domingo, 2 de setembro de 2012

KITRI - D.QUIXOTE - 3º ATO

Variação de Kitri- Casamento



Entrada: corre 5ª pos. sur le pointe ( b: na cintura e leque na dir.), tirar arabesque effacé, correr, parar e ir para diagonal subindo o palco de costas, pose leque em cima e outro b: na cintura, coupé no chão atrás.

Piqué arabesque, glissade saut d'ange ( b: em 3º arabesque de cecchetti) relevé developpé 2ª (b: que sobe o mesmo do developpé), 2 relevés passés,para trás e para frente( b: o do leque se abanando e o outro na cintura).tudo do outro lado. No arabesque o b: do leque em cima e o outro na cintura e o developpé com o b: contrário do developpé. Na 3ª vez idem a 1ª só que o arabesque é o 2º e não o 1º . Piqué passé ( b: na cintura) couru em 6ª pos. (b: o do leque alongé atrás e o outro na cintura) fecha 5ª pos.

Quatro echappé na 2ª pos.( b: leque fechando no ombro e o outro na cintura), virar de costas  fazendo piqué seguido de sautés sur le pointes em attitude derrière, falli  grand battement developpé en avant croisé ( b: do leque p/ trás e o outro na cintura) repetir mas 2x na 3ª vez pirouette em attitude e balance p/ o lado e correr para trás indo na diagonal, batendo o leque fechando a mão.

Pas de cheval sur les pointes : 2x com o pé dir. 2x com o pé esq e alternando cada pé 4x. e subindo braços por fora en dedans, 3 x completas, na 3ª vez até 2x com os 2 pés, pas de bourré dessous-dessus, sus sous, deboulés e posé relvé attitude effacé derrière ( b: o do leque em cima e o outro na 1ª c/ leve torção do corpo.

Bons ensaios, bjs tia lu .

sábado, 1 de setembro de 2012

Contato Direto




Querido leitor, agora através do Google+ vc pode está me adicionado e tirando suas dúvidas de dança, compra de material, videos, cds , tudo on line faça sua conta e venha tirar suas dúvidas. bjs tia Lu

Esmeralda - Variação Feminina

1ª Bailarina do TMRJ Cecilia Kerche 

Variação Esmeralda

Entrada: Até  centro pose degagé croisé devant ( b: esticado p/ trás com pandeiro e b: esq. na cintura) 
    Echappé 2ª com virada do corpo; relevé passé derrière, battement developpé ecarté devant ( bater pandeiro no pé racourci e pose em 4ª) - 3x. Na terceira vez sem pose segue com 2 tours piqués en dedans 1 enveloppé e 1 tour fouetté en dehors e pose 4ème ( batendo pandeiro e abrir b: 2ª pos. offering).

Piqué 1º arabesque,pas de bourré couru e batidas de pandeiro no pé de trás ( coupé), no cotovelo e outra vez no pé - 3x . Na terceira vez sem a última batida e batendo o pandeiro no Sus-sours e repete a sequência de pirouettes.

Manegé: chassé na ponta ( descendo c/ cruzado) 2x ; 1 pirouette piqué abrindo arabesque seguido de 1 tour enveloppé (s/descer) 2x e na  terceira vez após os chassés na diagonal, fazer tour relevé en dehors (s/descer) sus sous (batendo o pandeiro) e correr p/ pose croisé devant ( p/ direita ) b: esq. em cima e dir. esticado a frente.

Três battements developpé devant (batendo pandeiro no pé ) effacé e 1 fouetté (ida e volta) fondu coupé devant p/ recomeçar 2x. na terceira vez s/ fouetté c/ 1 battement devant e outro em ecarté derrière segue 1 piqué en avant croisé c/ coupé derrière ( bater o pandeiro) deboulé, piqué c/ grand rond jambe en lair até 2ª pos. ( bater o pandeiro). joelho croisé e cambré ( b: em cima).

Bons ensaios bjs Tia lu 

domingo, 26 de agosto de 2012

Informação



Os cursos on line ainda estão sendo organizados, mas acreditamos que no máximo em 30 dias já estaremos com o site do curso pronto pra ser publicado, caso queiram mas informações sobre disciplinas, custos, conteúdo podem entrar em contato no nosso e-mail: luizabailarina@yahoo.com.br.

Abraços Tia Lu

Variação Feminina Pássaro azul


Variação Feminina de Pássaro Azul - Variation Blue Bird

Bailarina: Sarah Lamb 

The Sleeping Beauty - Tchaikovsky
Royal Opera House



Entra caminhado pelo lado direito do palco, posé degagé devant, com B: em demi-seconde, temps lié B: indo para 5ª posição. Retorna em temps lié para o degagé devant e B: em 3ª pos. alongé . Grand battement écarté devant c/ a perna esq. courru p/ dir. idem com a outra perna o inverso; piqué arabesque fouetté com a perna esq., courru p/ diagonal dir. 2 attitude devant, idem p/ a perna direita. Repete alternando a 1ª sequência do grand battement , seguido de 3 piques arabesques en avant seguido de pas courru en avant, terminando em 5ªpos. 2 échappé change, enveloppé frente, racourci , alonga em arabesque, suivi e repete a sequência mais 2x. B : V . na ultima vez faz coupé derrière 5 vezes, na ultima, segue courru para traz ... soutenu 3 deboulés  para o lado dir. , coupé derrière com a perna dir. repete para o lado esquerdo terminando em posé degagé devant, seguidos de 7 tour piqués no último arabesque e posé no chão. 


maiores dúvidas pelo e-mail: luizabailarina@yahoo.com.br

abraços Tia lu





Sergio Marshall




Entrevistado: Sergio Marshall

                 Sergio Marshall e Luiza Bandeira - Teatro Bolshoi Brasil

LB: Bom, quem é Sergio Marshall, 1º Bailarino do TMRJ, Coordenador Artístico do Ballet A Criação do TMRJ, professor, ensaiador... Com que idade começou a dançar e onde?

SM: Bom dia Luiza. Vale fazer algumas retificações. Embora tenha atuado em quase todos os papeis principais do repertório do TM, não tinha o cargo, pois esta promoção ficou “congelada” durante muitos anos e atualmente já não atuo mais no TM, apesar de ter passado por todos os cargos da hierarquia, desde corpo de baile até Diretor Artístico.
Comecei a dançar em Porto Alegre aos 18 anos com a professora russa Marina Fedossejeva. O interessante na minha formação é que ela foi aluna direta de Agrippina Vaganova, que foi quem desenvolveu a Metodologia Vaganova do ensino do ballet clássico, até hoje uma das metodologias mais respeitadas e eficientes. Além dela, ainda em Porto Alegre, foi muito importante na minha formação a atuação do mestre Walter Arias, bailarino uruguaio, de muita personalidade e ensino técnico impecável, qualidades que agreguei à minha carreira e prezo muito num bailarino.



LB: No Caminho para sua formação profissional, quais Ballets de repertório você dançou e quem  interpretava?

SM: Acho que já dancei todos, rs, e fiz desde vendedor de lenços, meu primeiro papel no corpo de baile do TMRJ, na versão de Don Quixote de Dalal Aschar, até os papéis principais em O Quebra Nozes, Floresta Amazônica, Coppélia, La Sylphide, Grand Pas Classique, Giselle, La Fille Mal Gardée, onde interpretei tanto o papel de Colas quanto o de Alain, pelo qual fui indicado para o prêmio Mambembe, Don Quixote, O Corsário, inclusive com este papel ganhei diversos prêmios na Primeira Edição do Concurso do CBDD, há muitos anos, que foi na verdade o primeiro concurso de dança realizado no Brasil. Vale ressaltar que ao longo da minha carreira dancei em muitas companhias que não eram de repertório clássico, como o Ballet Stagium, Cisne Negro, Balé da Cidade de São Paulo, Ballet do Teatro Castro Alves, onde pude explorar inúmeras possibilidades técnicas e artísticas além das proporcionadas pelo repertório clássico do TM. Com estas companhias tive a oportunidade da dançar por todo o mundo, da América do Sul à Europa, o que me enriqueceu ainda mais enquanto artista.

LB: Fale das dificuldades que teve como bailarino, seus obstáculos e como superou todos eles.

SM: As dificuldades foram muitas, desde a minha origem humilde, a difícil aceitação pela família, e as dificuldades inerentes à formação de um bailarino, como as limitações físicas, a busca de uma formação mais aprimorada pelo fato do meu inicio tardio, pois naquela época eram poucos os bailarinos homens que tinham a oportunidade de se iniciar cedo nos estudos do ballet. E acho que superei isso tudo porque sou extremamente teimoso e insistente, o que não deixa de ser bom para um bailarino, pois sabemos que os obstáculos são muitos e não podemos desistir no primeiro.

LB: Como se tornou 1° bailarino do TMRJ e quais foram os cargos assumidos e dirigidos por você na história do ballet do TMRJ?

SM: Como já disse anteriormente, já passei por todos os cargos do TM. Comecei como corpo de baile, passando por corifeu, solista e primeiro solista, onde atuei como primeiro bailarino em quase todas as produções da companhia, e passei de vendedor de lenços a príncipe em menos de um ano, dividindo o palco com estrelas do ballet como Ana Botafogo, Cecília Kerche, Julio Bocca, Fernando Bujones, Jean Yves Lormeau, Marcia Haydée, Richard Cargun, Elizabeth Platel entre outros. Num segundo momento também exerci os cargos de professor, ensaiador, assistente de direção e finalmente diretor artístico, e foi nesta ocasião que trouxemos pela primeira vez para uma companhia de fora da Europa o ballet A Criação, do coreógrafo Uwe Scholz, que no ano seguinte foi também apresentado em Joinville com enorme sucesso e grande comoção do público.

     Teatro Bolshoi Brasil, Sergio ministrando aulas de ballet clássico e ao fundo o ilustre Pianista Eduardo Boechat.

LB: Quais foram os professores mais importantes, os que mais influenciaram no seu desenvolvimento profissional?

SM: Meus professores em Porto Alegre foram fundamentais, é claro, mas já fora do RS e já atuando como profissional, uma vez que entre meu início como aluno e a conquista de meu primeiro contrato profissional, no Teatro Guaíra, foram apenas 3 anos, tive a oportunidade de trabalhar com grandes mestres como Carlos Trincheiras, Jair Moraes, Hugo De La Valle, Aldo Lotufo, Tatiana Leskova, Eugenia Feodorova, Jane Blauth, Jorge Siqueira, Ismael Guiser, entre tantos outros aqui no Brasil e na Europa, como no Mudra, em Bruxelas/Bélgica, que na época era a escola do Ballet Béjart, que se chamava Ballet du XXIéme Siécle, na École de Danse do Ballet de Zurich/Suiça, e além disso nos EUA, com aulas em NY no Joffrey Ballet School.



LB: O que  acha da dança no Brasil, das escolas, espetáculos, festivais, acha que estamos caminhados para um futuro promissor ou o Brasil ainda está muito atrasado em relação a outros países?

SM: A dança no Brasil evoluiu muito desde que eu comecei. Os bailarinos hoje estão em pé de igualdade com as grandes estrelas mundiais. Os festivais são um meio muito importante de fomento à dança, com a troca de experiências e conhecimento, apenas com um senão: a ênfase demasiada a altura das pernas e o número de piruetas, em detrimento ao verdadeiro sentido da dança, que é a arte, uma vez que a técnica é tão somente um meio para se chegar a um fim mais profundo, a arte.

LB: Cite o nome de alguns bailarinos que você acha que mereciam destaque na dança no Brasil, mas infelizmente ainda ficam escondidos por causa da falta de oportunidade?

SM: Eu acho que os bailarinos que já atingiram um nível artístico mais consistente já estão conseguindo este reconhecimento, apenas aos que são muito jovens e ainda não muito lapidados falta esta visibilidade, que virá, se não aqui no Brasil, onde o mercado é pequeno, nos palcos do mundo inteiro. Lembrando que uma medalha num concurso não é uma garantia, mas apenas um passo para este aprimoramento artístico.

LB: Atualmente  está ministrando cursos, dando aulas, fale um pouco sobre os novos projetos?

SM: Atualmente, junto com a minha esposa, eu abri meu próprio estúdio de dança, na cidade de Teresópolis/RJ e além disso tenho dado aulas como professor convidado em academias e companhias profissionais, como mais recentemente o Ballet de Niterói, a São Paulo Companhia de Dança, a Cia Jovem do Ballet Bolshoi no Brasil, e amanhã mesmo estarei embarcando para minha segunda temporada como professor de Ballet Clássico no Festival de Dança de Joinville.

LB: Deixe uma mensagem especial para nossos leitores

SM: Presumindo que a maioria dos leitores seja de bailarinos e/ou estudantes de dança, o que eu posso aconselhar é que façam muitas, muitas, muitas aulas, enfatizando sempre a limpeza e a correção dos movimentos de base, e que, além disso, também leiam muito, assistam bons filmes, boa música, adquiram cultura geral, que dará maior consistência e peso artístico à sua dança, afinal, as partes mais importantes do corpo de um bailarino ainda são o cérebro e o coração.

 LB: Querido Sergio, meu mt obrigada por esse momento delicioso, c/ essa conversa maravilhosa sempre enriquecendo nosso trabalho e  trazendo novidades para nossos leitores. Fica ai mil beijos e mt luz no teu caminho, ainda temos mt trabalho juntos esse ano se Deus quiser bjs lu 




domingo, 10 de junho de 2012

OS SAPATINHOS VERMELHOS




VERSÃO CRIADA PARA O BALLET




Numa bela tarde de sol, uma mocinha passeava com o namorado numa praça onde se realizava uma feira, quando viu na vitrine de uma loja do outro lado da rua um lindo par de sapatilhas vermelhas. Ela que sempre teve uma vontade enorme de dançar, mas sem ter tido numa oportunidade de aprender, fica encantada com as sapatilhas que estão à venda.
O rapaz, porém, pressentiu alguma coisa estranha que não lhe parecia boa, uma força quase mágica que vinha do tal sapato que exigia a aproximação e atenção do casal. Com tal pressentimento, o jovem tenta fazer com que a namorada se desinteresse das sapatilhas, sem ter, porém um motivo concreto para dissuadi-la da compra, a não ser o alto preço que era pedido.O vendedor da loja, que observava toda a conversa do casal, se aproximava de uma forma um tanto estranha, pois não era amigo ou mesmo conhecido de nenhum dos dois, e oferece de presente à moça o par de sapatilhas vermelhas.Entusiasmada, ela se desfaz dos sapatos velhos, calça os novos e sai dançando lindamente pela feira, em meio às barracas e as pessoas que paravam para admirá-la. Dança com vários rapazes, feliz em perceber a grande dançarina que era. Nenhum dos seus pares conseguia acompanhá-la por muito tempo e ela dançava sem parar, fascinada pelo brilho dos seus sapatos vermelhos. Não tinha percebido que seu namorado há muito havia se perdido dela na confusão da feira e que o vendedor de sapatos, ao contrário, estava sempre por perto, em todos os lugares onde ela exibia a sua dança.Horas depois, exausta, a moça volta ao centro da praça, querendo sentar, descansar um pouco, mas as sapatilhas obrigavam-na a dançar mais e mais como se mandassem no seu corpo. Quando já não agüentava mais, reconheceu na pessoa que sempre estivera ao seu lado, o vendedor que lhe havia dado o presente e sentiu como se ele a acusasse de ser uma ambiciosa, dona de um desejo incontrolável de se tornar bailarina a qualquer preço. Sentia como se ele a culpasse por alguma coisa muito séria que ela mal podia entender, e que a estava castigando, ou melhor, ela mesma estava se castigando por não ter controlado a tentação de ter os sapatos e ser notada por sua dança.Confundindo aquela fantasia, aquele pensamento, com a vida real, a moça desesperada tenta voltar para casa. No meio do caminho encontra um velho que a conduz para uma igreja onde ela descansa e pensa sobre a vida, e se vale a pena trocar sua tranqüilidade por um desejo tão facilmente realizado através da magia, longe da realidade.Ainda confusa entre a verdade e a fantasia, a moça desmaia de cansaço e morre em seguida.Nesse mesmo instante, aquele estranho vendedor recoloca na vitrine o mesmo par de sapatilhas vermelhas à espera de uma próxima vítima.