quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os movimentos e as direções do corpo





Direções a percorrer

As direções a percorrer são aquelas por onde nosso corpo pode se locomover de um lugar para o outro durante a aula ou na hora em que estamos executando uma coreografia.
São elas:

• En avant: para frente

• En arrière: para trás

• De côtè: de lado

• En diagonale: na diagonal



En face:
Quando o quadril e os ombros do bailarino
são colocados totalmente de frente para a
platéia ou para o espelho, independentemente
de que direção estejam as pernas, cabeça ou braços.


Épaulement:
Ombreamento,um termo usado para indicar um
movimento do dorso da cintura para cima, levando
um ombro para frente e o outro para trás com a
cabeça virada para olhar por cima do ombro da
frente.
Para evitar a monotonia e dar um toque artístico
Nos movimentos foram introduzidas as posições
em épaulement.


Croisé devant:
Cruzado na frente: um lado do corpo se
desvia da posição frontal, com a perna
mais próxima do público cruzada na frente
da outra. Podendo ser à terre ou en l’air.


Croisé derrière:
Cruzado atrás: acontece o mesmo em relação ao corpo
que o croisé devant só que com a perna em movimento
mais longe do público e aberta em 4ª posição atrás.
Também podendo ser à terre ou en l’air.


Effacé devant:
Apagado na frente: é o inverso do croisé com
a perna mais distante do público colocada na
frente da outra sem está cruzada.
Também podendo ser à terre ou en l’air.


Effacé derrière:
Apagado atrás: o mesmo que o effacé devant, só
que feito com a perna de trás mais próxima do
público. Também podendo ser à terre ou en l’air.


Écarté devant:
Separado: é quando o corpo está na posição
do épaulement e a direção da perna é a la seconde
e devant porque aponta para frente, nesse caso a
cabeça fica voltada para o braço lenvantado


Écarté derrière:
Separado: é quando o corpo está na posição
do épaulement e a direção da perna é a la seconde
e derrière porque aponta para trás, nesse caso a
cabeça fica voltada para o braço que se encontra
na 2ª posição.

Pés de bailarina





Para entendermos as posições básicas dos pés é preciso voltar no tempo e rever um dos períodos mais criativos da história da dança, quando foram feitas grandes modificações em sua estrutura técnica e artística.
No século XVII, o centro de expansão do ballet mudou-se da Itália para a França e foi no reinado de Luis XIV, que deve o seu epíteto Rei Sol ao “Ballet de la Nuit” no qual em 1653, com apenas 15 anos, interpretou o papel de Rei Sol, que grandes mudanças fizeram, impondo novas características técnicas.
Lulli, um dos bailarinos e músicos italianos trazidos para França quando Catarina de Médices deixou a Itália para desposar o Duque de Orleans, tornou-se diretor da Academia Real de Música e Dança, conseguindo em 1973 que os ballets fossem apresentados no Palais Royal. Sendo encenado em palco elevado, com os espectadores sentados todos do mesmo lado. Bem diferente dos espaços cênicos anteriores que tinham forma de arena, viu-se a necessidade dos bailarinos estarem de frente para o público, mesmo quando se deslocavam de um lado para o outro do palco, pois as rígidas regras de etiqueta da época impediam que eles dessem as costas ou mesmo ficassem de lado para nobre platéia.
E assim surgiu o en dehors, pois a solução foi à rotação externa dos quadris, com os joelhos e a ponta dos pés sempre virada fora, denominada en dehors em francês.
As posições dos pés


As cinco posições básicas dos pés:

• 1ª posição (premieré)

Os pés virados para fora e os calcanhares juntos. Sendo possível separá-los apenas por 2 ou 3 cm. caso as panturrilhas do bailarino o impeçam de fechar totalmente a 1º posição. Formando uma linha de 180° graus quando o bailarino já tiver total controle de seu em dehors.
Cuidar para não deixar que os pés caírem para frente.

• 2ª posição (seconde ou 2nd position)

A segunda posição tem o tamanho de um “dégagé a la seconde” não sendo necessário aumentar a distância para facilitar o encaixe do quadril.
O aumento da distância entre um pé e o outro na 2° posição, prejudica no trabalho muscular realizado durante o “plié”, no qual é feita uma contração excêntrica nos adutores e um alongamento no tendão calcâneo (tendão de Aquiles).

• 3ª posição (troísiéme ou 3nd position)

É a primeira posição cruzada dos pés. Um pé diante do outro, onde o calcanhar deve está colocado de encontro ao meio do outro pé.

• 4ª posição (quatriéme ou 4nd position)

Partindo da 1ª ou da 5ª posição levando a perna em um “dégagé devant ou derriére” descendo o calcanhar teremos a 4ª posição.
Partindo da 1ª denominamos uma 4ª aberta mais conhecida como “quatriéme ouvert” já da 5ª posição teremos uma 4ª cruzada, também chamada de “quatriéme crosé”.

• 5ª posição (cinquiéme ou 5nd position)

Um pé está totalmente colocado à frente do outro, sendo a posição mais fechada, mas não se deve deixar apoiar o calcanhar nos dedos do outro pé.

Como distribuir corretamente o peso do nosso corpo em nossos pés


Em todas as posições quando o pé de um bailarino toca o chão, deve-se suportar o peso do seu corpo na forma de um triângulo: um ponto no dedo grande, um ponto no dedo mínimo e o outro no calcanhar, mantendo os dedos sempre alongados mesmo quando estiverem em meia ponta.


Posição dos pés em apoio:

• Pied plat ou pied a terre: pés no chão
• Pied sur le demi pointe: pés na meia ponta
• Pied sur le pointe: pés na ponta


ps: existem outras posições que antecedem a passagem até o demi pointe e o sur le pointe, mas é comum citarmos em aula o termo direto ao movimento e explicar como ele deve ser feito durante o exercício.


Obs: As posições dos pés são as mesmas em todos os métodos de ballet existentes e foram criadas por Pierre Beauchamp, no final do século XVII.




O Quebra Nozes



Clássico Repertório


No começo de 1891, o lendário compositor Pyotir Ilyich Tchaikovsky recebeu a tarefa do Diretório Imperial de Teatro de São Petersburgo para compor uma ópera de um ato acoplado com um ballet para uma apresentação durante a temporada. Aceitando a opinião de Tchaikovsky que deixar de lado a ópera, o Diretório escolheu a adaptação do francês Alexandre Dumas para a história de E.T.A. Hoffman 'O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos' para adaptar ao ballet.

Tchaikovsky não ficou satisfeito com o tema proposto porque ele achou que o texto não daria para uma apresentação teatral e não o cenário da história não se encaixaria muito bem num ballet. Tanto a ópera quanto o ballet foram apresentados em 18 de Dezembro de 1892. O ballet, conduzido por RIccardo Drigo, não foi muito bem recebido. Historiadores da dança atribuíram isso à história do 'Quebra-Nozes' que era diferente das histórias românticas geralmente apresentadas.

A coreografia de 'O Quebra-Nozes' começou com o redundante Marius Petipa. O balanço do trabalho foi feito por seu assistente Leon Ivanov, quando Petipa ficou doente. De acordo com fatos históricos, quando o ballet foi finalmente produzido, Petipa recusou de ter seu nome ligado ao ballet, sentindo que sua participação na coreografia foi insuficiente para que seu nome fosse publicamente anunciado. Os historiadores, entretanto, reconheceram sua contribuição, e a coreografia original é geralmente creditada à ambos coreógrafos.

Foi primeiro apresentado pelo 'Western Europe' do Sadler's Wells Ballet no Sadler's Wells Theatre, em Londres, 30 de Janeiro de 34. A produção foi posta no palco por Nicholas Sergeyev depois da versão origina de Petipa e Ivanov. O primeiro 'Quebra-Nozes' completo americano foi feito pelo 'San Francisco Ballet 'em 1944 com a coreografia de William Christensen.

Mesmo em constante mudança depois de mais de 50 anos de história, um dos mais marcantes 'Quebra-Nozes' foi realizado em 1954 no New York City Ballet, com coreografia de George Balanchine.Este Ballet foi apresentado por Rudolf Nureyev, Royal Swedish Ballet (1967) e England's Royal Ballet (1968) e Mikhail Baryshnikov, American Ballet Theatre (1976). Com tantas produções deste ballet, ele se tornou um dos mais lembrados no repertório clássico de natal. no teatro, no balé ou no gelo.

A história se passa na Europa Oriental, durante o século XIX. Um médico e prefeito da cidade, Jans Stahlbaum se maravilha ao realizar um Natal para sua família e amigos. Seus dois filos, Clara e Fritz, esperam ansiosos por seus convidados. A neve traz uma atmosfera festiva enquanto os convidados chegam. Atrasado, como sempre, chega Herr Drosselmeyer, padrinho de Clara, que chega com grande festa. Ele enterte todos os espectadores com seus bonecos dançantes.

Todas as crianças recebem presentes. Com um pouco de inveja, Clara pergunta a Drosselmeyer por seu presente. Ele brinca com ela e depois a oferece um presente bem diferente, um quebra-nozes. Encantada, Clara logo se fascina pelo brinquedo. Seu irmão rouba seu presente e o quebra, deixando Clara desapontada. Drosselmeyer conserta o pobre quebra-nozes, mas Clara ainda está desapontada. Mas o padrinho promete que tudo ficará bem.

A noite chega e os convidados começam a deixar a casa. Clara vai para a cama, mas ela acorda de repente no meio da noite e vê que seu querido Quebra-Nozes tomar vida. Ó não! Surgem ratos malvados de todos os lados! Eles estão sendo comandados pelo Rei dos Ratos, que corajosamente é derrotado pelo querba-nozes. De lá eles são transportados para uma terra de magia, numa embarcação especial. Lá o Quebra-Nozes se transforma num encantador Príncipe.

Eles atravessam uma terra encantada onde encontram os dançantes flocos de neve. Avisada pelos anjinhos, a Fada Açucarada fica sabendo que o príncipe e sua acompanhante chegam, e assim convoca todo o povo de seu Reino dos Doces. Ao chegar, o príncipe conta suas aventuras como quebra-nozes, e em seguida os dois são deliciados com as mais gostosas guloseimas, com todos os personagens do reino dos doces dançando para eles.

Ao final, Clara acorda e percebe que tudo foi um sonho. E que sonho maravilhoso!!!! :-)

Gisele





Clássico Repertório


Ballet romântico em dois atos
Libreto: Vernoy de Saint-Georges,Théophile Gautier e jean Coralli
Coreografia: Jules Perrot e Jean Coralli
Cenário: Pierre Ciceri
Música: Adolphe Adam
Figurinos: Paul Lormier

Estréia mundial em 28 de julho de 1841 no Théâtre de L'Academie Royale de Musique, em Paris.
Carlota Grisi interpretou Gisele; Lucien Petipa, o Conde Albrecht; Adèle Dumilâtre, Myrtha a Rainha das Willis; Jean Corali, Hilarion.

Libreto:

Gisele é uma jovem camponesa que vive nos campos da alsácia, frança. a moça se apaixona pelo Conde Albrecht,acreditando ser ele um lenhador chamado Loys. Albrecht, por sua vez, também encanrado com a bela Gisele, mantém a farsa e esconde sua verdadeira identidade e seu noivado com a princesa Bathilde.
Hilarion, um amigo de infância pretendente ao amor de Gisele,tenta desmascara Albrecht, mas a moça prefere acreditar no amor e na sinceridade do falso Loys, sem se convencer das suspeitas de hilarion, nem escutar os apelos de sua mãe Bertha.
A chegada de uma grande comitiva de caçadores, chefiada pelo duque dde Courland e sua filha Bathilde, noiva de Albrecht, permite ao apaixonado Hilarion finalmente provar que estava certo. O camponês encontra, numa cabana abandonada, uma espada com o brasão de nobreza de Albrecht e a apresenta a Gisele. A jovem , que acaba de ser coroada a Rainha da Vindima de sua aldeia, ainda reluta em aceitar a realidade do fato, mas Bathilde dá o golpe misericordia, confirmando a Gisele seu noivado com Albrecht. O choque é tanto que Gisele vai a loucura e a morte.
No inicio do 2º ato, Hilarion está de vigilia na tumba de Gisele,quando soa a meia noite. Esta é a hora que as Willis se materializam. são allmas de jovens que foram enganadas por seus noivos, no amor, e morreram antes do casamento. Elas se vimgam fazendo dançar até a morte os homens que encontram na floresta. Myrtha a Rainha das willis, aparece e chama o seu séquito para iniciar Gisele em seus ritos. Hilarion é perseguido por seu exécito de almas brancas, até a morte. Quando Albrecht aparece, carregando lirios para o túmulo, Gisele surge para ele. As Willis a encontrando outro mortal , voltam-se para o Conde, Myrtha o condena a dançar até a morte. Gisele, no entanto consegue poupar a vida de seu amado com a proteção da cruz de seu túmulo, amparando-o na dança até a aurora, hora em que o poder de materialização das Willis desaparece.
By L.B

Variação Feminina: Aurora (2º do aniversário)

  • Ballet de Repertório: The Sleeping Beauty ( A Bela Adormecida )
  • Variação Feminina: Aurora (2º do aniversário)


VARIAÇÃO: AURORA (ANIVERSÁRIO)

Entrada: Andando como vendo os convidados, ir ao trono dos pais e cumprimentar, andando colocar-se e dar quatro passos para trás e pose.

Glissade pique arabesque, 4éme, glissade pique attitude croisé (b: 5ª),4éme – 4lados- no último fazer até o arabesque para diagonal, subindo piqué passe e correr para diagonal fazendo glissade sur les pointe.( b: em ofering e com sobre o peito e a outra na 2º baixa, dar segmento mantendo o braço; só mudar no 5º movimento para 3ª b trocando.

Sautés fazendo rond de jambe em dehors pique emboité atrás- 7x e na 8º vez fazer pique attitude atrás com mais 5 ronds e na 6º fazer pitinneé e pose effacé devant.

Emboités par terre devant 5 tempos, preparação para 4º pirouette e en dehors e pose – 2x e na 3º vez passe pose e fazer ao lado com pas de bourreé courru na preparação da pirouette desvirar.

Pas de bourreé courru em 6º developpé em avant sem descer da ponta, para attitude croisé atrás (b: 3ª ceccheti), volta em courru para esquerda, segue em frente e gira detounnée , volta para direita em courru bis esquerda bis do developpé caminha para direita pique attitude croisé e prepara em diagonale para grand jeté en tournant par terre em manegé (15), segue com 2 deboules tira passe 4éme. Pose.

terça-feira, 7 de julho de 2009

5ª Variação de Paquita (1ª bailarina)


• Ballet de Repertório: Paquita
• Variação Feminina: 5º variação

 Bailado pantomima em 2 atos e 3cenas. 
 Libreto de Paul foucher e Mazilier.
 Música: Deldevez
 Cenário: Philastre, Cambon, Diéterle, Sichan e Desplênchin.
 Coreografia: Mazilier (original)

  Estréia mundial no Theatre de L’academie Royale de Munique, em Paris, em 1º de abril de 1840.


 Versão p/ aula:
Música de Ludwig Minkus, coreografia de Natalia Makarova segundo Marius Petipa; bailarinos Cinthia Gregory e Fernando Bujones.



Variação de Paquita


Introdução: entrar andando no 1º arpejo, (b: 2ª) e no 2º arpejo fazer glissade na ponta e passe (b: cintura) e port de bras com o braço esquerdo subindo; tirar coupé atrpas e fazer developpé en avant no found e pique 1º arabesque. Correr para o centro fazendo port de bras com o braço direito e pose: degagé atrás effacé ( b:4ª de cecchetti) de costa. Sus- sous ( b:em v).
1- entrechat cinq ( b:em cima), pas-de-basque en avant ( b: 2ª port de bras de cecchetti en dedeans) terminando com piqué attitude atrás ( b: em v), pitinnée ( b: subindo em v ), degagé 2nd s/ descer da ponta, coupé atrás found ( perna direita) e um passe ( perna esquerda b: 4ª cecchetti com braço direito em cima) e com a perna direita fazer 4 ronds de jambe en dedans sautés ( b: direito na 1ª e esquerda atrás alongée ) glissade sur les pointe sem descer ( b:3ª de cecchetti alongée com b: direito e cima) e andadas em torno de si até centro e pose inicial. Bis com 5 ronds de jambe en dedans fondu frente relevé ecarté frente, foundu, três passos para frente e pose: ddegagé atrás efacée ( b: ao lado esquerdo da cintura).
2- Glissade piqué ao lado fazendo attitude atrás cróise ( b: direito na cintura e esquerdo em ofering), glissade de costas e pirouette en dedans attitude atrás( b: em cima) emendando talloné en tournant com grand rond de jambe en l’air en dehors( b: de 1ª para 3ª arabesque de vaganova) e emenda pirouette en dehors e tombé frente ( com a perna do passé) e ( b: esquerdo na cintura e direito ofering) bis com sautenu en tournant en dehors e pose 5ª sem descer ( b: esquerdo na cintura e direito em cima), ainda sem descer tirar arabesque ( b: subindo) e correr fazendo port de bras e pose em 5ª .
3- Diagonale fazendo developpés a 45º , sem descer da ponta e alternando as pernas ( 1º effacé) fazendo port de bras, também alternando os braços e avançando ( 13x) e pose.
4- Subindo a diagonale: glissade piouette en dedans ( b: em cima) e um sissone 1º arabesque ( 3x) na 3ª vez após a pirouette dessus ( perna direita) sus-sous ( b: direito na cintura e esquerdo em cima), deboulés e pose; effacé atrás ( b: 4ª de cecchetti ) desvirar fazendo pas de bourrée courru em 6ª ( b: na 2ª ) pas de basque en avant e piqué attitude atrás ( b: direito na cintura e esquerdo em cima)
   
  By Luiza Bandeira