em ofering), glissade de costas e pirouette en dedans attitude atrás( b: em cima) emendando talloné en tournant com grand rond de jambe en l’air en dehors( b: de 1ª para 3ª arabesque de vaganova) e emenda pirouette en dehors e tombé frente ( com a perna do passé) e ( b: esquerdo na cintura e direito ofering) bis com sautenu en tournant en dehors e pose 5ª sem descer ( b: esquerdo na cintura e direito em cima), ainda sem descer tirar arabesque ( b: subindo) e correr fazendo port de bras e pose em 5ª .
3- Diagonale fazendo developpés a 45º , sem descer da ponta e alternando as pernas ( 1º effacé) fazendo port de bras, também alternando os braços e avançando ( 13x) e pose.
4- Subindo a diagonale: glissade piouette en dedans ( b: em cima) e um sissone 1º arabesque ( 3x) na 3ª vez após a pirouette dessus ( perna direita) sus-sous ( b: direito na cintura e esquerdo em cima), deboulés e pose; effacé atrás ( b: 4ª de cecchetti ) desvirar fazendo pas de bourrée courru em 6ª ( b: na 2ª ) pas de basque en avant e piqué attitude atrás ( b: direito na cintura e esquerdo em cima)
   
  By Luiza Bandeira 
   

   

domingo, 1 de março de 2009

The Sleeping Beauty ( A Bela Adormecida )

  

Clássico Repertório


• Ballet de Repertório: The Sleeping Beauty ( A Bela Adormecida )
• Variação Feminina: Aurora (2º do aniversário)
 
Ballet em três atos, cinco cenas e prólogo.
Libreto: Marius Petipa e Ivan Vseveolojsky, basedo em conto de Charles Perrault.
Coreografia: Marius Petipa
Cenário: Levot, Botcharov, Anereiev, Ivanov e Shinshkov, sob a supervisão de Ivan Vsevolojsky.
Música: Peter Ilych Tchaikovsky.
Figurinos: Ivan Vsevolojsky.

Estréia mundial 15 de janeiro 1890 no Teatro Masrynsky de São Petesburgo, Rússia, Carlota Brianza interpretou a princesa Aurora; Paul Gerdt, o Príncipe; Marie Petipa a fada lilás; Enrico Cecchetti, Carabosse; Varvara Nikitina, Princesa Encantada ou Princesa florine; Enrico Cechetti, O Pássaro Azul.
   

Libreto:

Num reino de sonhos, riqueza e pessoas felizes é dia de festa. Trata-se do batizado da Princesa Aurora, para o qual foram convidadas seis fadas como madrinhas da criança. Elas chegam aos poucos sempre acompanhadas de pagens que oferecem os presentes, dançam e abençoam Aurora com felicidade, fertilidade, fortuna, saúde e amor. São as fadas Lilás, do Canário, dos Pinheiros da floresta, Beija-flor, Flor de Cerejeira e Flor do Cravo.  
  Durante a festa, um barulho de trovão, assustador, anuncia a chegada de Carabosse, a Fada do Mal, que havia sido convidada. Em vão o Rei e a Rainha tentam pedir desculpas pela falha, enquanto verificam a lista de convidados, querendo mostrar a Carabosse que o erro foi de seus empregados, responsáveis pelo cerimonial. A Fada cada vez mais irada aproxima-se do berço da princesa Aurora e anunciam a todos os presentes que, mesmo não tendo sido convidada ela está ali para oferecer o seu presente: um fuso. A seguir, arremeta o seu feitiço comunicando que a princesinha cresceria bela e saudável, mas que um dia espetaria o dedo num fuso semelhante e morreria.
  A Fada Lilás, principal protetora de Aurora, acalmou a todos, dizendo que tinha poderes para dar mais um presente à princesa. Conseguiria assim minimizar a profecia de Carabosse. Aurora não morreria ao espetar o dedo. Dormiria um sono profundo, de cem anos e despertaria com um beijo de um Príncipe.
  15 anos se passaram com os Reis cercando Aurora de cuidados escondendo os objetos pontiagudos da menina que ignorava a maldição lançada sobre ela.
  Chegou o dia da festa dos 15 anos de Aurora, o dia em que seria apresentada a quatro Príncipes dentre os quais escolheria seu noivo. Aurora dança com os quatro, não se decide e está envolvida com a festa, quando uma das jovens convidadas numa velha dama vestida de preto e entrega um fuso de ouro de presente à Princesa. A moça que nunca vira um objeto pontiagudo fica furiosa e demonstra grande interesse pela novidade, sem perceber o terror que toma conta de seus pais. No meio da brincadeira acaba espetando o fuso no dedo e cai. Carabosse sai exultante da festa, deixando os Reis e a corte desolada.
  Novamente aparece a fada lilás para cumprir a promessa feita no dia do batizado. Ela pára o tempo e faz toda a corte adormecer junto com Aurora cercando o palácio com uma grande floresta.
  Em outro Reino distante mora um Príncipe, Florimundo, um rapaz solitário e deprimido por não ter encontrado o verdadeiro amor. Num sonho, o príncipe tem contato com a Fada Lilás que dentro de um barco em forma de concha promete guia-lo até uma linda jovem adormecida que despertaria com um beijo de amor.
A visão de Aurora, no sonho, dá ao Príncipe forças para enfrentar uma série de armadilhas perigosas preparadas por Carabosse para que o malfadado encantado não sela quebrado. O Príncipe chega ao Palácio e, guiado pela Fada Lilás, encontra Aurora ainda mais linda do que em suas visões. O Príncipe sente que descobriu seu amor verdadeiro e beija a Princesa, fazendo-a reviver através de seu amor.
  O feitiço termina Aurora. O castelo e os jardins voltam a ser os mesmos de cem anos antes. Toda a corte desperta com a sensação de ter dormido por uma noite apenas. Outra grande festa acontece no castelo, para celebrar o casamento de Aurora e Florimundo.
  A Fada Lilás convoca todos os personagens encantados e de sonhos para homenagiar o casal. Num grande divertissement dançam o Gato de Botas com a Gata Branca, o Chapeuzinho Vermelho e o Lobo Mau, Cinderela e o Príncipe, a Bela e a Fera e o Pássaro Azul e a Princesa Encantada Florine.




Regina Sauer por Luiza Bandeira


Regina Saur e Luiza Bandeira
No fundo o cartaz do Espetáculo Telas de Regina Sauer que recebeu o Prêmio
Funarte de Dança Klaus Viana em 2006.


IIV Festival de Danças de Rio das Ostras

Para realização do evento a fundação Rio das Ostras de cultura, conta com a renomada bailarina e coreógrafa Regina Sauer, que é diretora da Cia Nós da Dança que já está em atividade desde 1981, completando 25 anos de sucesso com grandes espetáculos pelos palcos do Brasil e do Exterior.
 Com um currículo extenso fizemos um simples resumo de onde essa figura tão importante começou a dar seus primeiros passos na dança. Suas aulas de jazz iniciaram-se na academia da tia, Enide Sauer e daí continuou a ter aulas de ballet clássico com D. Eugênia Feodorava e Eliana Karen, ainda no jazz fez aulas com Lennie Dale, Vilma Vermont e outros, no exterior morou em New York e aperfeiçoou seus estudos em dança moderna nas escolas do Alvin Ailey e Martha Graham e por lá se manteve por um longo tempo.
Já no Brasil remontou BOLERO de Maurice Bèjart (1960) com música de Ravel e também a obra de Alvin Ailey REVELATIONS (1960).
Regina Sauer é uma das raras coreógrafas que possuem o conhecimento e a capacidade para remontar espetáculos de nomes tão importantes na história da dança.
Para o Festival Regina trás grandes intérpretes da dança no Brasil e no mundo, para o 1º dia vamos contar a presença do casal de 1º bailarinos da Ópera de Berlin Viara Natcheva e Wieslaw Dudek dançado Cisne Negro e mais um repertório que vamos deixar de surpresa pra quem realmente for assistir. No 2º dia o de Amina de Richard Cragun e Roberto Oliveira com a apresentação do espetáculo Polaridade, no 3º dia o grupo de Regina Sauer e Fernando Filetto o Nós da Dança com a coreografia Telas, para o 4º dia o Ballet Staggiun com direção de Márcia Gidele e Décio Otero dançando Chico Buarque e para o ultimo e 5º dia o Ballet de Rua do Brasil de Marcelo Sirino.
 
WORKING SHOPING

Ocorrerão durante todos os dias do evento com aulas gratuitas e com os melhores do ramo, com Tatiana Leskova, Roberto Oliveira, Viara Natcheva, Esther Weitzman, Carlos Magno, Marcelo Sirino e outros. As aulas serão de técnica de improvisação, jazz, ballet clássico, dança moderna, dança contemporânea, street dance e outras modalidades.

ARTIGOS PARA A DANÇA E PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

Além de todas essas novidades o Festival trás um espaço reservado para alimentação e stand com artigos para dança e coisas típicas da Cidade de Rio das Ostras.

SELEÇÃO

Os candidatos a participarem do Festival só poderão ser inscritos após a aprovação da fita de vídeo, sem este fica impossível à participação no evento, o método foi adotado para que o Festival tenha um bom nível cultural na dança. Após a aprovação a inscrição é gratuita.

O festival é uma realização da Fundação Rio das Ostras de Cultura, maiores informações pelo site: WWW.CULTURARIODASOSTRAS.COM.BR

CIA DE DANÇA LUIZA BANDEIRA, SEMPRE TRAZENDO O MELHOR DA DANÇA EM INFORMAÇÕES PARA NOSSA CIDADE.
RUA ALFREDO MENEZES, 200 AO LADO DO COLÉGIO WASHINGTON LUIS, TEL: 2031-0364.

Bretha Rosanova por Luiza Bandeira



Bretha Rosanova- Nossa Primeira Odette -Odile


Bertha Rosanova estréia com 12 anos no Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1943, e aos 13 anos precisou de autorização especial do juizado de menores para ser contratada pelo Theatro Municipal como bailarina profissional.
Bertha Rosanova é uma das bailarinas mais importantes da nossa história e uma das mais premiadas dos anos 50.Em seu Studio podemos ver fotos e troféus conquistados ao longo de sua carreira,entre muitos prêmios destacam-se medalhas de ouro de melhor bailarina em 1948,1951 e 1959, o troféu Nijinsky(1960),diploma de melhor bailarina da televisão e medalha de ouro (Premio Jaguaré), um busto oferecido pela TV-Tupi(1959),troféu “O Velho Capitão” do programa Aerton Perlingeiro(1972), Premio Pedro Ernesto,outorgado de “Orgulho Carioca” da Prefeitura do Rio(2000).Além disso Bertha recebeu homenagens especiais do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro promovido por Dalal Achar em 1981 e também do Ballet Helfany Peçanha e Jania Batista na reabertura do Theatro Municipal de Niterói em 1985.Em Teresópolis foi nomeada chefe do setor da dança da Secretária Municipal de Cultura em 1993. Recebeu ainda homenagem num grande gala ,no Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Poucas foram as vezes que Rosanova viajou para o exterior,Uruguai, Argentina, Estados Unidos, Finlândia, Israel.Seu mais longo período fora do Brasil,foi na década de 1950 que durou dezoito meses trabalhando ao lado de José Torres e Mariane Ivanova, tendo dançado com David Dupré na França,Suíça, Marrocos e Argélia.
  Em o Lago do Cisne, um dos balés mais importantes da historia da dança Bertha foi escolhida para interpretar o duplo papel de Odette-Odile,o cisne branco e cisne negro, Aldo Lotufo que foi nomeado em 1956 a primeiro bailarino do theatro Municipal era o se patner.
Ao longo de sua carreira Bertha apresentou grandes balés,como,Tay-Hoa em Papoula Vermelha, em 1947(Ballet da juventude),Ópera La Traviata,(1951),Gisele(cena de loucura)na década de 50,Capricho Espanhol,de Leonide Massine com Edmundo Carijó,La Baydére com Aldo Lotufo,O Galo de Ouro com Paulo Fontes em 1973, Romeu e Julieta em 1973, Lês Sílfides e tantos outros, entre os bailarinos e coreógarfos estiveram presentes em sua carreira, Tatiana Leskova, Maria Olenewa, Luisa Carbonel, Vaslav Velchek, Eugenia Feodorova,Tâmara Capeller,Vilma Lemos,Wilson Morelli, David Dupré ,Dennis Gray,Aldo Lotufo,André Eglvsky, Alicia Makarova,Violeta Elvin entre outros.
Bertha é uma das bailarinas com o curriculum mais bem qualificado de nossa hitória,rica de infomações e talento Bertha ainda ministra aulas em seu Studio ao lado da sua filha a bailarina Ava Rosenblat.seu Studio já exite a 48 anos formando jovens bailarinas e bailarinos,seu Studio fica localizado na Rua das laranjeiras 107 casa 09,Rio de Janeiro./telefones:(21)2558-0913/ 2558-8704/2526-1486.
   

Emilio Martins por Luiza Bandeira


Emilio Martins uma vida para a dança...



EMILIO MARTINS começou seus estudos de ballet relativamente tarde, aos dezessetes anos, na Escola Oficial de danças Clássicas do Teatro São Pedro no Rio Grande do Sul, após ter assistido um bailarino da Ópera de Paris dançando em Porto Alegre L’Aprés Midi d’un Faune, com coreografia de Nijinsky,após um tempo de estudo, transferiu-se para o Rio de Janeiro e na mesma hora foi feito um convite por Tatiana Leskova para fazer parte do Corpo de Baile do Teatro municipal onde ficou por 50 anos. Durante os seus estudos, diplomou-se pela Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal com a nota mais alta dentre todos os alunos, sendo o primeiro rapaz a receber um diploma da referida Escola. No Corpo de Baile do Theatro Municipal teve a oportunidade de trabalhar com todos os mestres que aprimoraram a técnica clássica da companhia, tais como, Maryla Gremo, Vaslav Veltchek, Consuelo Rios, Eugenia Feodorova, Yurek Shabelevsky, Leonide Massine, Harald Lander, William Dollar, Ivone Patterson, Ygor Schwezoff, George Skibine, Hector Zaraspe, Jorge Garcia, Arthur Ferreira, Yurek Lazovsky, Eric Valdo, Tatiana Leskova, Johnny Franklin, entre outros. Convidado por Alexander Grant, tutor do ballet "La Fille Mal Gardée" de Sir Frederick Ashton, para ser o coreólogo remontador deste ballet. Emilio Martins já exerceu esta sua nova função com o Ballet Estable del Teatro Colón, Buenos Aires, Argentina; no The New Zealand Royal Ballet em Wellington, Nova Zelândia; no Ballet del Teatro dell'Opera di Roma, na Itália ( por 2 vezes) e novamente para o Ballet Estable del Teatro Colón em 1999. No ano 2000 esteve remontando junto ao Hong Kong Ballet, em Hong Kong, em novembro de 2001 foi para Moscou remontar a obra para o Ballet Bolshoi, onde o sucesso foi além da expectativa. Convidado para ministrar de Ballet Clássico Avançado.
  Fora do Brasil foi o 1º Bailarino no Ballet Municipal de Santiago, tendo ganhado durante dois anos seguidos o Prêmio de melhor bailarino do ano, dançando Don jose em Carmen , O Príncipe do Quebra Nozes e Franz em Copélia.
 Ao lado de Cristina Martineli, no ballet Les Sylphides receberam o titulo de primeiros bailarinos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
  Emilio Martins é considerado o papa da dança no Brasil e no mundo de Artista do Corpo de Baile passou a Corifeu, Solista, Primeiro Bailarino, Professor da Companhia; não só ditando aulas para o Corpo de Baile e Solistas, mas como "master-classes" para Primeiros Bailarinos como Ana Botafogo, Jorge Siqueira, Nora Esteves, Cristina Martinelli, Francisco Timbó, entre outros; Ensaiador e Remontador do repertório da companhia,foi Assistente de Direção do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, nomeado por Guilherme Figueiredo, então Presidente da Fundação de Artes do Rio de Janeiro – FUNARJ, Emilio por suas próprias palavras se julga um homem de muita sorte e não podemos dizer que não é, raramente um bailarino ao longo de sua carreira consegue adquirir tantos títulos prêmios, homenagens e outros.
Falar desse mestre da dança é praticamente impossível, pois iríamos usar no mínimo 10 anos de jornal, a mostra disso são 339 páginas na Internet que fala só sobre ele.
  Com carinho aos amantes da dança, mais um motivo para dançar Ballet.
  Luiza Bandeira
 

Marcia haydée por Luiza Bandeira


Marcia haydée


Nascida em Niterói , no dia 18 de abril de 1937, Márcia haydée uma apaixonada pela dança desde muito pequena,não cultivava muitos amiguinhos e nunca foi muito de brincar de bonecas,seu único interesse era o balé e os espetáculos.
  A paixão pela dança começou cedo e aos três anos de idade já ensaiava seus primeiros passos.No Brasil teve formação com Yuco Lindberg e Vaslav Vetchek. Após haver estudado na Royal School de Londres ,a bailarina permanece por quatro anos na grande companhia do Marquês de Cuevas . Em 1961 ,John Cranko ,recentemente nomeado diretor do Ballet de Stuttgart, contrata Márcia como 1º solista .Cranko inspirou-se nela para coreografar grandes obras como Romeu e Julieta, Oneguin ou A Megera domada.A partir daí muitos outros coreógrafos criaram somente pra ela obras que figuram atualmente no repertório de um grande numero de companhias.
  Dedicado a Matrcia Haydée ,John Neumeier fez um filme “Dama das Camélias” onde Márcia desempenhou o papel principal.
  Recebeu numerosas homenagens , como a da Universidade de Stuttgart que lhe conferiu o título de Doutor “Honoris Causa” e do Presidente do Conselho de Ministros do Bade.Wurtemberg, que a nomeou Professora. Em 1976 ela reassumiu a direção do Ballet de Stuttgart, na sua gestão Stuttgart tornou-se uma das companhias mais conhecidas e inspiradoras do mundo. Uma nascente de de grandes talentos,coreógrafos que revolucionaram o mundo da dança.
  Márcia Haydée foi convidada por quase todas as grandes companhias do mundo.Entre seus Partners os mais importantes bailarinos do mundo, entre eles Mikhail Barysnikov,Rudolf Nureyev,Paolo Bertoluzzi, Anthony Dowel , Jorge Donn e Richard Cragum com quem foi casada por 16 anos.
  Com o ballet de Stuttgart foi convidada a se apresentar em todos os principais centros de dança, de New York A Moscou ,de Londres a Paris sem se esquecer do Brasil sua pátria.
  Ao contrário do que muitos dizem Marcia Haydée é um exemplo de força de vontade,determinada Márcia nunca desistiu por maior que fossem as dificuldades,sua maior característica é a fé Márcia diz que: “Que a maioria pensa que o corpo é frágil , na verdade ,ele é um instrumento de execução do cérebro. Numa inversão absurda de valores, o ser humano tende a se deixar dominar por um simples enjôo. Habituado a exigir do corpo todo o seu potencial, sofrendo constantes injurias no treino diário, bailarino desconsidera a dor.
  A questão se resume no poder mental, na fé ,na força de vontade .O que você quer ,você faz.A mente não é frágil, e o corpo só é quando o individuo permite.” 



Como fazer um lindo Coque!






O cabelo bem preso é essencial para o bom desenvolvimento dos exercícios durante aulas e ensaios. A bailarina deve estar concentrada na dança, nos exercícios, no seu corpo, e não preocupada em arrumar o cabelo ou tirar a franja do olho. Para isso, precisamos de elático de cabelo, grampos, uma redinha e gel, no caso das apresentações. 

 Faça um rabo de cavalo bem puxado. Ele pode ser: baixo (três dedos acima da nuca); médio (na reta da orelha); alto (três dedos acima da reta da orelha). 

Se você tem cabelo muito cheio, divida o rabo em dois. 

 Torça as duas partes do cabelo ou o cabelo todo, e vá enrolando o cabelo torcido em volta da liga do rabo de cavalo. Depois de enrolar a primeira parte de cabelo torcido, prenda-a com grampos e enrole a segunda por fora da primeira, de modo que o coque fique "espalhado" na cabeça. 

Coloque a redinha e prenda-a com grampos nos cantos do coque, e não no meio dele, para que os grampos não apareçam. 

Prenda a franja com um tic-tac (prendedor de cabelo) ou uma faixa. 

Em dias de apresentações, faça o rabo de cavalo com gel, para que o cabelo não solte "pedacinhos" ou arrepie os fios. 

Para que o coque fique mais firme, caso seu cabelo seja comprido, você pode fazer tranças ao invés de enrolar as partes do cabelo. 



Dicas de Maquiagem


Maquiagem no palco...

A distância entre a platéia e o palco geralmente prejudica a visão de nossas expressões faciais. Numa apresentação de dança, a expressão é importantíssima, como forma de transmitir qualquer sentimento ao expectador. A maquiagem de palco existe para isso e também para outros casos, quando pode chegar até a fazer parte do figurino.

É importante, além de aprender, utilizar material de qualidade. A intenção da maquiagem de palco é abrir os olhos e realçar a expressão. Por isso, para cada tipo de olho (puxado, amendoado, redondo, caído) existe uma maquiagem ideal. Procure saber a forma mais adequada de fazer a sua maquiagem. E lembre-se que a prática irá aperfeiçoar sua maquiagem! 

1. Espalhe pancake ou base (do tom da sua pele) por todo o rosto. Cuidado para o pescoço e o colo não ficarem com a cor diferente. 
2. Contorne os olhos pelo lado de fora da pálpebra com um lápis ou delineador preto. O traço de cima nunca se encontra com o de baixo, e nos cantos de fora dos olhos alongue os dois traços paralelamente. 
3.Passe a sombra colorida logo acima da pálpebra, passando o pincel de dentro para fora (no sentido do nariz para as orelhas). O colorido da sombra não deve ficar apenas acima dos olhos, mas deve alongar-se um pouquinho para os cantos de fora. (Ver desenho) 
4. Entre as sombrancelhas e a sombra colorida, passe uma camada de sombra branca, espalhando no mesmo sentido. 
5. Todas as formas de se alongar os cílios são válidas (curvex, cílios postiços, etc.) O rímel é obrigatório! 
6. O blush deve ser passado na diagonal boca-alto da orelha. Para isso, faça bico com a boca como quem vai dar um beijo, e onde a bochecha ficar funda passe o blush. Sempre de dentro para fora. 
7. Se a sua sombrancelha for muito rala ou curta, aumente-a com um lápis preto ou marrom. Lembre-se que a sombrancelha no palco deve ser realmente longa, estendendo-se além dos olhos. Nunca alongue a sombrancelha para baixo, pois você fica com cara de choro! 
8. O batom também é imprescindível. Tons escuros como marrom, vinho ou roxo podem deixar a boca preta no palco, quando a luz azul é refletida. 
9. Um traço de lápis branco na parte de dentro da pálpebra inferior valoriza e abre o olhar. 

Uma maquiagem básica para o palco é esta mostrada abaixo, com ela não há perigo de errar. Claro que dependendo do gosto e experiência de cada um ela pode ser aperfeiçoada.

Truques de maquiagem...

Para que a sua maquiagem dure muito mais tempo e fique sempre perfeita, siga as seguintes dicas: 

- Antes de iniciar a maquiagem, você deve limpar, tonificar e hidratar a pele;
- Uma boa opção para aumentar a durabilidade da sua maquiagem é passar soro fisiológico sobre a pele;
- Para quem tem pele oleosa, o ideal é utilizar produtos oil-free (sem óleo) e não comedogênicos (não obstrui os poros);
- Para aquelas pessoas que possuem a pele seca, é importante utilizar produtos que tenham ação hidratante;
- Se você deseja disfarçar as olheiras, aplique o corretivo um tom mais claro que o de sua pele;
- Uma base mais clara que a sua pele, aplicada no centro do nariz, fará com que ele pareça mais longo e afinado;
- Para suavizar o queixo duplo aplique uma base mais escura.
- Caso deseje suavizar olhos profundos, remova os pêlos da porção inferior das sobrancelhas.
- Ao aplicar o rímel, direcione o bastão para cima e para os lados.
- Se os seus olhos são muito juntos, comece a depilar as sobrancelhas na altura do canal lacrimal, para que eles pareçam afastados.
- Se os seus lábios são muito finos, desenhe uma linha ao redor deles com um lápis específico para essa região. Preencha este espaço com batom.
- Para que o seu batom dure mais tempo na boca, aplique-o uma vez e retire o excesso com um lenço de papel. Repita este mesmo procedimento e perceba a melhor fixação do batom.



sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Matéria (Mikhail Baryshnikov)


Fred Bandeira, Luiza Bandeira e MIKHAIL BARYSHNIKOV na frente do Hotel Bourbon após a apresentação do " Hell's Kicthen Dance" de Mikhail Baryshnikov


MIKHAIL BARYSHNIKOV por Luiza Bandeira

Nascido em latvian em 1948, o bailarino-ator Mikhail Baryshnikov começou sua carreira de bailarino relativamente tarde,por volta dos 15 anos.Mas em apenas alguns anos,virou solista do Ballet Kirov de Leningrado em meados de 1969. Durante a tounée no Canadá do Kirov, ele fugiu, reaparecendo após alguns dias nos Estados Unidos solicitando asilio político . Baryshnikov inicialmente se juntou ao A.B.T. (American Ballet Theater) como principal bailarino(1974-1978),após mudou-se para o George Balanchine’s New York City Ballet(1978-1979). Na Cia de Balanchine, interpretou obras como: O Filho Prodígio, Night Shadow, O Soldado e a Bailarina, Tchaikovski Pas-de-Deux e outras . Em 1980 assumiu a direção do A.B.T. onde ficou por 10 anos.
Em sua estadia no A.B.T. dançou com grandes bailarinas, entre elas a maravilhosa Natalia Makarova, Gelsey Kirkland com quem firmou parceria logo quando chegou aos Estados Unidos, Márcia Haydée onde atuaram no espetáculo Hamelet que foi encomendado pelo próprio A.B.T. ,com música de Aaron Copland com uma coreografia criada especialmente para Baryshnikov participando também de Hamelet estavam Rudolf Nuryev ,Eric Bruhn Natalia Makarova e Gelsey Kirkland.
No cinema, foi em 1977 que, Baryshnikov estrelou em seu primeiro filme “The Turning Point”,co-estrelando com Shirley Maclaine e Anne Bancroft (ambas ex-bailarinas).O filme foi um sucesso do inicio ao fim, e o imigrante soviético recebeu indicação para o Oscar por sua magnífica atuação e sem dúvida pelo seu incomparável talento para dança . Baryshnikov se entrosou com o cenário de Hollywood facilmente, e teve um romance com a lindíssima Jessica Lange, de quem teve uma filha.
Em 1985, retornou em outra sólida performance no filme “White Knights” o qual conta a história de uma estrela do ballet que foi raptado e levado de volta à União Soviética.
Nos últimos anos misha (jeito com o qual é chamado pelos amigos) tem feito produções caseiras,uma de suas ultimas aparições foi no seriado “Sex in the city” onde contracenou com a atriz Sarah ......Paker.
Apesar dos problemas nas articulações Misha continua a trabalhar e é lembrado como um americano pelo seu estilo de vida.
Baryshnikov é pai de três crianças com sua companheira a bailarina Lisa Rinehart.


MIKHAIL BARYSHNIKOV EM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS

“ NÃO TENTO DANÇAR MELHOR DO QUE NINGUÉM, APENAS TENTO DANÇAR MELHOR DO QUE EU MESMO”
........MISHA