terça-feira, 21 de junho de 2011

New York City Ballet


New York City Ballet surgiu a idéia de Lincoln Kirstein . Ele imaginou um ballet americano, onde jovens dançarinos nativos podem ser treinados e educados sob a orientação dos maiores do mundo mestres de ballet para executar um repertório novo e moderno, em vez de depender de grupos em turnê de artistas importados desempenho para o público americano.

Iniciar
Quando se encontrou com George Balanchine , em Londres, em 1933, Kirstein sabia que ele tinha encontrado a pessoa certa para o seu sonho. Treinamento Balanchine jazia na tradição do balé russo grande, ele ingressou na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo em 10 anos de idade e formou-se em 17. Também um estudante no Conservatório de Música de Petrogrado durante este tempo, estudou piano e composição. Com seus estudos por trás dele e apenas 20 anos, Balanchine deixou a União Soviética recém-criado para o Ocidente. Pouco tempo depois, Sergei Diaghilev convidou o coreógrafo jovens para participar de sua Monte Carlo Russes baseado Ballets. O ano era 1924. Em 1933, aceitou o convite de Balanchine Kirstein está por vir para a América para começar a escola que era para servir de incubadora de sua ballet americano.

Luta
Anos seguintes, porém, não foram sem incidentes e frustrações. Primeira apresentação da escola foi adiada devido à chuva, e da turnê inicial do recém-formado American Ballet encontrou um fim prematuro, com o colapso simultânea de ambos gerente e seu tesouro. Um período de três anos no Metropolitan Opera como a sua companhia de balé oficial terminou em desavenças. Várias companhias de balé foram criados e dissolvidos. Esforços cessaram temporariamente durante a Segunda Guerra Mundial - Kirstein serviu no Exército, enquanto Balanchine foi para o Ballet Russe de Monte Carlo como coreógrafo. Durante este período, apenas a existência da Escola deu qualquer indicação de que o sonho do ballet Kirstein americano ainda estava vivo. Foi a devoção incansável desses dois homens em face de probabilidades esmagadoras de que, aparentemente, foi finalmente capaz de chamar a New York City Ballet fora do fogo.

Um Sonho Realizado
Depois da guerra, Kirstein e Balanchine formado Ballet Society e apresentou sua nova empresa no Centro de Nova York City de Música e Drama. Morton Baum, então presidente de Finanças City Center do Comitê, ficou impressionado com a qualidade do que ele tinha visto em uma das performances e se aproximou Kirstein com a sugestão de que ele transformar o conjunto em um New York City Ballet. Kirstein, com o seu sonho em vista, fez uma promessa Baum - que, em troca de sua fé, ele daria New York City a melhor companhia de balé nos Estados Unidos dentro de três anos.

Sucesso
E, como eles dizem, o resto é história. Em 1948, Balanchine convidou o 30-year-old Jerome Robbins para se juntar à empresa nascente como diretor artístico adjunto. Depois de realizar no Centro da Cidade de Música e Drama, a Companhia realiza agora por 23 semanas do ano na magnífica $ 30 milhões, Philip Johnson-concebida New York State Theater (agora o David H. Koch Theater), construído pela Prefeitura e Estado de Nova York. New York City Ballet abriu o teatro em 24 de abril de 1964, e desde então tem sido a sua companhia de ballet residente. O Saratoga Performing Arts Center tem sido o lar New York City Ballet de verão permanente anual desde 1966.

Entre mais de dois compromissos pontuação internacional, o New York City Ballet tem feito inúmeras aparições nas capitais da Europa. A Companhia também apareceu na Austrália, Brasil, Japão, Sicília, Coréia do Sul e Taiwan e fez três viagens históricas para a Rússia, bem como visitas a muitas das principais cidades dos Estados Unidos e Canadá.

Hoje
Atualmente, a Companhia tem cerca de 90 dançarinos, tornando-o o maior organização de dança nos Estados Unidos. Tem um repertório ativo de mais de 150 obras, principalmente coreografia de Balanchine, Robbins e Martins Pedro . A School of American Ballet, a escola oficial do New York City Ballet, está prosperando em sua espaçosa casa em B. O Samuel & David Rose Building at Lincoln Center, com uma matrícula de mais de 350 dançarinos ambiciosos de quase todos os estados da nação e em torno de o mundo. Após a morte de Balanchine em 1983, Robbins e Martins dividiu o título de Master Chief Ballet em supervisionar o bom funcionamento do New York City Ballet. Desde 1990, Martins teve responsabilidade exclusiva para as operações da Companhia.

George Balanchine e Lincoln Kirstein moldaram a história da dança do século 20. Sob a direção de Peter Martins, New York City Ballet permanece dedicada à preservação dos ideais de Balanchine.

American Ballet Theatre


American Ballet Theatre é reconhecido como um dos grandes companhias de dança do mundo. Poucas companhias de balé igual ABT pela sua combinação de tamanho, alcance e extensão. Reconhecida como um tesouro vivo nacional desde a sua fundação em 1940, ABT anualmente turnês nos Estados Unidos, realizando mais de 600.000 pessoas, e é a única grande instituição cultural a fazê-lo. Ele também fez mais de 15 turnês internacionais e 42 países como, talvez, a companhia de ballet mais representativas americano e foi patrocinado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos em muitos desses compromissos.

Quando American Ballet Theatre foi lançado em 1939, o objetivo era desenvolver um repertório dos melhores balés do passado e para incentivar a criação de novas obras de talentosos jovens coreógrafos, onde quer que pode ser encontrado. Sob a direção de Lucia Chase e Oliver Smith 1940-1980, a Companhia mais do que cumpriu esse objectivo. O repertório, talvez sem paralelo na história do ballet, inclui todos os grandes ballets de longa-metragem do século XIX, como O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e Giselle, os melhores trabalhos do início deste século, tais como Apollo , Les Sylphides, Jardin aux Lilas e Rodeo, e aclamado obras contemporâneas, tais como Ares, Push Comes to Shove e Duets. Na aquisição de tais repertório extraordinário, ABT encomendou obras de todos os grandes gênios coreográfica do século 20: George Balanchine, Antony Tudor, Jerome Robbins, Agnes de Mille e Twyla Tharp, entre outros.

Em 1980, Mikhail Baryshnikov se tornou diretor artístico do American Ballet Theatre, sucedendo Lucia Chase e Oliver Smith. Sob sua liderança, numerosos ballets clássicos foram encenados, remontou e remodelado, ea Companhia experimentou um fortalecimento e refinamento da tradição clássica. Em 1990, Jane Hermann e Oliver Smith conseguiu o Sr. Baryshnikov e imediatamente estabeleceu uma agenda que foi dedicada a manter as grandes tradições do passado, enquanto agressivamente um futuro vital e inovadora.

De acordo com o compromisso da Companhia de longa data para trazer o melhor da dança para o maior público internacional, ABT tem apreciado recentemente sucessos triunfante com compromissos em Tóquio, Londres, Paris, Madrid, Buenos Aires, Cidade do México, Palermo, Itália, e em Atenas e Salónica, Grécia.

No Outono de 2000, American Ballet Theatre fez a sua primeira visita à China, aparecendo em Xangai e Hong Kong. A Companhia também apareceu em Taipei e Cingapura, pela primeira vez. Ao longo dos seus 60 anos de história, a Companhia já apareceu em um total de 126 cidades em 42 países. ABT também tem aparecido em todos os 50 estados dos Estados Unidos.

Em Outubro de 1992, o ex-American Ballet Theatre Principal Dancer Kevin McKenzie foi nomeado Director Artístico. Mr. McKenzie, firme em sua visão da ABT como "americano", está comprometida em manter vasto repertório da Companhia, e para trazer a magia da dança-teatro para as grandes etapas do mundo.

Ballet Bolshoi



O Ballet Bolshoi é a Companhia do Grande Teatro Acadêmico para Ópera e Ballet de Moscou. Sua origem se deu em 1773 quando um grupo de bailarinos, meninos e meninas carentes, e outros cidadãos servos, foi formado através de aulas realizadas em um orfanato de Moscou, porém a capital da URSS ainda era Leningrado. A partir de 1776 esse grupo passou a integrar a companhia do Teatro Petrovski, um local construído para abriga-los. Porém a construção da época era muito frágil e não resistente a incêndios, motivo pelo qual em 1805 o prédio foi destruído e de 1805 a 1825 o Teatro Arbat, o novo Teatro Imperial, foi local de apresentações desta companhia, até que em 1824 foi construído um novo prédio, no mesmo local do antigo teatro incendiado, e onde fica a sede atual do Teatro Bolshoi, tombada pela Organização das Nações Unidas, como Patrimônio Arquitetônico e Cultural da Humanidade. Em 18 de janeiro de 1825, com sua arquitetura Clássica e suntuosa foi inaugurado com o nome de “Grande Teatro Petrovski”. Com o movimento nacionalista do balé russo abandona-se a herança do balé francês com sua mitologias e começa a se valorizar a literatura e os costumes russos na criação de novas composições coreográficas. Este movimento não pôde impedir a influências de coreógrafos como Petipa.


Até a Revolução Russa de 1917, a companhia de dança do Teatro Marriinski, que após esta revolução passou a se denominar Ballet Kirov, era a mais importante no cenário da dança russa acadêmica, porém o Ballet Bolshoi habitualmente recebia as grandes estrelas da dança, reproduzindo ainda os balés do consagrado Petipa, desta forma ganhando maior notoriedade pública.

No início do século XX, dirigido por A. Gorski (1878 a 1924), o Bolshoi buscava se libertar da constante presença de Petipa em seus repertórios, desejava uma nova identidade. Com a capital do país saindo de Leningrado e vindo para Moscou a companhia começa a receber maior incentivo do governo, podendo investir em seus talentos e pagar por aqueles formados pela Escola do Ballet Kirov, que neste século passa ter o mérito de formadora técnica e estilo impecável, enquanto que o Bolshoi fica famoso pela projeção de grandes estrelas, dando vitalidade ao balé russo. Naturalmente esta diferença de trabalho gerou uma rivalidade entre as duas companhias, porém ambas possuem seus méritos. Muitos dos artistas do Bolshoi são formados na escola do Kirov.

Hoje o Bolshoi possui um grande naipe de profissionais, como: bailarinos, mímicos, cantores e músicos adultos e infantis. E anualmente produz em média de quatro espetáculos por mês, entre balés e óperas.

No Brasil foi aberta uma Escola do Teatro Bolshoi em Joinville, Santa Catarina, com a proposta de formar artistas cidadãos, promovendo e difundindo a arte-educação. Esta escola pretende trabalhar nos mesmo ideais sociais que deu origem a Escola Coreográfica de Moscou, em 1773, proporcionando o desenvolvimento cultural às crianças da camada mais carente da nossa sociedade. A escola conta com a colaboração dos Amigos do Bolshoi permitindo que muitos alunos recebam bolsa de estudo, desta forma saindo do estado de opressão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARO, Antônio José, SAMPAIO, Luiz Paulo. Dicionário de Ballet e Dança. Rio de Janeiro: Zahar, 1989.
PORTINARI, Maribel. História da dança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

http://www.escolabolshoi.com.br/

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dicionário básico de Ballet


A


AIR, EN L’– No ar , todos os movimentos en l’air são executados no ar.


ADÁGIO - Derivado do italiano – lentamente.

a) qualquer dança ou combinação de passos feitos para a música lenta;
b) série de exercícios efetuados durante a aula com o fito de desenvolver a graça, o equilíbrio e o senso de harmonia e beleza das linhas;
c) parte dos pas de deux clássicos dançados pela bailarina e seu partner. Chamado pelos franceses de Adage.


ALLEGRO – alegre, vivo, movimentos executados animadamente. Com vivacidade e alegria. Todos os passos de elevação pertencem a essa categoria:


APLOMB - Aprumo. Dá-se o nome de Aplomb à elegância e ao controle perfeito do corpo e dos pés, conseguido pelo bailarino ao executar o movimento.


ALLONGÉ – Alongado, estendido, esticado


AVANT, EN – Para frente


ARRIÈRE, EN – Para trás


B


BARRA- A barra horizontal de madeira ou ferro, às vezes fixada à parede da classe de balé ou em modelos móveis, onde os (as) bailarinos (as) seguram para obter apoio. Todas as aulas de balé começam com exercícios na barra.


BRAS – Braço


BRAS BAS – Braços em baixo


BALANCÉ- - Balanceado. Passo balançado, exucução de um passo em que o peso do corpo passa de uma pé para o outro, balançado, como no passo de valsa.


BALLET - Balé. Derivado do italiano ballare (bailar). É um conjunto de passos de dança executados em solo ou em grupo. Balé reúne, na sua maioria, várias artes, tais como música, pintura (cenários e figurinos), arte dramática (mímica e interpretação), com a dança na sua forma clássìca ou moderna.


BATTEMENT – Batida. Termo genérico designando certos exercícios e movimentos da perna e do pé, executados sob a forma de batidas. Basicamente, em balé, o termo battement significa a extensão total ou parcial da perna e do pé e seu retorno à posição inicial.


BATTU – Batido, golpeado. Este termo, ainda que relacionado a qualquer passo, mantém-se inalterado, significando apenas que o bailarino bate as pernas durante a sua execução. Por exemplo, um assemblé battu é um assemblé comum, porém com uma batida das pernas no ar.


BATTERIE - Bateria, designação da escola francesa para passos batidos em série, batterie é o coletivo para batimentos sucessivos e de qualquer espécie. As pernas batem uma na outra, as duas juntas e ativas. Não é batida quando uma das pernas está passiva. Segundo a elevação a bateria classifica-se em grande e pequena.


C


CAMBRÉ – arqueado, arquear ou inclinar o corpo a partir da cintura para frente, para trás ou para os lados, a cabeça acompanhado o movimento corporal.


CHANÉS – Cadeias, elos. Neste movimento a bailarina executa uma série de giros rápidos, encadeados, nas pontas ou meias pontas, com transferência de peso de um pé para o outro, meia volta em cada pé, Os joelhos são mantidos rígidos.


CHANGEMENT- trocando , troca de pés


CHASSÉ- Caçado, perseguido


CLOCHE- Como um pêndulo, está designação se refere aos grandes batimentos executados continuamente à frente e atrás na 1ª posição.


CODA - A última e rápida seção do pas de deux, onde os dançarinos devem ter pequenas passagens de solos assim como dançarem juntos numa brilhante conclusão, como o pas de deux de "Pássaro Azul", em "A Bela Adormecida".


CORPO DE BAILE - Grupo de dançarinos de uma companhia de balé, que aparece entre as danças dos solistas.


CONTRETEMPS - Contratempo. Passo composto: coupé dessous, chassé ouvert en avant


COTÉ, DE - Ao lado. Não é um passo; este termo, quando adicionado a qualquer passo ou exercício, significa que este deve ser dado ao lado.


CROISÉ - Cruzado. Designação para uma das direções do ombro. O corpo do bailarino fica colocado em ângulo obliquo em relação à frente do palco ou sala, com o cruzamento das pernas. A perna livre pode ficar cruzada na frente ou atrás.


CROIX, EN - Em cruz. Fazer qualquer exercício en croix significa executá-lo em frente, ao lado, atrás e de novo ao lado.


D


DANSEUR NOBLE - Bailarino nobre. Nome em geral usado para designar a primeira figura masculina de um balé, o herói romântico, como o tenor numa ópera.


DANSEUR, DANSEUSE - Bailarino, bailarina.


DANSE DE CARACTERE - Dança folclórica ou a caráter.


DEBOULÉS - Rolar. Pequenos tours, em geral feitos em séries, em que o bailarino executa pequenas voltas, transferindo o peso do corpo de uma perna para outra. O mesmo que CHAINÉS.


DEDANS, EN - Para dentro. Indica que: (a) o movimento da perna é feito numa direção circular de trás para frente; (b) uma pirueta é executada girando para o lado da perna de sustentação.


DEGAGÈ- Afastado. Posição em que o bailarino se encontra sobre uma perna, com a outra afastada, ponta esticada, em frente, ao lado ou atrás. 0 degagé pode ser à terre, com a ponta tocando o chão, ou en I'air, com a perna levantada a meia ou grande altura.


DEHORS, EN - Para fora. Indica que: (a) o movimento da perna é feito em direção circular da frente para trás; (b) uma pirueta é executada girando-se para o lado da perna que levanta do chão.


DEMI - Meio, metade. Qualquer posição ou passo efetuado de maneira pequena ou pela metade.


DEMI POINTE - Meia ponta, ou seja, sobre a sola dos dedos dos pés.


DERRIÈRE - Atrás. Qualquer passo, exercício ou posição executados atrás, isto é, com a perna fazendo o movimento atrás da outra ou então fechando atrás.


DESSOUS – Por baixo. Qualquer passo executado com a perna de ação passando atrás da perna de apoio.


DESSUS - Por cima. Qualquer passo que quando executado, a perna que comanda a ação passa na frente da perna de apoio


DEUX, PAS DE - Passo de dois (ou passo a dois). Uma dança para duas pessoas. Grand pas de deux, nome dado nos balés clássicos para os pas de deux feitos pela primeira bailarina e pelo primeiro bailarino, destinado a mostrar sua virtuosidade, e em geral consistindo de entrada, adágio, variação para a bailarina, variação para o bailarino, concluindo com uma Coda.


DEVANT - Na frente. Termo relacionado a qualquer passo ou exercício que é executado na frente, isto é, com a perna fazendo o movimento em frente da outra, ou então fechando na frente.



E


ÉPAULEMENT- Ombreamento. Designação para o movimento do dorso da cintura para cima, levando um ombro para a frente e o outro para trás, a cabeça olhando por cima do ombro da frente.


ELEVÉ - Elevação. Elevar subir na meia ponta ou ponta


ENCHAINEMENT - Encadeamento. Qualquer combinação de vários passos numa frase musical


ENTRÉE – Entrada, execução de um número especial com que a bailarina(o) ou grupo de bailarinos dão inicio ao espetáculo, também conhecido por divertissement.



F


FACE, DE – De frente. Uma posição ou passo executado totalmente de frente para o público.


FERMÈE- Fechado indica que os pés devem permanecer em uma posição fechada.


FONDU – Fundido, de fusão. Segundo o mestre St. Leon o fondu é em uma perna o que o plié é para duas. (flexão de uma perna só)


FRAPPÉ -Batido


G


GRAND - Grande, largo. Como, por exemplo, em grand battement.


GENOU- Joelhos


GLISSÉ- Escorregado, deslizado


J


JAMBE – Perna


JETÉ – Jogado, ejetar, lançar



M


MÁITRE-DE-BALLET, MAITRESSE-DU-BALLET - É o responsável, junto ao coreógrafo, por manter e remontar, quando necessário, a obra, respeitando sua autenticidade, qualidade técnica e artística. O maitre-de-ballet também dá aulas à companhia cuidando da unidade de trabalho e estilo que estão sob a sua responsabilidade.


MANÉGE – ao redor , a forma em que o bailarino executa os tours, quando estes são feitos ao redor do palco, como se circundasse um picadeiro imaginário.


MARCHÉ, PAS - Passo marchado ou andado. Um passo comum, feito com o pé esticado, colocando-se primeiro no chão a meia ponta e em seguida o calcanhar.


MILLIEU, AU – No centro


MONTER- Subir, elevar-se nas pontas ou meias pontas


O


OUVERT Aberto, ou ouverte, aberta, posição dos membros: braços, pés, pernas. E Também: direções, exercícios, passos. Segundo a escola francesa o mesmo que effacé.


OPPOSITION, EN - Em oposição. Termo que indica uma posição em que ex: os braços ficam em oposição a perna.


P


PAS – Passo. Designação para uma transferência de peso do corpo de uma perna para outra.


PASSÉ- passado, movimento auxiliar em que o pé da perna em deslocação passa pelo joelho da perna de apoio. É o ato de passar.


PAS DE VALSE- Passo de valsa, pode ser executado de frente ou girando. Os movimentos são feitos com um pronunciado balanço do corpo e dos braços.


PAS DE CHEVAL- Passo de cavalo, assim chamado por que tem semelhança com a marcha das pastas de um cavalo.


PAS DE DEUX- Passo de dois, movimentação coreográfica executado geralmente pela 1ª e 1º bailarino, em conjunto.


PETIT- Pequeno


POINTÉ- Ponta do pé


PLIÉ- Dobrado


PORT DE BRAS- Movimento dos Braços


PORTÉE – Conduzida, passo em que a bailarina é conduzida no ar de um ponto ao outro.


POSE- Postura


POSÉ- Posado, situação em que a bailarina(o) assume uma posição de equilíbrio na ponta ou meia ponta, com o joelho esticado, é um movimento de passagem.



Q


QUATRE, PAS DE - Passo de quatro. Uma dança para quatro pessoas.


QUATRIÉME - Quarta , como em quarta posição



R


REPETITÉUR (ENSAIADOR)
É o assistente do maitre-de-ballet, ensaia as diversas partes da obra, variações, solos, grupos, corpo de balé e é também professor categorizado.


RELEVÉ – Elevar com a ajuda dos joelhos, levantado, erguido.


RETIRÉ – Retirado ou retraído, movimento em que se flexiona a perna para a 2ª posição, o joelho fica flexionado, deslizando a ponta do pé pelo lado da perna de apoio, até atingir a concavidade posterior do joelho.


RÉVÉRANCE- reverência, forma de agradecimento no término de uma aula ou espetáculo.


RONDS DE JAMBE – Movimento circular da perna


S


SAUTÉ – Saltar


SECONDE – Em segunda posição


SOUS-SOUS- È um releve na 5ª posição para frente, pés bem juntos no momento de levantar nas pontas ou meias pontas, dando a impressão de que é um pé só.


SOUTENU – Sustentado


SPOTING- Ponto. Fixação do olhar num ponto para movimentos giratórios.


T


TENDU – Esticado


TERRE (À) – No chão


TOMBÉ – Tombado, designação para o passo em que o corpo da bailarina cai para frente ou para trás em demi-plié na perna de movimento


TOUR - Volta. O mesmo que pirueta. Em geral as grandes piruetas são mais comumente chamadas tours. Exemplo, pirueta en attitude ou tour en attitude. Também as que são feitas em séries, como o tour piqué.


TOURNER- Girar


TOUR EN L'AIR - Volta no ar. Em geral, passo para o bailarino homem. Saindo de 5a posição (ou qualquer outra, em geral 2a ou 5a) no demi-plié, o bailarino dá um salto para cima com as pernas bem juntas ao mesmo tempo em que vira uma ou mais voltas no ar com o corpo.


TOURNANT, EN - Virando. Adicional aos passos que podem ser feitos com uma volta do corpo. Como, por exemplo, o assemblé soutenu, que pode ser simples (sem a volta) ou en tournant.


TROIS, PAS DE - Passo de três pessoas. Variação de dança feita por três bailarinos, em geral duas moças e um rapaz.


V


VALSE, PAS DE - Passo de valsa. O mesmo que balancé.


VOLÉ, DE- Em vôo , para passos em vôo


VARIATION- Variação, dança solo no ballet clássico




Att, Luiza Bandeira

domingo, 5 de setembro de 2010

Luiza Bandeira entrevista, Marcelo Misailidis 1º bailarino TMRJ


Um dos principais nomes do balé brasileiro o 1º bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Marcelo Misailidis está aqui hoje em uma entrevista exclusiva contando um pouco dessa bela carreira de sucesso.
     



LB: Marcelo você sempre sonhou em ser bailarino, ou foi uma coisa que aconteceu devido às influências do dia a dia?

  

MM: Não nunca sonhei ser bailarino, num determinado momento da minha vida o ballet me encantou por diversos motivos... minha primeira namorada fazia ballet e quando ia buscá-la aquele universo me envolvia, estar com ela a musica o movimento o romantismo...acabei apaixonado por a esse mundo.

Eu já apreciava muito musica clássica, arte de modo geral, praticava esportes e ao mesmo tempo queria fazer algo que fosse original e decidido espontaneamente por mim... foi assim que tomei coragem e iniciei o Ballet.






LB: Começou a estudar ballet no Uruguai ou aqui no Brasil? Qual a 1ª escola que estudou e quem foram seus professores? Que idade tinha nessa

época?

  

MM: Cheguei ao Brasil com 6 anos de idade, e comecei ballet quase aos 17 no interior de São Paulo numa cidade chamada Americana. A minha primeira professora achou que eu não teria futuro e após um mês me disse pra desistir. Fui então para Campinas estudar no Ballet Lina Penteado, por onde estudei 8 meses, la conheci um bailarino fantástico chamado Othon da Rocha, ele foi o primeiro a acreditar em mim e perceber que poderia crescer muito profissionalmente se viesse para o Rio de Janeiro. Naquele final de ano de 1985, desiludido com o fim de meu namoro decidi aceitar o convite dele para fazer um curso de ferias com Aldo Lotufo aqui no Rio. Este curso, naquele período mudou a minha vida. 








LB: Qual foi seu 1º solo e o que sentiu ao ser escolhido, qual foi a sensação de estar sozinho no palco pela 1ª vez?



  

MM: Engraçado, mas eu não tenho isso claro como uma lembrança relevante porque a ascensão para os meninos era muito mais rápido do que para as meninas que tem muita concorrência, a carência de bailarinos permitia que você obtivesse inúmeras oportunidades, a questão talvez seja oportunidade de se apresentar em um espetáculo de qualidade. Lembro que me marcou muito a primeira vez que interpretei Albrecht, direção da Eliana Caminada e Erik Valdo, depois 

o mesmo personagem no TM.







LB: Como ingressou no TMRJ e como chegou a 1ª bailarino?

  

MM: Recebi um convite em 1991 de Dalal Achcar que dirigia o Theatro Municipal, naquela ocasião retornava da abertura do Festival de Joinville daquele mesmo ano, no qual participei de três noites de abertura dançando uma noite com cada bailarina Ana Botafogo, Cecília Kerche e Nora Esteves. Pelo fato de ter me apresentado com êxito junto às três primeiras bailarinas, isto me credenciou tecnicamente apto a assumir o convite, que na ocasião despertou certa ciumeira e ate mesmo ira por parte de alguns bailarinos da casa que não queriam aceitar a minha contratação diretamente a primeiro bailarino.

  




LB: Percurso de bailarino para 1º bailarino, o que foi mais difícil, teve que abrir mão de muitas coisas, quais foram os maiores sacrifícios para ocupar tal posição?

  

MM: Acho que tive sorte e fui muito bem preparado na ABRJ (Associação de Bale do Rio de Janeiro) dirigida por Dalal Achcar que tinha na equipe o professor Jorge Siqueira e o metre Desmond Doyle. A primeira grande estrela que trabalhei foi a Nora Esteves ainda na ABRJ, portanto, não tenho do que reclamar... no entanto como mencionei na resposta anterior a chegada ao TM não foi nada tranqüila, alias nunca foi...






LB: Quem foram os professores e coreógrafos que mais contribuíram para sua carreira?

  

MM: Foram muitos, a formação de um bailarino profissional se faz na tradição e na convivência com grandes artistas, com quais se aprende muito com cada um deles, que acrescenta com sua visão artística e experiência de sua trajetória. Entre eles Aldo Lotufo, Eugenia Feodorova, Tatiana Leskova, Jorge Siqueira, Desmond Doyle, Erik Valdo, Rosália Verlangieri, entre outros, que muitas vezes trabalhei pouco tempo, mais contribuíram muito em diálogos e observações a respeito da dança ...

  





LB: Entre suas companheiras de palco Ana Botafogo é a mais presente, sempre é possível achar matérias que falem de balés realizados por vocês.

   Além da Ana existe alguma outra bailarina que você queira falar, que tenha sido importante para sua carreira e que tenha dividido o palco com você?

  

MM: Claro que a Ana foi a bailarina com quem mais convivi, mas seria injusto com as demais bailarinas não reconhecer a importância e a contribuição imensurável delas na minha formação, porque um espetáculo deve sempre ser apresentado pelos casais protagonistas com a maior intensidade possível, viver plenamente o momento da cena nas quais diversas vezes acontecem situações únicas que transformam a cena daquele momento, gerando uma maior doação dos interpretes e uma riqueza teatral maior ao espetáculo. Dividir a cena é fundamental para que nós mesmos possamos ser mais convincentes frente ao público, e mais felizes como profissionais e com certeza fui muito feliz com todas as minhas partners, seria mais fácil citar o contrario, com quem não me identifiquei, mas por uma questão de cavalheirismo e ética prefiro não citar ou comentar... obviamente reconheço que dancei proporcionalmente mais vezes com a Ana Botafogo do que com outras partners, em personagens de bales maravilhosos dentro e fora do TM o que pessoalmente muito me orgulha e realiza.

Mas, no entanto devo agradecer e citar alguns nomes em homenagem a cada uma delas com quem tanto vivi e aprendi.

Áurea Hamerlli, Beatriz Almeida, Betina Dalcanale, Cecília Kerche, Claudia Motta, Eliana Caminada, Fernanda, Laura Prochet, Márcia Jaqueline, Nora Esteves, Norma Pina, Roberta Fernandez, Roberta Marques, Silvina Perillo, Suzana Trindade entre outras caso tenha faltado aqui nesta breve lista.  A todas, o meu profundo agradecimento.

  






LB:Quanto ao preconceito o que é pior para um bailarino e qual foi o pior situação que você lidou por causa de pessoas preconceituosas?

  

MM: Não tenho nenhuma situação de preconceito que tenha presenciado que mereça algum destaque, acho que isto deve ter sempre sido algo velado, fruto de inveja por parte de pessoas que não tiveram coragem de se pronunciar ou mesmo pessoalmente dificuldades, de decidir por si mesmos suas escolhas e viver verdadeiramente o que se gosta.

  







LB: É fato que você fundou uma escola de danças em Juiz de Fora que carrega o seu nome. Porque Juiz de fora e qual a proposta oferecida pela, ela é pública, particular, oferece bolsas, procura novos talentos... Enfim o que acontece por lá?

  

MM: Sim, já tenho uma Escola de Dança em Juiz de Fora a mais de 13 anos em parceria com a minha mulher Danielle Marie.

A proposta é buscar oferecer um ensino de melhor qualidade, a todo aquele que tenha interesse de aprender ballet clássico de modo mais comprometido com uma formação séria, sem focar aspectos meramente comercias. A escola é particular, mas oferece bolsa a crianças talentosas, e tem um grande comprometimento com a responsabilidade de como trabalhar e cuidar do corpo do bailarino e da educação do aluno como um todo.

  










LB: O TMRJ e a sua vida, qual a importância desse lugar, e o que te deixa triste no TRMJ?



MM: Para qualquer bailarino clássico no Brasil, dançar no TM ainda é o objetivo profissional mais importante, comigo não foi diferente.

Grande parte da minha vida profissional se deu ali, grande parte da minha vida pessoal também teve sua interface no TM, portanto isto o torna uma referencia muito forte em minha vida.

O problema é talvez exatamente este, que o TM não pode ser visto ou compreendido como algo ao qual possamos estreitar tanto assim estes laços, porque cada um deve ter sua vida pessoal totalmente desvinculada do TM, limitar-se a ele unicamente de modo profissional, e reservar os demais vínculos emocionais independentes ao Teatro, que não pode e não deve confundir sua finalidade.

Esta confusa relação feita entre pessoas e o TM, é que invariavelmente deixa as pessoas infelizes e amargas. Não conheço quem tenha passado por lá, e que não tenha saído sem alguma magoa ou ressentimento. Isto se dá muitas vezes, por não se compreender que aquele espaço é da sociedade como um todo, e trabalhar nele deve ser encarado como motivo de privilégio, gerando no coração do artista generosidade, alegria e respeito e não um estranho sentimento de possessividade, egoísmo e apatia a tudo aquilo que não represente conveniência pessoal.

O TM é um templo para sonhar, e o equivoco pode muitas vezes levar o mesmo a um pesadelo.

  







LB: Trabalhos mais importantes no Brasil e exterior?



MM: Acho que a maior parte do repertorio do TM, Giselle, Megera Domada, Onegin, Romeu e Julieta, Dom Quixote, etc.

Nijinsky, trabalho solo dirigido por Fabio de Melo.

Romeu e Julieta de Tchaikovsky na versão de Marila Gremo e depois numa versão que eu mesmo coreografei pra mim e Ana Botafogo.

Meus trabalhos como coreógrafo em Comissões de Frente no Carnaval.

  





LB: Repertórios preferidos?



MM: Se tivesse que escolher um seria Eugenie Onegin

  





LB: Bailarinos e bailarinas que te inspiram, do passado aos dias de hoje?

  

MM: V. Vassiliev, M. Baryshnikov, R. Nureyev, Maia Plissietskaya, etc., e principalmente os

brasileiros Aldo Lotufo e Bertha Rosanova ( isto sim e que me inspirou),

Othon da Rocha, Ana Botafogo, Beatriz Almeida, Cecília Kerche, Nora Esteves e demais lista acima.

  





LB: Melhores momentos de sua carreira?

  

MM: Quase todos, eu amei de verdade.


LB: O que você não faria de novo por causa do ballet?
  

MM: O que eu não faria, não diria assim porque seria demais, mas diminuiria algumas noitadas, afinal de contas sou um artista um tanto às avessas, gosto vez por outra de uma boemia refletir e planejar projetos, jogar conversa fora até mais tarde quando o assunto é bom.

  






LB: Atualmente qual sua posição no TMRJ, e como andam seus projetos para o futuro?

  

MM: Sou artista concursado, com quase 20 anos de serviços prestados, de bailarino a diretor artístico do BTM, atualmente estou à disposição da direção para atuar no staff artístico da casa.

  






LB: Um conselho de alguém tão importante como você é extramente valido para tantos jovens rapazes que sonham em se tornar bailarinos, mais infelizmente estão cercados de preconceitos e dificuldades.

  

MM: Acredite nos seus sonhos, a vida é uma oportunidade para se realizar os sonhos, e não para meramente desejá-los.

  

LB: Como de costume uma mensagem sua para nossos leitores.



MM: Foi um prazer dividir este momento com vocês e partilhar de opiniões e experiências a respeito da minha vida e do bale de modo geral. Um grande abraço a todos.



                                                                                       Com carinho sua fã Luiza Bandeira.