domingo, 4 de novembro de 2012

PROMOÇÃO - MUNDO DA DANÇA - PARTICIPE


O MUNDO DA DANÇA E O CURSO MOSTRA DE DANÇA-MÉTODO RUSSO, ESTARÃO SORTEANDO ESSE MÊS UMA BOLSA DE ESTUDO PARA O MÓDULO I : BALLET CLÁSSICO - JAZZ E SAPATEADO.
    PARA PARTICIPAR BASTA LER A MATÉRIA A BAIXO E CAPRICHAR NO COMENTÁRIO, O MELHOR COMENTÁRIO GANHA A PROMOÇÃO E PASSA O MÊS DE JANEIRO FAZENDO AULAS C/ PROFESSORES RENOMADOS NO BRASIL E EXTERIOR.
   BOA SORTE !!!
                                          LUIZA BANDEIRA E ERICK SILVA 



sábado, 3 de novembro de 2012

Entrevista Erick Silva






Erick Silva
Erick Silva Diretor e coreógrafo da Cia In-Pulso de Dança e da Mostra Dança.


LB: Bailarino e coreógrafo a tantos anos, conte para nossos leitores quando e onde você começou a dançar?


ES: Iniciei meus estudos em dança em Recife, Pernambuco, no Centro de Dança Maria da Conceição, quando tinha 8 anos. Lá estudei todas as danças populares, danças afras e ballet, além de percussão.



LB: Quais foram os profissionais que mais influenciaram na sua carreira:


ES: Ubiraci Ferreira (diretor do Bacnaré – Balé de Cultura Negra de Recife) foi o meu primeiro diretor, onde eu comecei a ter meu primeiro salário, foi onde me abriu portas para que eu pudesse viajar para a Europa. Depois dele, vem Monica Lira (diretora da Cia. Experimental), que me mostrou qual a linguagem da dança contemporânea e do ballet atual. Também o Maracatu Nação Pernambuco que me ajudou na transição Brasil-Europa.
E desde 1996, Liliane Benvento tem sido minha maitre de ballet, uma das pessoas que influenciou muito na linguagem que eu trabalho atualmente. Mas tenho que agradecer a todos os professores que já passaram na minha vida, entre eles Zic, Daniel Bratt, Marcos Verzani, Renato Paroni e todos os outros que não terei espaço para citar, mas que de alguma forma me ensinaram tudo que eu sei.


LB: Nas escolas que estudou enquanto estava no Brasil, quais repertórios clássicos teve a oportunidade de dançar?


ES: Dancei Corsário, Don Quixote, Ídolo de Bronze entre outros, mas só na época de escola. Sempre trabalhei em cias neoclássicas e contemporâneas.



LB: Sabemos que você foi ainda muito jovem pra Europa, como apareceu essa oportunidade e quais os benefícios que trouxeram pra sua carreira?


ES: A oportunidade surgiu através do Bacnaré – Balé de Cultura Negra, dirigido por Ubiraci Ferreira. Fomos fazer uma turnê de 6 meses pela Europa, representando o Brasil nos Festivais da CIOFF, onde participavam inúmeras cias do mundo todo. Neste período eu fiz contato com um dos professores da Alemanha, e ele me ofereceu um contrato para uma curta temporada para a Cia. Daniel Bratt (Alemanha) e foi depois disso que as portas se abriram pra mim. Através dessas oportunidades eu comecei a entender e viver o real mundo da dança.


LB: Na volta ao Brasil, teve a oportunidades de trabalhar em grandes cias e ao lado de grandes nomes da dança. Por onde começou essa trajetória?
Quando voltei vim para o Studio 3 e então fui contratado pelo Cisne Negro Cia. De Dança para uma temporada. Depois fui trabalhar na Cia do Ismael Guiser, e então fiz audição pra Deborah Colker, passei e me mudei pro Rio.
Saindo de lá, voltei pra São Paulo onde trabalhei com diversos coreógrafos e diretores como Anselmo Zolla, Ivonice Satie, Jorge Garcia, José Possi Neto, Zé Ricardo Tomaselli, Fernanda Chamma, Rosely Fioreli, Suzana Yamauchi, Miriam Druve e Liliane Benevento.


LB: Atualmente você faz parte Projeto Cia. In-Pulso, como esse projeto foi criado, a quem favorece, quais são os benefícios?


ES: O projeto Cia. In-Pulso é um projeto social junto com uma Cia de dança contemporânea.
O projeto social atinge todas as faixas etárias, desde crianças a idosos, o objetivo é formar bailarinos e/ou melhorar a qualidade de vida.
A cia é para bailarinos profissionais, e é a porta de novos talentos serem reconhecidos pelo mundo da dança. 


LB: Você ministra cursos em várias escolas, trabalha como Jurado em grandes festivais e é coreógrafo e ainda da aula. Qual sua modalidade especifica em todas essas funções?


ES: Dança contemporânea, Ballet Clássico e Danças populares.


LB: O que você tem a dizer sobre essa nova geração de bailarinos e bailarinas que surge a cada dia, que conselho você daria como jurado, o que precisa melhorar, o que os jurados querem ver?


ES: Essa geração tem uma preocupação muito grande com o físico, esquecem-se da alma. O que vejo de precário é o estudo sobre o que está sendo dançando, se um repertório, qual a história, qual período, o que expressar. Bailarino tem que ter ambos físico e muita arte.



LB: falando em bailarino, todo ano você organiza o Curso de Férias Mostra Dança- Método Russo, um curso de férias já conhecido e esperado anualmente. Quem estará esse ano ministrando as aulas, quais são as novidades pra janeiro de 2013? Quais as modalidades do Curso? Onde podem ser feitas as inscrições?


ES: Para o Ballet Clássico teremos a ex-solista do Bolshoi de Moscow e professora da Escola Coreográfica Estatal de Moscow – Galina Kozlova, os professores da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil – Denis Nevidomyy e Larissa de Araujo, além da Bailarina e professora formada pela Escola Bolshoi – Stefania Petry.
No jazz, Andrea Spósito (diretora do Grupo Raça) e Zeca Rodrigues. No teatro musical, Francisco Ribeiro (diretor da Cia. Brasileira de Teatro Musical), Kika Sampaio no sapateado e Michel Martins na dança de rua. E eu no contemporâneo.
O diferencial do curso de férias é que não tem montagem de espetáculo, é um curso focado em aulas, de 4 a 5 por dia de alto nível técnico.

  Mais informações e inscrições pelo site:  www.mostradanca.com

LB: Erick um recado especial para nossos leitores.


ES: É um prazer fazer esta matéria, mostrar um pouquinho do meu trabalho. E aos bailarinos que aproveitem cada momento da sua vida no meio da dança, aprendam diversos estilos e técnicas, pois o mundo da dança é muito grande e tem espaço pra tudo. Corram atrás dos seus objetivos com garra, lembrando mais que ontem e menos que amanhã!

Fotos: Bolhaset Produções.

domingo, 23 de setembro de 2012

Entrevista Cecilia kerche


Cecilia Kerche
Cecilia Kerche 1ª bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Embaixatriz da dança com titulo pelo CBDD, órgão vinculado a Unesco. Paulista radicada no RJ teve como Mestres, profissionais como Vera Mayer, Halina Bienarcka, Pedro Kraszcuzuk com quem é casada, entre outros. Dançou em vários países representado o Ballet do Brasil, Cecilia Kerche é considerada uma das maiores bailarinas de todos os tempos.




                                  
                                Luiza Bandeira entrevista Cecilia Kerche



LB: TRMJ. Você entrou prestando audição e em 3 anos conquistou o titulo de 1ª bailarina. Como foi lidar com tudo isso e como se preparou para conquistar o posto mais desejado pelas bailarinas?

CK: Quando entrei para o BTMRJ , ocupando o posto de corifée , sabia o quanto distante estava para chegar a ser Bailarina Principal , titulo este que tinha pretensão de alcançar até meus 25 anos. E exatamente dois meses após completar esta idade, fui promovida a Primeira Bailarina.
Na primeira temporada que me apresentava como Primeira Bailarina pude sentir o peso do que significa ter esta posição . Ao interpretar Giselle, ballet que já tinha dançado em minha graduação na escola e como Solista do BTMRJ, sabia que de agora em diante seria diferente ... Pois uma Primeira Bailarina não é somente a bailarina que faz o papel titulo de um ballet e sim a representatividade de uma instituição.



LB: Como é sua rotina atualmente no TRMJ?

CK: A rotina é praticamente a mesma ao longo destes 30 anos de carreira, aulas, ensaios e apresentações. A diferença deste momento para os anos anteriores é que após ter sofrido uma lesão muito seria que me afastou dos palcos por quase três anos, estou tendo que ter uma paciência enorme em reconstruir a bailarina que habita meu ser, ou seja, não tenho podido assumir muitos compromissos para dançar pelo fato de estar tendo que voltar aos poucos e com muita cautela.

LB: Dores musculares, lesões, desgaste físico, como você lida com isso, que método de prevenção utiliza pra prevenir total desgaste físico?

CK: Quem tem o físico como instrumento de trabalho, sabe que não passa ileso por uma carreira de exigências, os percalços mencionados por você são uma rotina na vida de uma bailarina e no meu caso sempre soube que aula de ballet é o que sempre me preparou para minha profissão. Tenho uma vida regrada, nunca consumi drogas, não bebo bebida alcoólica, minha alimentação é equilibrada e sei que o descanso faz parte do treinamento. Já cheguei a conclusão que o  desgaste é inerente a vida , porque quem faz ballet ou esporte , tem desgaste , quem não faz tem também ...então .... !!!!!



LB: Como anda sua agenda de apresentações, onde nossos leitores podem estar indo assisti-la dançar nos próximos meses?

CK: Como mencionei acima, tenho me apresentado pouco, mas com a grande alegria de ter retornado para o Corpo de Baile, voltado a dançar no palco do Theatro Municipal, dancei na comemoração dos 30 anos do Festival de Joinville, fiz algumas apresentações em festivais menores, mas de igual importância para mim e mais para frente terei uma apresentação no Mato Grosso e outra na Bahia e com grande expectativa para mais apresentações no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.


LB: Festival de Dança de Joinville e Teatro Bolshoi, já é fato que todo ano podemos ter sua presença na cidade da Dança. Conte como é essa parceria com o Festival e fale sobre o festival 2012 e a apresentação do Ballet Raymonda ao lado da Cia do Ballet Bolshoi.

CK: Desde a primeira vez que me apresentei em Joinville em 1989, criei um vinculo muito especial com este Festival dancei algumas vezes mais  e outras vezes estive convidada como jurada e a partir deste ano , numa missão de muita responsabilidade , fazer parte do conselho artístico .
Já foram 15 apresentações, e esta com a Escola e Cia do Bolshoi, foi muito emblemática para mim, pois tive o dileto prazer de ser convidada e pude sugerir que meu partner fosse Denis Vieira, Solista do BTMRJ , porém formado pela escola do Bolshoi no Brasil , quando Pavel Kazarian e o Ely Dinis poderiam ter optado por um casal do Theatro Bolshoi da Rússia , que com certeza aceitariam com muito bom grado vir dançar aqui.



LB: Interprete de grandes repertórios eruditos, como define e dança contemporânea? De que forma ela afeta os ballets de repertório visto que a montagem para o mesmo tem custo altíssimo de figurinos, cenários, grande elenco?

CK: A dança contemporânea ocupa o seu espaço, tem a sua peculiaridade, onde a exigência física não é um fator preponderante, já o ballet contemporâneo pede que seus interpretes tenham intimidade com a plástica e destrezas do ballet clássico, ainda sem que o palco tenha que ser parte de uma historia. Agora o ballet clássico de repertorio, este sim exige total integração entre coreógrafos, ensaiadores, pianistas acompanhantes, artistas que elaboram os cenários, os que criam figurinos, técnicos de palco, com o elenco de bailarinos, que tem que ser um corpo de baile habituado a trabalhar junto por muitos anos, Solistas que devem ter total interação com os personagens que interpretarão, e os Primeiros Bailarinos que devem levar ao público a excelência da arte da dança que é narrar uma historia através de sua alta compreensão artística sem dizer uma única palavra, tudo através da musica que deve ser apresentada por uma orquestra especialista nos grandes mestres, tendo a frente um Maestro com extrema sensibilidade. Por isso acho que cada qual ocupa seu lugar, um sem competir com o outro, ou deveria ser assim ... Porque deveria ser o objetivo principal, se ter mais companhias empregando bailarinos e assim oferecer ao público essa diversidade que é a dança, porque na Europa, Estados Unidos e Ásia, os custos também são altos para ballets de grandes produções, mas nestes lugares a dança é encarada como indústria do entretenimento e tem que dar lucro!!

LB: Qual a importância da formação em Dança Clássica para a dança Contemporâneo, visto que alguns ainda julguem que não é necessário fazer ballet pra se dançar contemporâneo.

CK: Tudo vai depender da proposta coreográfica, mas é impossível para alguém que nuca tenha feito aulas de ballet , e muitas aulas de ballet mesmo, dançar qualquer coreografia de ballet contemporâneo em sapatilhas de pontas ou não. Pois um piloto não vai voar um Boeing  se ele não tiver conhecimento dos instrumentos de vôo.



LB: O que falta para o TMRJ seguir exemplos como a Ópera de Paris com grandes espetáculos e ricas produções. O TMRJ é único no Brasil com Orquestra, coro e técnica e raramente conseguimos assistir grandes produções. Governo? Incentivo? Administração?

CK: Falta de fato só seguir os exemplos que ai estão e que pode ser exatamente o Teatro que você  citou e usar a formula que lá se usa e que da certo, porque a beleza da CASA já temos , inclusive o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi inspirado no teatro francês  . Mas tem que ser seguido a risca, kkkkkk !!!!

LB: Quais suas metas pra 2013, muitos trabalhos para o ano que se aproxima?

CK: Espero que sim !!



LB: Em outra conversa perguntei-lhe uma vez se você tinha interesse em ter uma escola, uma Cia. E você me respondeu: Não, quero morrer como interprete de Teatro que eu amo tanto, dando o meu melhor.
Hoje em dia a resposta seria a mesma ou jovens bailarinos podem ter chance de sonhar em um dia dançar em uma Cia dirigida por Cecilia Kerche?

CK: Gente eu disse isso mesmo ??? aiaiaia !!!  minha intenção é continuar no meio da dança sim , gosto muito de ensaiar passar minha energia , incentivar aos bailarinos a conseguir encontrar o seu melhor, quem sabe ....

LB: Para nos despedimos uma mensagem especial aos nossos leitores, bailarinos, fãs e amantes da dança.

CK: Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.
 Confúcio




Querida, que Deus te ilumine. È sempre mt bom falar com você, gostaria que todos pudessem ver que por trás de todo esse brilho existe uma pessoa doce e gentil e sempre pronta pra nos receber. Meu carinho e admiração.
                                                                        c/ amor Luiza Bandeira





A venda nas livrarias!
                                     







sexta-feira, 7 de setembro de 2012

AULA DE BALLET


4º Ano  /  1º Semestre
1ª Aula
Barra / Centro

OBS:  Aula retirada da apostila de 4ª ano que se encontra a venda em nosso site,   ainda nesta mesma aula contém as aulas de pontas que não foram publicadas na postagem. aproveitem.

Esse período de estudo envolve o reforço da estabilidade dos vários giros, enquanto desenvolve os exercícios na meia-ponta e na pontas; além disso, desenvolve a suavidade nas conexões dos movimentos de braços e corpo.

1. PLIÉ.
Dois grand pliés, 1 relevé ; 2 relevés,  cada um na 1ª, 2ª, 4ª, e 5ª posições.

2. BATTEMENTS TENDU.
Quatro battements tendus para frente(pé direito), 4 battements para trás (pé esquerdo), 8 battements para o lado (pé direito). Repita na direção contraria ,começando para trás com o pé direito.Battements tendus jetés: 3 para o lado; flic-flac en dehors en face, 3 battements tendus jetés para o lado e flic-flac en dedans en face. Repita battements tendus jetés e flic-flac mais 2 vezes.¹

3. ROND DE JAMBE À TERRE.
Preparação en dehors . Dois ronds de jambe à terre, seguidos de preparação en dehors. Repita mais uma vez. Sete ronds de jambe à terre e mais 7 ronds de jambe à terre. Repita en dedans. Trace um semi-circulo em plié em dehors, terminando em pose 2° arabesque, pointe tendu no chão; faça uma meia volta a partir da barra e traga sua perna de trabalho para 5ª posição na meia ponta; port de Bras na meia ponta, dobrando o corpo.


4. BATTEMENTS FONDUS À 45°.
Fondu para frente, lado e frente; plié e relevé com uma meia volta em direção à barra, terminando a meia volta com a perna de trabalho para trás. Repita o mesmo com a perna esquerda, então passe para a perna esquerda em plié, e simultaneamente faça  um petit battement para trás. Continue com fondu para trás , para o lado e para trás, plié e releve com meia volta para fora da barra, terminando a meia volta com a perna de trabalho para frente. Repita com a perna esquerda. Esta combinação de fondus é feita de uma só vez com a perna direita e esquerda.

5. BATTEMENTS FRAPPÉS.
Sete frappés para o lado, 4 duplo frappés en croix. Repita mais uma vez.

6. RONDS DE JAMBE EN L’AIR.
Quatro ronds de jambe en l’air en dehors, execute o 3º e 4º rond de jambe com plié-relevé na perna de suporte. Repita mais uma vez. Dez petits battements sur le cou-de-pied; demi-plié em 5ª posição e tour sur le cou-de-pied en dehors, abrindo a perna de trabalho para o lado à 45° no final. Repita todo o exercicio en dedans.

7. BATTEMENTS DÉVELOPPÉS COM PLIÉ-RELEVÉ.
Développé para frente; plié,  relevé na meia ponta, traga a perna para baixo na posição preparatória. Repita mais uma vez e siga com battements développés para o lado, para trás e para o lado.


8. GRANDS BATTEMENTS JETÉS ELEVANDO NA MEIA PONTA.
Dois grands battements jetés para frente , para lado , para trás e para o lado , em seguida 2 grands battements na mesma direção elevando na meia ponta.²


CENTRO

1. PEQUENO ADAGIO E BATTEMENTS TENDUS.
Grand plié na 4ª croisée. 4º port de bras. Développé para frente (perna direita). Plié; relevé na meia ponta, traga a perna para baixo na posição preparatória. Développé plié-relevé (perna esquerda para trás). Développé plié-relevé para o lado(perna direita). Battements tendus e passeios (giros). Com o pé direito, 1º battement tendu en tournants en dehors (um 1/4 de giro para o lado 3), 2º battement en face (encarando) lado 3. Execute 8 battements tendu en tournant e en face. Battements tendus jetés. 8 battements tendus jetés en tournants en dehors com o pé direito(em ⅛ de volta, partindo do canto 2, lado 3, canto 4, lado 5, canto 6, lado 7, canto 8, e encarando lado 1); 7 battements tendu jetés para o lado en face, com o pé esquerdo e novamente 7 battements jetés.  Preparação saindo de 5ª para 4ª posição e tour sur le cou-de-pied en dehors.


2. RONDS DE JAMBE À TERRE.
Preparação en dehors. 1º ronds de jambe à terre en tournant, um 4º de volta, o 2º rond de jambe, en face, etc. Execute 8 ronds de jambe desta maneira. Repita o mesmo en dedans. Trace um semi-círculo no plié , en dedans , então en dehors, terminando num grande pose croisée para trás, pointe tendue no chão, com uma esticada da perna de base. Dois grands port de bras, termine o 2º port de bras na 4ª posição em uma ampla preparação para tour en dehors. Grand rond de jambe développé en dehors na meia ponta (perna esquerda).

3. BATTEMENTS FONDUS À 45°.
Tour sur le cou-de-pied de 5ª posição en dehors, Battements fondu para frente; repita o tour e battement fondu para o lado. Duplo fondu para frente e para o lado; 7 frappés para o lado. Repita todo o exercício na direção oposta com tours en dedans, finalizando com 4 duplos frappés.

4. RONDS DE JAMBE EN L’AIR
Quatro ronds de jambe en l’air en dehors, em seguida 3 ronds de jambe e novamente 3 ronds de jambe. Développé para o lado. Um giro lento en dehors com passé à 90°. Siga o giro com développé croisée para frente na meia-ponta. Execute en dedans separadamente e finalize o giro lento en dedans com attitude croisée na meia ponta.

5. PAS DE BOURRÉE BALLOTTÉ IN EFFACÉ, EN TOURNANT.
Preparação com a perna direita, o pé esquerdo esticado para trás, pointe tendue no chão. Plié com o pé direito e dobre o pé esquerdo sur le cou-de-pied para trás. Pas de bourrée ballotté para frente em effacé, girando para o canto 4; pas de bourrée ballotté para trás em effacé, olhando para o canto 4. Execute os seguintes pas de bourrée ballotté da mesma maneira para o canto 6, 8, e 2.

6. TOUR LENTS (GIROS LENTOS) À LA SECONDE(TOUR DE PROMENADE)
 Développé para o lado (perna direita). Giro lento à la seconde en dehors,³ girando para o canto 2, lado 3, canto 4 e lado 5. Traga a perna de trabalho para baixo na posição preparatória. Développé para o lado. Giro lento à la seconde en dehors, girando para o canto 6, lado 7, canto 8 e lado 1. Traga a perna de trabalho para baixo fechando a 5ª posição a trás 4.

7. PREPARAÇÃO PARA TOUR À LA SECOND PARTINDO DA 2ª POSIÇÃO.
En dehors. 5ª posição, pé direito à frente. Demi-plié. Venha para cima com um salto ligeiro para a 5ª posição, meia-ponta, os braços na 1ª posição. Segure nesta posição. Grand battement para o lado (perna direita), e abra os braços na 2ª posição. Segure nesta posição. Demi-plié na 2ª posição, traga o braço direito para 1ª posição enquanto o esquerdo permanece na 2ª, salte na perna esquerda(meia-ponta) enquanto levanta a perna direita em grand battement para o lado, os braços em 2ª posição. Mantenha a posição. Finalize em 5ª posição com pé direito atrás. Repita 4 vezes, na perna direita e esquerda, alternando. Execute en dedans da mesma maneira.




ALLEGRO

1. Quatro glissades para o lado, trocando os pés, começando pé direito a frente; 1 glissade croisée para frente (pé direito), 1 glissade croisée pra trás (pé esquerdo), échappé battu trocando os pés, repete 4 vezes direita e esquerda.

2.  Quatro assemblés para o lado(à la seconde), movendo à frente e trocando os pés, um pequeno coupé à frente, assemblé viajando ao lado e trazendo a perna de trabalho à frente; estique os joelhos; demi-plié para retomar a combinação com a outra perna. Execute na direção contrária.

3. 5ª posição, pé esquerdo à frente. Jeté com a perna direita, viajando para o lado, terminando com o pé esquerdo sur le cou-de-pied à frente; temps levé; jeté croisée viajando à frente, coupé-jeté, coupé-jeté, coupé-jeté croisée à frente, assemblé croisée à trás, royale. Repita com a outra perna, e separadamente na direção contrária.

4. Três échappés battus, trocando os pés, 2 entrechats-quatre. Repita 4 vezes, por sua vez à direita e à esquerda.

5. COMPLEX  ÉCHAPPÉ  BATTU.5
Execute o complex échappé battu; estique os joelhos; demi-plié para o salto subsequente. Repita 4-8 vezes. Dependendo da agilidade do bailarino, execute cada échappé battu sem pausa.

6.  Dois grands changements de pied, 3 petits changements de pied. Repita 4 vezes.6




 PS:

 ¹ Flic-flac é combinado com battements tendu jetés e outros exercícios. Após o término dos exercícios na barra o flic-flac é estudado separadamente.

² A elevação na meia-ponta da perna de apoio é para ser feita no momento ao lançar a perna de trabalho (jeté)Termine cada grand battement descendo da meia-ponta em ambos os pés. 

  Neste caso, o termo particular “à la seconde” sugere sustentar a perna na 2ª posição, quando se aplica lenta volta, tours à 90° a partir da 2ª posição, como nas grands pirouettes masculinas, pirouettes à la seconde, onde a perna de trabalho fica suspensa ao lado a 90°. Nos battements développé, grands battements jetés ao lado, o termo “à lá seconde” é extremamente usado neste sentido.

O estudo dos tours lents — tour de promenade — (giros lentos) é realizado desta maneira: en dehors em attitude croisée e en dedans em pose croisée à frente. Tours lents em outras poses são estudados mais tarde.

 5 No complex échappé battu, a batidas dos pés é executada no 1º pulo, da 5ª para a 2ª posição e novamente no 2º pulo, da 2ª para a 5ª posição. No échappé battu simples, a separação do movimento segue este exemplo: pé direito à frente 5ª posição, demi-plié, pulo, segure os pés cruzados na 5ª posição, aterrisse em plié de 2ª posição, então no 2º pulo partindo do plié de 2ª posição, pule, trazendo o pé direito à frente com uma batida e troque os pés no ar, aterrissando na 5ª posição, pé direito à trás.
6 Cada lição termina com port de bras, dobrando o corpo.

domingo, 2 de setembro de 2012

KITRI - D.QUIXOTE - 3º ATO

Variação de Kitri- Casamento



Entrada: corre 5ª pos. sur le pointe ( b: na cintura e leque na dir.), tirar arabesque effacé, correr, parar e ir para diagonal subindo o palco de costas, pose leque em cima e outro b: na cintura, coupé no chão atrás.

Piqué arabesque, glissade saut d'ange ( b: em 3º arabesque de cecchetti) relevé developpé 2ª (b: que sobe o mesmo do developpé), 2 relevés passés,para trás e para frente( b: o do leque se abanando e o outro na cintura).tudo do outro lado. No arabesque o b: do leque em cima e o outro na cintura e o developpé com o b: contrário do developpé. Na 3ª vez idem a 1ª só que o arabesque é o 2º e não o 1º . Piqué passé ( b: na cintura) couru em 6ª pos. (b: o do leque alongé atrás e o outro na cintura) fecha 5ª pos.

Quatro echappé na 2ª pos.( b: leque fechando no ombro e o outro na cintura), virar de costas  fazendo piqué seguido de sautés sur le pointes em attitude derrière, falli  grand battement developpé en avant croisé ( b: do leque p/ trás e o outro na cintura) repetir mas 2x na 3ª vez pirouette em attitude e balance p/ o lado e correr para trás indo na diagonal, batendo o leque fechando a mão.

Pas de cheval sur les pointes : 2x com o pé dir. 2x com o pé esq e alternando cada pé 4x. e subindo braços por fora en dedans, 3 x completas, na 3ª vez até 2x com os 2 pés, pas de bourré dessous-dessus, sus sous, deboulés e posé relvé attitude effacé derrière ( b: o do leque em cima e o outro na 1ª c/ leve torção do corpo.

Bons ensaios, bjs tia lu .

sábado, 1 de setembro de 2012

Contato Direto




Querido leitor, agora através do Google+ vc pode está me adicionado e tirando suas dúvidas de dança, compra de material, videos, cds , tudo on line faça sua conta e venha tirar suas dúvidas. bjs tia Lu

Esmeralda - Variação Feminina

1ª Bailarina do TMRJ Cecilia Kerche 

Variação Esmeralda

Entrada: Até  centro pose degagé croisé devant ( b: esticado p/ trás com pandeiro e b: esq. na cintura) 
    Echappé 2ª com virada do corpo; relevé passé derrière, battement developpé ecarté devant ( bater pandeiro no pé racourci e pose em 4ª) - 3x. Na terceira vez sem pose segue com 2 tours piqués en dedans 1 enveloppé e 1 tour fouetté en dehors e pose 4ème ( batendo pandeiro e abrir b: 2ª pos. offering).

Piqué 1º arabesque,pas de bourré couru e batidas de pandeiro no pé de trás ( coupé), no cotovelo e outra vez no pé - 3x . Na terceira vez sem a última batida e batendo o pandeiro no Sus-sours e repete a sequência de pirouettes.

Manegé: chassé na ponta ( descendo c/ cruzado) 2x ; 1 pirouette piqué abrindo arabesque seguido de 1 tour enveloppé (s/descer) 2x e na  terceira vez após os chassés na diagonal, fazer tour relevé en dehors (s/descer) sus sous (batendo o pandeiro) e correr p/ pose croisé devant ( p/ direita ) b: esq. em cima e dir. esticado a frente.

Três battements developpé devant (batendo pandeiro no pé ) effacé e 1 fouetté (ida e volta) fondu coupé devant p/ recomeçar 2x. na terceira vez s/ fouetté c/ 1 battement devant e outro em ecarté derrière segue 1 piqué en avant croisé c/ coupé derrière ( bater o pandeiro) deboulé, piqué c/ grand rond jambe en lair até 2ª pos. ( bater o pandeiro). joelho croisé e cambré ( b: em cima).

Bons ensaios bjs Tia lu 

domingo, 26 de agosto de 2012

Informação



Os cursos on line ainda estão sendo organizados, mas acreditamos que no máximo em 30 dias já estaremos com o site do curso pronto pra ser publicado, caso queiram mas informações sobre disciplinas, custos, conteúdo podem entrar em contato no nosso e-mail: luizabailarina@yahoo.com.br.

Abraços Tia Lu

Variação Feminina Pássaro azul


Variação Feminina de Pássaro Azul - Variation Blue Bird

Bailarina: Sarah Lamb 

The Sleeping Beauty - Tchaikovsky
Royal Opera House



Entra caminhado pelo lado direito do palco, posé degagé devant, com B: em demi-seconde, temps lié B: indo para 5ª posição. Retorna em temps lié para o degagé devant e B: em 3ª pos. alongé . Grand battement écarté devant c/ a perna esq. courru p/ dir. idem com a outra perna o inverso; piqué arabesque fouetté com a perna esq., courru p/ diagonal dir. 2 attitude devant, idem p/ a perna direita. Repete alternando a 1ª sequência do grand battement , seguido de 3 piques arabesques en avant seguido de pas courru en avant, terminando em 5ªpos. 2 échappé change, enveloppé frente, racourci , alonga em arabesque, suivi e repete a sequência mais 2x. B : V . na ultima vez faz coupé derrière 5 vezes, na ultima, segue courru para traz ... soutenu 3 deboulés  para o lado dir. , coupé derrière com a perna dir. repete para o lado esquerdo terminando em posé degagé devant, seguidos de 7 tour piqués no último arabesque e posé no chão. 


maiores dúvidas pelo e-mail: luizabailarina@yahoo.com.br

abraços Tia lu





Sergio Marshall




Entrevistado: Sergio Marshall

                 Sergio Marshall e Luiza Bandeira - Teatro Bolshoi Brasil

LB: Bom, quem é Sergio Marshall, 1º Bailarino do TMRJ, Coordenador Artístico do Ballet A Criação do TMRJ, professor, ensaiador... Com que idade começou a dançar e onde?

SM: Bom dia Luiza. Vale fazer algumas retificações. Embora tenha atuado em quase todos os papeis principais do repertório do TM, não tinha o cargo, pois esta promoção ficou “congelada” durante muitos anos e atualmente já não atuo mais no TM, apesar de ter passado por todos os cargos da hierarquia, desde corpo de baile até Diretor Artístico.
Comecei a dançar em Porto Alegre aos 18 anos com a professora russa Marina Fedossejeva. O interessante na minha formação é que ela foi aluna direta de Agrippina Vaganova, que foi quem desenvolveu a Metodologia Vaganova do ensino do ballet clássico, até hoje uma das metodologias mais respeitadas e eficientes. Além dela, ainda em Porto Alegre, foi muito importante na minha formação a atuação do mestre Walter Arias, bailarino uruguaio, de muita personalidade e ensino técnico impecável, qualidades que agreguei à minha carreira e prezo muito num bailarino.



LB: No Caminho para sua formação profissional, quais Ballets de repertório você dançou e quem  interpretava?

SM: Acho que já dancei todos, rs, e fiz desde vendedor de lenços, meu primeiro papel no corpo de baile do TMRJ, na versão de Don Quixote de Dalal Aschar, até os papéis principais em O Quebra Nozes, Floresta Amazônica, Coppélia, La Sylphide, Grand Pas Classique, Giselle, La Fille Mal Gardée, onde interpretei tanto o papel de Colas quanto o de Alain, pelo qual fui indicado para o prêmio Mambembe, Don Quixote, O Corsário, inclusive com este papel ganhei diversos prêmios na Primeira Edição do Concurso do CBDD, há muitos anos, que foi na verdade o primeiro concurso de dança realizado no Brasil. Vale ressaltar que ao longo da minha carreira dancei em muitas companhias que não eram de repertório clássico, como o Ballet Stagium, Cisne Negro, Balé da Cidade de São Paulo, Ballet do Teatro Castro Alves, onde pude explorar inúmeras possibilidades técnicas e artísticas além das proporcionadas pelo repertório clássico do TM. Com estas companhias tive a oportunidade da dançar por todo o mundo, da América do Sul à Europa, o que me enriqueceu ainda mais enquanto artista.

LB: Fale das dificuldades que teve como bailarino, seus obstáculos e como superou todos eles.

SM: As dificuldades foram muitas, desde a minha origem humilde, a difícil aceitação pela família, e as dificuldades inerentes à formação de um bailarino, como as limitações físicas, a busca de uma formação mais aprimorada pelo fato do meu inicio tardio, pois naquela época eram poucos os bailarinos homens que tinham a oportunidade de se iniciar cedo nos estudos do ballet. E acho que superei isso tudo porque sou extremamente teimoso e insistente, o que não deixa de ser bom para um bailarino, pois sabemos que os obstáculos são muitos e não podemos desistir no primeiro.

LB: Como se tornou 1° bailarino do TMRJ e quais foram os cargos assumidos e dirigidos por você na história do ballet do TMRJ?

SM: Como já disse anteriormente, já passei por todos os cargos do TM. Comecei como corpo de baile, passando por corifeu, solista e primeiro solista, onde atuei como primeiro bailarino em quase todas as produções da companhia, e passei de vendedor de lenços a príncipe em menos de um ano, dividindo o palco com estrelas do ballet como Ana Botafogo, Cecília Kerche, Julio Bocca, Fernando Bujones, Jean Yves Lormeau, Marcia Haydée, Richard Cargun, Elizabeth Platel entre outros. Num segundo momento também exerci os cargos de professor, ensaiador, assistente de direção e finalmente diretor artístico, e foi nesta ocasião que trouxemos pela primeira vez para uma companhia de fora da Europa o ballet A Criação, do coreógrafo Uwe Scholz, que no ano seguinte foi também apresentado em Joinville com enorme sucesso e grande comoção do público.

     Teatro Bolshoi Brasil, Sergio ministrando aulas de ballet clássico e ao fundo o ilustre Pianista Eduardo Boechat.

LB: Quais foram os professores mais importantes, os que mais influenciaram no seu desenvolvimento profissional?

SM: Meus professores em Porto Alegre foram fundamentais, é claro, mas já fora do RS e já atuando como profissional, uma vez que entre meu início como aluno e a conquista de meu primeiro contrato profissional, no Teatro Guaíra, foram apenas 3 anos, tive a oportunidade de trabalhar com grandes mestres como Carlos Trincheiras, Jair Moraes, Hugo De La Valle, Aldo Lotufo, Tatiana Leskova, Eugenia Feodorova, Jane Blauth, Jorge Siqueira, Ismael Guiser, entre tantos outros aqui no Brasil e na Europa, como no Mudra, em Bruxelas/Bélgica, que na época era a escola do Ballet Béjart, que se chamava Ballet du XXIéme Siécle, na École de Danse do Ballet de Zurich/Suiça, e além disso nos EUA, com aulas em NY no Joffrey Ballet School.



LB: O que  acha da dança no Brasil, das escolas, espetáculos, festivais, acha que estamos caminhados para um futuro promissor ou o Brasil ainda está muito atrasado em relação a outros países?

SM: A dança no Brasil evoluiu muito desde que eu comecei. Os bailarinos hoje estão em pé de igualdade com as grandes estrelas mundiais. Os festivais são um meio muito importante de fomento à dança, com a troca de experiências e conhecimento, apenas com um senão: a ênfase demasiada a altura das pernas e o número de piruetas, em detrimento ao verdadeiro sentido da dança, que é a arte, uma vez que a técnica é tão somente um meio para se chegar a um fim mais profundo, a arte.

LB: Cite o nome de alguns bailarinos que você acha que mereciam destaque na dança no Brasil, mas infelizmente ainda ficam escondidos por causa da falta de oportunidade?

SM: Eu acho que os bailarinos que já atingiram um nível artístico mais consistente já estão conseguindo este reconhecimento, apenas aos que são muito jovens e ainda não muito lapidados falta esta visibilidade, que virá, se não aqui no Brasil, onde o mercado é pequeno, nos palcos do mundo inteiro. Lembrando que uma medalha num concurso não é uma garantia, mas apenas um passo para este aprimoramento artístico.

LB: Atualmente  está ministrando cursos, dando aulas, fale um pouco sobre os novos projetos?

SM: Atualmente, junto com a minha esposa, eu abri meu próprio estúdio de dança, na cidade de Teresópolis/RJ e além disso tenho dado aulas como professor convidado em academias e companhias profissionais, como mais recentemente o Ballet de Niterói, a São Paulo Companhia de Dança, a Cia Jovem do Ballet Bolshoi no Brasil, e amanhã mesmo estarei embarcando para minha segunda temporada como professor de Ballet Clássico no Festival de Dança de Joinville.

LB: Deixe uma mensagem especial para nossos leitores

SM: Presumindo que a maioria dos leitores seja de bailarinos e/ou estudantes de dança, o que eu posso aconselhar é que façam muitas, muitas, muitas aulas, enfatizando sempre a limpeza e a correção dos movimentos de base, e que, além disso, também leiam muito, assistam bons filmes, boa música, adquiram cultura geral, que dará maior consistência e peso artístico à sua dança, afinal, as partes mais importantes do corpo de um bailarino ainda são o cérebro e o coração.

 LB: Querido Sergio, meu mt obrigada por esse momento delicioso, c/ essa conversa maravilhosa sempre enriquecendo nosso trabalho e  trazendo novidades para nossos leitores. Fica ai mil beijos e mt luz no teu caminho, ainda temos mt trabalho juntos esse ano se Deus quiser bjs lu 




domingo, 10 de junho de 2012

OS SAPATINHOS VERMELHOS




VERSÃO CRIADA PARA O BALLET




Numa bela tarde de sol, uma mocinha passeava com o namorado numa praça onde se realizava uma feira, quando viu na vitrine de uma loja do outro lado da rua um lindo par de sapatilhas vermelhas. Ela que sempre teve uma vontade enorme de dançar, mas sem ter tido numa oportunidade de aprender, fica encantada com as sapatilhas que estão à venda.
O rapaz, porém, pressentiu alguma coisa estranha que não lhe parecia boa, uma força quase mágica que vinha do tal sapato que exigia a aproximação e atenção do casal. Com tal pressentimento, o jovem tenta fazer com que a namorada se desinteresse das sapatilhas, sem ter, porém um motivo concreto para dissuadi-la da compra, a não ser o alto preço que era pedido.O vendedor da loja, que observava toda a conversa do casal, se aproximava de uma forma um tanto estranha, pois não era amigo ou mesmo conhecido de nenhum dos dois, e oferece de presente à moça o par de sapatilhas vermelhas.Entusiasmada, ela se desfaz dos sapatos velhos, calça os novos e sai dançando lindamente pela feira, em meio às barracas e as pessoas que paravam para admirá-la. Dança com vários rapazes, feliz em perceber a grande dançarina que era. Nenhum dos seus pares conseguia acompanhá-la por muito tempo e ela dançava sem parar, fascinada pelo brilho dos seus sapatos vermelhos. Não tinha percebido que seu namorado há muito havia se perdido dela na confusão da feira e que o vendedor de sapatos, ao contrário, estava sempre por perto, em todos os lugares onde ela exibia a sua dança.Horas depois, exausta, a moça volta ao centro da praça, querendo sentar, descansar um pouco, mas as sapatilhas obrigavam-na a dançar mais e mais como se mandassem no seu corpo. Quando já não agüentava mais, reconheceu na pessoa que sempre estivera ao seu lado, o vendedor que lhe havia dado o presente e sentiu como se ele a acusasse de ser uma ambiciosa, dona de um desejo incontrolável de se tornar bailarina a qualquer preço. Sentia como se ele a culpasse por alguma coisa muito séria que ela mal podia entender, e que a estava castigando, ou melhor, ela mesma estava se castigando por não ter controlado a tentação de ter os sapatos e ser notada por sua dança.Confundindo aquela fantasia, aquele pensamento, com a vida real, a moça desesperada tenta voltar para casa. No meio do caminho encontra um velho que a conduz para uma igreja onde ela descansa e pensa sobre a vida, e se vale a pena trocar sua tranqüilidade por um desejo tão facilmente realizado através da magia, longe da realidade.Ainda confusa entre a verdade e a fantasia, a moça desmaia de cansaço e morre em seguida.Nesse mesmo instante, aquele estranho vendedor recoloca na vitrine o mesmo par de sapatilhas vermelhas à espera de uma próxima vítima.